sexta-feira, 4 de março de 2011

Na mesma moeda: mulheres tendem a excluir quando ameaçadas de exclusão



Um novo estudo indica que homens e mulheres usam estratégias diferentes quando confrontados com uma ameaça social: quando ameaçados de serem excluídos de um grupo, as mulheres tendem a responder excluindo alguém. Já para os homens, essa ameaça não faz diferença (sempre insensíveis, não é?).

Os resultados vieram através de um jogo competitivo. Os pesquisadores pediram aos participantes que jogassem enfrentando dois outros jogadores representados por desenhos na tela do computador, que, sem o conhecimento dos participantes, na verdade não existiam.

Cada participante jogou 28 rodadas do jogo, cujo objetivo era ganhar pontos para aumentar a quantidade de dinheiro ganho no final.

No início de cada rodada, os participantes ficavam sabendo de sua situação, bem como as posições dos outros dois jogadores. Eles então podiam optar por concorrer sozinho, formar uma aliança com um deles, ou cooperar com os outros dois jogadores e assim dividir os seus pontos.

Pesquisas anteriores mostram que, quando as pessoas têm uma elevada probabilidade de ganhar, elas tendem a competir sozinhas, mas conforme essa probabilidade diminui, elas são mais propensas a formar uma aliança ou cooperar.

Nessa versão do jogo, ambos os homens e mulheres responderam aproximadamente da mesma forma, escolhendo competir sozinho, formar uma aliança ou cooperar na mesma medida (com mais ou menos os mesmos pontos).

No entanto, uma diferença surgiu quando os participantes foram avisados de que, se competissem sozinhos, seus dois adversários iriam formar uma aliança e excluí-lo se vencessem. Eles também foram informados de que, se formassem uma aliança com um dos jogadores, o terceiro jogador seria excluído.

Esta afirmação não alterou o resultado do jogo de qualquer maneira, e os participantes do sexo masculino responderam da mesma forma que anteriormente.

As mulheres, no entanto, mudaram seu comportamento. Elas formaram significativamente mais alianças do que os homens.
Elas também formaram mais alianças deste tipo do que quando, sem a ameaça de exclusão, elas teriam competido sozinhas ou cooperado.

As mulheres são más? Não. A chave para esta diferença na forma como respondemos às ameaças sociais reside no tipo de relações que cada um tem.

Todo mundo sabe que as mulheres gostam de ter melhores amigas, enquanto os homens preferem conviver em grupos maiores. Ou seja, as mulheres têm probabilidade de “fechar” parcerias um-a-um. E, para isso, elas têm que se livrar de outras pessoas, e têm que estar preocupadas que alguém vai roubar seu/sua melhor amigo(a).

Já quando um homem tem um conflito com alguém em seu grupo, as implicações não são tão devastadoras. Há muitos outros por aí, então ele não sente a mesma pressão para se certificar de que ninguém roube seu amigo.

Vantagens e desvantagens? Segundo os pesquisadores, há uma vantagem para a exclusão social: ajuda a mulher a estabelecer o tipo de relação intensa que ela mais gosta. Como resultado, porém, algumas mulheres vivem com o medo da exclusão social, não familiar aos homens.

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