sexta-feira, 18 de março de 2011

Algas são convertidas em novo combustível



Engenheiros químicos americanos desenvolveram um método para a conversão de algas comuns em butanol, um combustível renovável que pode ser usado em motores existentes.

A nova descoberta pode certamente fazer carros funcionarem. O processo de conversão é eficiente e barato. Segundo os pesquisadores, o butanol tem muitas vantagens em relação ao etanol.

O butanol libera mais energia por unidade de massa e pode ser misturado em concentrações superiores. É menos corrosivo e pode ser enviado através dos gasodutos existentes. Além disso, há a vantagem de sua fonte primária: diferentemente do milho, as algas não são demanda da indústria de alimentos, e podem ser cultivadas em praticamente qualquer lugar, não necessitando, portanto, de grandes extensões das valiosas terras agrárias.

Mas a melhor qualidade do novo processo é que ele pode ser usado para tornar os rios e lagos mais saudáveis.

A tecnologia pró-ambiente se beneficia e agrega maior valor a um processo que está sendo muito utilizado para limpar e oxigenar canais aquáticos dos EUA, removendo o excesso de azoto e fósforo provenientes de fertilizantes.

A equipe cultivou algas em locais parecidos com “pistas” – depressões com normalmente 61 cm de largura e variando de 1,50 a 25 metros de comprimento, dependendo da escala da operação. As depressões são feitas de telas ou carpete, embora os cientistas afirmem que as algas crescem em praticamente qualquer superfície.

As algas sobrevivem com nitrogênio, fósforo, dióxido de carbono e luz solar natural. Assim, os pesquisadores cultivaram as algas com o nitrogênio e a água dos riachos ricos em fósforo sobre a superfície de calhas. Eles tornaram esse crescimento ainda mais próspero fornecendo altas concentrações de dióxido de carbono.

Governos municipais e estaduais, principalmente na costa leste, têm implementado em larga escala processos semelhantes a este nas chamadas “zonas mortas”, onde o excesso de azoto e fósforo tem matado peixes e plantas.

Os pesquisadores colhem as algas a cada 5 a 8 dias. Depois que elas secam, são moídas em um pó fino, como meio para extrair carboidratos a partir das células vegetais.

Carboidratos são feitos de açúcares e amidos. No projeto atual, a equipe trabalha com amidos. Eles tratam os hidratos de carbono com ácido e, em seguida, os aquecem para quebrar o amido e transformá-los em simples açúcares naturais.

A partir daí, começa um processo de fermentação exclusivo, em duas etapas, no qual os organismos transformam os açúcares em ácidos orgânicos: butírico, lático e ácido acético.

A segunda etapa do processo de fermentação se concentra no ácido butírico e sua conversão em butanol. Os pesquisadores utilizam um processo único chamado eletrodeionização, uma técnica desenvolvida por um doutorando.

A técnica envolve a utilização de uma membrana especial que separa rapidamente e eficientemente os ácidos durante a aplicação das cargas elétricas. Ao isolar rapidamente o ácido butírico, o processo aumenta a produtividade, o que torna a conversão mais fácil e menos dispendiosa.

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