segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Remédio para câncer de mama pode aumentar risco de doenças cardíacas



Segundo um novo estudo, pacientes com câncer de mama que tomam medicamentos chamados inibidores de aromatase (IA) após cirurgia enfrentam um risco aumentado de desenvolver doenças cardíacas.

Trabalhos anteriores haviam sugerido uma ligação entre os IAs e doença cardíaca, mas o novo estudo incluiu dados de mais pacientes e um longo período de acompanhamento, necessário para estudar os efeitos colaterais, tais como doenças cardíacas que podem se construir lentamente e demorar muito tempo para se tornar aparentes.

Os pesquisadores fizeram uma análise de dados de 29.000 pacientes com câncer de mama. A pesquisa mostrou que o risco de ter um ataque cardíaco, insuficiência cardíaca ou doença cardiovascular foi 20% maior entre mulheres que tomavam um inibidor de aromatase do que entre aquelas que tomavam outro medicamento chamado tamoxifeno. Tanto o tamoxifeno quando os IAs são usados para tratar mulheres com cânceres de mama alimentados pelo hormônio estrogênio.

O estudo adiciona combustível para o debate sobre qual droga é melhor. Ambos IAs ou tamoxifeno são eficientes para os pacientes, a longo prazo. Porém, cada droga vem com seu próprio conjunto de efeitos colaterais.

A pesquisa mostrou que pacientes que mudam de um medicamento para outro podem se dar melhor do que aquelas que tomam uma única droga ao longo de seu tratamento. Os efeitos tóxicos das drogas podem se acumular lentamente, e a mudança de tratamentos poderia evitar que as mulheres atingissem o nível em que os efeitos secundários pudessem afetar a sua saúde.

O tamoxifeno é utilizado por mais de 30 anos, e funciona através do bloqueio do efeito do estrogênio sobre as células de câncer de mama. No entanto, traz um risco maior de desenvolver câncer endometrial (que se inicia no revestimento do útero) ou coágulos de sangue que podem levar a um derrame.

Os IAs foram aprovados há quase uma década (existem três disponíveis) e atuam bloqueando a produção de estrogênio do corpo. Uma tendência entre as pacientes que tomam IAs era clara: elas eram menos prováveis do que pacientes que tomam tamoxifeno a ter recorrência do câncer de mama após o tratamento. No entanto, elas não têm probabilidade de viver mais tempo do que as pacientes que tomam tamoxifeno.

Agora, os cientistas acreditam que isso não é na verdade um benefício. Devido aos efeitos colaterais cardiovasculares dos IAs, que podem ser mortais, a paciente pode morrer por causa desses efeitos antes de um possível retorno do câncer de mama.

Segundo os pesquisadores, o menor número de mortes sem recorrência de câncer de mama foi visto em pacientes que tomaram tamoxifeno por dois ou três anos após a cirurgia, e depois mudaram para um IA durante o resto do tratamento. Normalmente, as mulheres permanecem em tratamento de drogas por cinco anos após a cirurgia. Essa troca de tratamentos é a única forma na qual os IAs mostram um benefício de sobrevida global.

Ainda assim, os pesquisadores disseram que os riscos dos pacientes para o desenvolvimento de certos efeitos colaterais são afetados por outros fatores de saúde, portanto os médicos devem considerar tais “fatores de base” na seleção de uma droga. Agora, quanto ao debate sobre qual droga é a melhor, a melhor estratégia pode ser um pouco de ambos.

Qual o papel da gordura no corpo?



Todo mundo sabe que muita gordura faz mal para saúde. E, apesar de termos que controlar as coisas deliciosas que comemos, uma certa quantidade de gordura é necessária para o bom funcionamento do organismo; infelizmente, nosso corpo não consegue produzi-la sozinho: boa notícia para a nossa boca.

Triglicérides, colesterol e outros ácidos gordos essenciais armazenam energia, nos isolam e protegem os nossos órgãos vitais. As gorduras atuam como mensageiros, ajudando as proteínas a fazerem seu trabalho. Elas também começam as reações químicas que ajudam a controlar crescimento, função imunológica, reprodução e outros aspectos do metabolismo básico.

As gorduras ajudam o corpo a estocar certos nutrientes também. As vitaminas lipossolúveis A, D, E e K são armazenadas no fígado e em tecidos adiposos.

O ciclo de fazer, quebrar, armazenar e mobilizar gorduras é o núcleo de como os seres humanos e todos os animais regulam a sua energia. Um desequilíbrio em qualquer etapa pode resultar em doenças, incluindo doenças cardíacas e diabetes. Por exemplo, ter triglicérides demais na corrente sanguínea aumenta o risco de entupimento das artérias, que pode levar a ataques cardíacos e derrames.

Sabendo que as gorduras desempenham um papel tão importante em tantas funções básicas do organismo, pesquisadores resolveram estudá-las em seres humanos e outros organismos. Apesar da importância de gordura, ninguém ainda sabe exatamente como os seres humanos as armazenam e ativam.

Para tentar compreender esses processos melhor, os cientistas pesquisaram triglicérides em lugares inesperados: bichos-da-seda, moscas e mosquitos.

Principal tipo de gordura que consumimos, as triglicérides são especialmente adequadas para o armazenamento de energia, porque guardam mais do que o dobro de energia que carboidratos ou proteínas.

Depois que as triglicérides são identificadas durante a digestão, são enviadas para as células através da corrente sanguínea. Algumas produzem energia imediatamente. O resto é armazenado dentro das células em bolhas chamadas gotículas lipídicas.

Quando precisamos de energia extra, por exemplo, quando corremos uma maratona, nossos corpos usam enzimas chamadas lipases para quebrar as triglicérides armazenadas. A fábrica de energia da célula, a mitocôndria, pode criar mais da principal fonte energia do corpo: o trifosfato de adenosina ou ATP.

Os pesquisadores estão tentando identificar, purificar e determinar as funções das proteínas individuais envolvidas no metabolismo de triglicérides. Eles foram os primeiros a purificar a proteína principal na regulação de gordura nos insetos, TGL, e agora querem entender o que ela faz. Eles descobriram também a função de uma proteína-chave chamada Lsd1, e estão pesquisando a LSD2.

O estudo poderia melhorar os nossos conhecimentos sobre doenças como diabetes, obesidade e doenças cardíacas, além do entendimento de como os insetos usam a gordura quando se metamorfoseiam e põem ovos.

Na hipótese de como perturbar esses processos, as descobertas poderiam levar a novas formas dos agricultores para proteger suas colheitas de pragas, e de agentes de saúde para combater as doenças transmitidas por mosquitos como a malária.

Mas, antes de tudo isso acontecer, os cientistas precisam ter mais informações em nível molecular. Um dos desafios da pesquisa é obter substâncias oleosas como a gordura para trabalhar em testes de laboratório, que tendem a ser à base de água. No entanto, as nossas células não podem funcionar sem a antipatia mútua entre água e óleo.

As membranas celulares “guardam” as células e as organelas dentro delas. Gordura, especificamente o colesterol, faz essas membranas serem possíveis. A membrana controla a água dentro e fora das células, enquanto que as extremidades não-gordurosas gravitam em torno da água. Nessas extremidades, as moléculas se alinham espontaneamente para formar uma membrana semipermeável. O resultado: barreiras de proteção flexíveis que, como seguranças em um clube, só permitem que as moléculas necessárias cruzem dentro e fora das células.

Partículas podem ser criadas a partir do vácuo



A ciência dá um passo mais além, e consegue criar algo a partir do nada. Teoricamente, cientistas afirmam que é possível conjurar partículas a partir do vácuo – nas condições certas.

Claro que não é assim tão fácil. São requeridos um laser de ultra-intensidade, um acelerador de partículas, e uma mente aberta. A mente aberta é necessária para compreender o que é nada (que definitivamente é alguma coisa).

A linha de pensamento dos cientistas é a seguinte: o vácuo não é um vazio completo. O vácuo é uma combinação equilibrada de matéria e antimatéria, ou partículas e antipartículas. Essas partículas têm uma enorme densidade, a única coisa é que não podemos observá-las por que suas características observáveis se anulam.

Os pesquisadores criaram um conjunto de equações que sugerem que um laser de alta energia pode “rasgar” o vácuo, transformando-o em partículas constituintes e antipartículas, e desencadeando uma reação que gera pares adicionais de matéria-antimatéria.

Como? Quando a matéria e a antimatéria se aniquilam mutuamente, fótons gama são produzidos. Essas partículas de luz de alta energia podem produzir elétrons adicionais e pósitrons (pósitrons são os opostos a elétrons para a antimatéria).

Em um campo de laser forte, esses elétrons produzidos a partir da antimatéria podem tornar-se uma combinação de três outras partículas e um número de fótons. Essencialmente – e matematicamente falando – a partir de um vazio pode-se produzir elétrons, e os elétrons podem ser persuadidos a se tornar uma série de outras partículas.

Sendo assim, no final, há mais partículas do que havia no começo (porque você começou com um vácuo). Os pesquisadores acreditam que isso acontece na natureza, próximo a pulsares e estrelas de nêutrons: criar algo a partir do nada.

Mito: tempo frio causa resfriados?



Todas as mamães e avós acreditam nessa história – e seus filhos e netos já precisaram carregar muitos “casacos desnecessários” por aí à custa desse mito. Mas será que ele tem fundamento? Confira a resposta.

Que nos desculpem as mães, mas o fato é que não há nenhuma evidência conclusiva de que tempo frio cause mais resfriados e você precise se agasalhar. O que acontece é que, quando está mais fresquinho, temos a tendência de ficar agrupados em espaços fechados, buscando calor – e essas são as condições perfeitas para transmissão de vírus pelo ar.

Apesar de você ficar mais suscetível a doenças quando seu sistema imunológico não está funcionando bem, ainda não há evidências de que temperaturas mais baixas causem esse problema.

Então a dica para evitar os resfriados é ficar em lugares ventilados e evitar o contato com pessoas que já estejam doentes.

Mito: inalar vapor de água alivia os sintomas do resfriado?



A medicina antiga sugere que inalar vapor ou ar umidificado limpa narizes congestionados, melhora a respiração e mata os vírus do resfriado, que são sensíveis ao calor. Estudos de laboratório mostram, por exemplo, que o rinovírus, a causa mais comum dos resfriados, fica inativado a temperaturas acima de 42,78 graus Celsius.

No entanto, até agora, muitos estudos não conseguiram encontrar fortes indícios de que uma dose de ar aquecido ou umidificado faz qualquer diferença para quem está resfriado.

Em 2006, pesquisadores utilizaram o recurso da combinação de dados em seis estudos anteriores com pessoas resfriadas que foram expostas a vapor de água aquecida.

Três dos estudos mostraram benefícios, enquanto os outros encontraram ou um agravamento dos sintomas ou nenhuma mudança nos níveis de anticorpos ou de vírus. Um desses estudos, de 1994, com 68 doentes, ministrou tratamentos de vapor de 60 minutos que elevaram a temperatura no interior do nariz ao exigido 42,78° C. Os tratamentos não tiveram efeito sobre os sintomas, como congestão e espirros.

Em última análise, o relatório concluiu que a inalação de vapor quente não deve ser recomendada como remédio para resfriado até que outras pesquisas confirmem a sua utilidade.

O amor é cego? Em certos casos ele pode literalmente roubar sua visão



No ano passado, pesquisadores divulgaram o caso de um homem de 66 anos que, cada vez que tinha um orgasmo, perdia a visão em um olho.

O homem tinha relações sexuais de duas a três vezes por semana (nada mal para um cara de 66 anos) e, cada vez que tinha um orgasmo, ficava cego de um olho por alguns minutos – o que pode arruinar a experiência, como você pode imaginar.

Em 2008, um médico no Texas disse que uma paciente sua, de 48 anos, afirmava ter o mesmo problema. Trinta minutos em uma atividade sexual e ela começava a sofrer com dores de cabeça e perdia, momentaneamente, a visão de um dos olhos.

Pode até parecer engraçado à primeira vista, mas a condição não é brincadeira – é chamada de perda de visão momentânea mono-ocular e ocorre por causa de algum problema vascular. Quando a pessoa chega ao clímax, um pedaço de tecido gorduroso da carótida “viaja” até as veias que fornecem sangue para um dos olhos e bloqueia a passagem, fazendo com que o paciente tenha perda momentânea da visão.

E isso pode ser sinal de algum problema cardíaco mais grave.

O tratamento é feito com remédios vasodilatadores, mas há casos mais graves que precisam ser tratados com cirurgia. Então se, quando você está no “bem bom” chega a ficar “cego de prazer” é bom procurar um médico.

Ficar a sós com uma mulher bonita faz mal à saúde



Pode parecer estranho, mas essa frase vale para o mais convicto dos heterossexuais. Basta ficar cinco minutos isolado com uma mulher atraente para que o nível de Cortisol do homem comece a subir.

O corpo produz o hormônio Cortisol em caso de stress físico ou psicológico (ou ambos, como neste caso), e sua acumulação excessiva traz danos ao organismo.

Quem chegou a essa conclusão foram pesquisadores da Universidade de Valência (Espanha), que fizeram um curioso experimento. Recrutaram 84 estudantes, todos homens. Um de cada vez, eles ficavam fechados em uma sala, resolvendo um passatempo Sudoku, na presença de um homem e uma mulher desconhecidos. Primeiro, a mulher saía da sala, e o fato de ficar a sós com o homem estranho não causava nenhuma alteração no organismo do voluntário. Então, a mulher voltava à sala e o homem saía, o que fazia o nível de Cortisol do estudante subir quase imediatamente.

O Cortisol é produzido normalmente e não causa nenhum dano ao corpo em quantidade adequada. Mas em excesso, pode provocar ataques cardíacos, diabetes, hipertensão e – ironicamente – impotência sexual.

Como controlar seus sonhos?



Não tem controle sob sua vida? Tente sobre seus sonhos. Sim, isso é possível. Um “sonhador lúcido” é uma pessoa que está consciente de que está sonhando e é capaz de manipular a trama e os resultados do sonho, como em um videogame.

Segundo psicólogos, isso não é um evento raro, e acontece frequentemente com crianças. Acontecia também com Jared Loughner, rapaz alegadamente responsável pelo tiroteio em um supermercado em Tucson, Arizona, no último sábado. Ele atirou em uma deputada e outras pessoas do local, deixando mortos e feridos, antes de se matar.

Ele tinha um grande interesse no fenômeno. No vídeo chamado “My Final Thoughts: Jared Lee Loughner!” da plataforma YouTube, ele fala sobre o sonho consciente e reflete sobre uma indefinição entre a vida acordado e a realidade: “Jared Loughner está sonhando consciente (sic) neste momento / Assim, Jared Loughner está dormindo”.

Jared estava se referindo provavelmente ao sonho lúcido, evento que tem sido estudado cientificamente, e que se mostrou ser um fenômeno real.

Os especialistas dizem que, de fato, os seres humanos têm conhecimento sobre o sonho lúcido durante séculos. Os budistas tibetanos começaram a praticar “yoga dos sonhos” mais de 1.000 anos atrás, como um meio de alcançar uma forma mais pura de consciência através da consciência em sonhos.

Pesquisas sugerem que várias técnicas podem aumentar a frequência de sonhos lúcidos. Por exemplo, você pode se lembrar, antes de ir dormir, que você deseja estar ciente de que você está sonhando quando os sonhos acontecerem.

Também é possível fazer algumas verificações para ver se certificar de que você está acordado ou sonhando durante o sonho. Por exemplo, olhe para letras ou números. Espere um pouco e olhe-os novamente. Se eles mudarem ou parecerem estranhos, é mais provável que seja um sonho. Se isso não convencê-lo, visualize-se em um sonho e, em seguida, imagine-se numa atividade de sonho (nada vai acontecer se você estiver acordado).

Essa “verificação da realidade” desempenhou um papel importante no filme “A origem”, em que os sonhadores tiveram “totens” para ajudá-los a distinguir os dois estados, como um peão de metal que podia parar de girar só na vida real.

A parte do que acontece no filme ficcional, confundir sonhos com a realidade é realmente um sinal de doenças mentais como a esquizofrenia. Essa confusão não é tão pura ou clara como o que é retratado em “A origem”.

Segundo os especialistas, ter interesse no sonho lúcido é uma atividade totalmente inócua. Mas achar que os sonhos são mais vívidos do que a realidade, ou ter dificuldade em distinguir entre os sonhos e a realidade, é que são sinais de alerta para doença mental. Isso não significa que a pessoa é perigosa, mas sim que deve procurar ajuda.

Os especialistas dizem que se uma pessoa se tornar extremamente confusa devido à doença psicótica, pode se confundir entre sonho e vigília, certo e errado, e assim por diante. Existe a possibilidade, no entanto, que em combinação com doença mental e outros fatores, tais como hostilidade e uso de drogas, uma obsessão pelo sonho lúcido se torne prejudicial.

Imaginem alguém que desenvolva a crença de que o que ela faz no mundo dos sonhos, pode fazer no mundo real. Nas mãos de alguém que está mentalmente perturbado, isso pode se tornar extremamente perigoso.

Porém, esses casos são muito raros. A maioria das pessoas que pratica o sonho lúcido, e leva a sério, são saudáveis e sanas. Elas estão muito conscientes da necessidade de discriminar o que é e o que não é sonho, e, portanto, a atividade é completamente segura.

Por que algumas pessoas possuem olhos de cores diferentes?



Você conhece alguém com um olho verde e outro azul? Sabe por que isso acontece? Nós temos a resposta!

A verdade é que esse tipo de fenômeno não é muito comum, aparecendo apenas em 11 a cada mil pessoas e, ao contrário do que muitos acreditam, nem sempre essa característica é de nascimento.

A cor da íris se desenvolve nos primeiros meses após o nascimento, com uma quantidade de melanina determinando a cor dos olhos. Quanto menos melanina, mais claros os olhos.

Mas algumas vezes a concentração e a distribuição da melanina não é uniforme, levando a um fenômeno conhecido como heterocromia – cada olho fica de uma cor diferente.

E há diferentes tipos de heterocromia: a central, em que os olhos apresentam várias cores (como um centro castanho e o fim da íris azulado), a sectoral (que é apenas uma “pincelada” de cor diferente nos outros ônibus) e a completa, que é quando a íris toda é de uma cor diferente da outra.

Normalmente, a heterocromia não está ligada a nenhum problema de saúde e pode ser herdada geneticamente de algum dos pais.

No entanto, há alguns sinais que devem ser levados em consideração. Por exemplo, a heterocromia pode ser sinal de síndrome de Waardenburg, que faz com que crianças percam também a audição e apresentem cabelos prematuramente grisalhos.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Primeiro paciente HIV-positivo curado



Médicos alemães declararam que, pela primeira vez, a cura da infecção por HIV foi alcançada em um paciente.

A pesquisa começou em 2007. Os médicos realizaram um transplante de células-tronco em um homem infectado pelo HIV com leucemia. Agora, eles acreditam que o homem foi curado da infecção pelo HIV, como resultado do tratamento que introduziu as células-tronco resistentes à infecção por HIV.

O paciente era soropositivo e tinha desenvolvido uma leucemia mielóide aguda. Ele já havia recebido um tratamento bem sucedido para a leucemia e, posteriormente, teve uma recaída em 2007, o que exigiu um transplante de células-tronco.

O homem recebeu uma medula óssea de um doador que tinha resistência natural à infecção por HIV; isso acontece devido ao perfil genético de algumas pessoas, nas quais falta o co-receptor CCR5. A variedade mais comum de HIV usa o CCR5 como uma “estação de entrada”, deixando o vírus entrar e infectar as células do paciente. As pessoas que tem essa mutação específica, e não tem o CCR5, são quase completamente protegidas contra a doença.

Essa mutação está presente em menos de 1% da população branca na Europa setentrional e ocidental, e está associada com uma redução do risco de se infectar com o HIV. Ou seja, os médicos escolheram as células-tronco de um indivíduo que tinha um perfil genético incomum: uma mutação herdada de ambos os pais, que resultou em células CD4 – células nas quais faltavam o receptor CCR5.

Antes do transplante de células-tronco, o paciente recebeu tratamento de quimioterapia que destruiu a maioria das células imunológicas, e também recebeu medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição das células-tronco. As terapias foram interrompidas no dia do transplante.

O paciente continuou a receber tratamento imunossupressor para prevenir a rejeição por 38 meses. Aos 5, 24 e 29 meses ele recebeu biópsias. Amostras adicionais foram tomadas para checar sinais de infecção por HIV nas células imunes da parede do intestino.

Durante o período de 38 meses de acompanhamento, as células CD4 doadas repovoaram o sistema imune da mucosa do intestino do paciente, a tal ponto que a frequência de células CD4 era quase o dobro do que em pacientes HIV-negativos saudáveis (do grupo de controle). Esse fenômeno também foi observado em um grupo controle de dez indivíduos HIV-negativos que receberam transplantes de células-tronco.

O repovoamento de células CD4 mutantes foi acompanhado pelo desaparecimento das antigas células CD4. Depois de dois anos, o paciente tinha a contagem de células CD4 de um adulto saudável da mesma idade.

Um dos desafios para qualquer cura da infecção pelo HIV são as células do sistema imunológico, que duram muito, e precisam ser removidas antes que um paciente possa ser curado. No caso do paciente de Berlim, a quimioterapia pareceu ter destruído as células de vida mais longa, e que tinham sido substituídas por células do doador.

O paciente não retomou a terapia anti-retroviral após o transplante. No entanto, o HIV permaneceu indetectável pelos dois testes de carga viral (RNA) e os testes de DNA viral dentro das células. Os níveis de anticorpos contra o HIV diminuíram a tal ponto que o paciente não tinha anticorpos reativos ao núcleo do HIV, apenas níveis muito baixos de anticorpos contra proteínas do HIV.

Dezessete meses após o transplante, o paciente desenvolveu uma condição neurológica, o que exigiu uma biópsia do cérebro. O HIV também foi indetectável no cérebro.

Uma indicação adicional de que o HIV não está presente no paciente reside no fato de que as células CD4 do paciente são vulneráveis à infecção com o vírus que atinge o receptor CXCR4 (a única forma que os pacientes com mutação onde está ausente o CCR5 podem pegar). Se algum vírus com esta preferência ainda estivesse presente, infectaria rapidamente a grande população de células CD4.

O paciente, além do HIV, teve um tratamento para a leucemia cansativo e demorado, com recaídas. Seu problema neurológico o levou à cegueira temporária e problemas de memória. Ele ainda está em fase de fisioterapia para restaurar a sua coordenação, bem como terapia fonoaudiológica.

Se a cura realmente foi alcançada neste paciente, aponta o caminho para as tentativas de desenvolver uma cura para a infecção por HIV através de células-tronco geneticamente modificadas.

Segundo os pesquisadores, as conclusões apontam para a importância de suprimir a produção de células CCR5, quer através de transplantes ou terapia gênica. Eles discutem como poderiam coordenar os esforços para identificar doadores CCR5-delta32 homozigotos, e ampliar a oferta de células-tronco desses doadores.

Por exemplo, através de amostra de células do sangue do cordão umbilical de bebês nascidos de mães que são homozigotos para CCR5-delta32, a fim de, eventualmente, facilitar a terapia com células-tronco.

Porém, as técnicas de terapia genética, que podem transformar as células-tronco e todos os seus descendentes em células resistentes à entrada do HIV, pode ser uma opção mais prática do que procurar doadores.

Muitos grupos de pesquisa receberam financiamento para explorar as técnicas de engenharia e de introdução de células-tronco sem CCR5. Se essas abordagens tiverem sucesso, serão terapias caras, por isso nos primeiros estágios é provável que a cura seja reservada para pessoas sem opções de tratamento, ou com câncer de medula óssea, ou que exijam transferência de células-tronco.

Você beberia carne líquida?



Nos Estados Unidos está disponível uma bebida chamada “Carne Líquida” (Meat Water) – uma bebida rica em proteínas com sabores de várias carnes diferentes.

Alguns dos “sabores” são “salmão”, “bife thai”, cheesburguer e goulash húngara.

Mas você substituiria um belo bife por uma água com sabor de carne? Deixe sua opinião nos comentários.

A chave para a produção de biocombustível em massa pode estar nas vacas



Pesquisadores acreditam que o líquido digestivo das vacas, localizado em um órgão conhecido como rúmen, pode aumentar a produção de biocombustível, já que ele é capaz de quebrar moléculas de celulose contidas em plantas.

Cientistas do Joint Genome Institute, dos EUA, encontraram micróbios importantes nos estômagos das vacas, que podem levar à produção de biocombustíveis de forma mais simples.

Eles quebram as partículas de celulose em açúcar, o que é um processo muito importante para produzir biocombustíveis.

Vacas comem capim, que contém alto nível de celulose e que é muito difícil de ser digerido – basicamente, porque ele não contém nenhuma substância que se aproveita pro organismo da vaca por si só. São bactérias no sistema digestivo dela que são responsáveis por transformar o capim em açúcar, que pode ser digerido e usado como energia.

Agora os pesquisadores querem fazer com que esses mesmos micróbios ajudem na produção de biocombustíveis, transformando a celulose em açúcar que pode ser queimado e, por sua vez, transformado em energia.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Quer ter uma menininha? Faça uma dieta rica em cálcio e magnésio



A ciência nos traz muitas surpresas: quanto mais a tecnologia e os estudos avançam, mais conforto e segurança os seres humanos têm. Hoje em dia, é possível descobrir nossos riscos e propensões a doenças e condições, e adaptar nosso estilo de vida as situações que queremos viver.

Agora, um estudo holandês ensina as mulheres a seguirem uma certa dieta caso queiram ter uma menina. Sim. Esqueça a história do “metade, metade”. Existe uma maneira de você aumentar suas chances de ter uma menininha para 80%.

Os pesquisadores pediram a 32 mulheres que já tinham tido meninos para tentar uma “dieta feminina” rica em cálcio e magnésio. Isso significa comer alimentos como salada com queijo de cabra, ensopado de legumes e arroz doce.

Os cientistas acreditam que alimentos como batatas e bananas, com altos níveis de potássio, conduzem a meninos; esses alimentos eram restritos na “dieta feminina”.

O resultado do projeto de cinco anos foi que 26 mulheres tiveram meninas, e apenas 6 mães deram à luz a meninos.

Os cientistas também pediram as mulheres para tentar engravidar em um momento determinado do ciclo de ovulação. Mas eles ainda acreditam que a dieta foi o fator mais forte para alcançar tamanha porcentagem de bebês meninas.

Ditados antigos já aconselhavam as mamães a comerem alimentos como espinafre, nozes e brócolis se quisessem ter meninas. Mas por que esses alimentos ajudam? Os pesquisadores acreditam que os níveis de minerais no sangue afetam o óvulo não fertilizado, tornando-o mais receptivo aos cromossomos do sexo feminino.

O próximo passo dos cientistas é realizar a mesma experiência com mulheres que tiveram meninas e agora estão em busca de um menininho.

Apesar de interessante a ideia de influenciar o sexo do bebê através de uma dieta, essa esperança pode trazer decepção às mães que não conseguirem ter um filho do sexo desejado. Esse é um problema que dificilmente poderá ser resolvido: a ciência pode impedir que os fenômenos naturais sejam totalmente aleatórios, mas não há tecnologia que os garanta definitivamente.

Luzes brilhantes da cidade aumentam a poluição atmosférica



Segundo um novo estudo, as luzes das cidades agravam a poluição do ar. A pesquisa indica que o brilho lançado para o céu interfere em reações químicas.

Durante a noite, essas reações normalmente ajudam a limpar o ar da fumaça emitida por veículos e fábricas durante o dia.

Todos os dias, uma complexa mistura de produtos químicos é lançada no ar das cidades. A maneira da natureza de limpar essa poluição é através de uma forma especial de óxido de nitrogênio, chamado de radical nitrato, que quebra os produtos químicos. Se eles não são quebrados, formam a fumaça e o ozônio que podem tornar o ar da cidade irritante.

Essa limpeza ocorre normalmente nas horas de escuridão, porque o radical é destruído pela luz solar. Porém, novas medidas tomadas a partir de aviões sobre Los Angeles, EUA, indicam que a energia de todas as luzes noturnas também suprime o radical. As luzes podem ser 10.000 vezes mais escuras do que o sol, mas o efeito é ainda significativo.

Segundo os pesquisadores, os primeiros resultados indicam que as luzes da cidade podem retardar a limpeza noturna até 7%. Também podem aumentar os produtos químicos que criam a poluição por ozônio no dia seguinte em até 5%.

Os principais tipos de iluminação em Los Angeles são luzes de sódio de alta pressão e luzes de iodetos metálicos. Os cientistas afirmam que a mudança para diferentes tipos de luz teria um efeito limitado. O radical é menos afetado pela luz vermelha, mas os pesquisadores duvidam que os governos banhem o panorama urbano de luz vermelha.

Uma abordagem que poderia ajudar seria apontar as luzes para o chão. Esso efeito é mais importante no ar do que se for diretamente apontado sobre o solo. Por isso, os pesquisadores acreditam que se os governos conseguissem manter a luz apontando para baixo, ao invés de refletida para as partes mais elevadas do ar, certamente teria um efeito muito menor.

Teremos dois sóis em 2012?



Vários sites pela internet divulgaram que a estrela Betelgeuse logo irá virar uma supernova e, em 2012, irá brilhar em nosso céu como um segundo Sol.

No entanto, segundo cientistas, isso é completamente infundado.

De acordo com especialistas, a Betelgeuse está, sim, a caminho de se tornar uma supernova e isso deve acontecer logo – mas esse “logo” está em termos astronômicos, e pode acontecer daqui a um milhão de anos.

Ninguém tem certeza de quando a explosão irá acontecer realmente, mas mesmo que estejamos aqui para testemunhar, a supernova não apareceria no céu como um segundo Sol. Ela se aproximaria, no máximo, com o brilho de uma lua crescente.

Segundo os astrônomos, ela seria brilhante e apareceria no céu mesmo durante o dia e, com certeza, assustaria muita gente, mas não seria nem de perto tão brilhante quanto nosso Sol.

Engenheiro cria seu próprio implante cardíaco – agora 23 outras pessoas também estão usando o aparelho



Um engenheiro britânico criou um aparelho para ser implantado no próprio peito em 2004. Isso, por si só, já é fantástico. Mas, mais incrível que isso, é que desde então 23 outras pessoas já implantaram o mesmo aparelho.

O implante ajuda pessoas diagnosticadas com síndrome de Marfan, que faz com que a artéria aorta se expanda e rompa. Tal Goelsworthy foi diagnosticado com essa síndrome e sua opção era implantar uma válvula na própria aorta.

Usando tecnologias comuns aos engenheiros, como CAD, ele criou o modelo acima, que é um 3D da sua aorta. O aparelho permitiu a criação de uma espécie de cobertura com um polímero, que cerca a sua aorta e impede o rompimento.

Não só o implante disso é mais seguro, como reduz a possibilidade de coágulos nas cirurgias.

Golesworthy espera que isso se torne um procedimento tradicional.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Como é possível sobreviver a um tiro na cabeça?



O mundo inteiro se chocou com a notícia de um jovem conturbado que matou e feriu bastante gente em Tucson, Arizona. O atentado se dirigia, aparentemente, à Gabrielle Giffords, deputada americana.

No último sábado, a deputada levou uma bala na cabeça. Agora, ela permanece em estado crítico, porém os médicos estão otimistas sobre suas chances. A bala que a atingiu entrou na parte de trás e saiu pela parte frontal de sua cabeça, percorrendo o comprimento do lado esquerdo de seu cérebro.

Quando baleada, a deputada respondia a comandos de voz e chegou à sala de operação dentro de 38 minutos. Esses fatores são positivos. Embora possa levar semanas ou meses para os médicos determinarem a extensão permanente do dano, a trajetória da bala é o motivo para o otimismo dos médicos.

Como uma pessoa leva uma bala na cabeça e ainda sobrevive – com boas chances? Segundo os médicos, as chances de uma pessoa de sobreviver a um trauma no cérebro dependem das áreas do cérebro que são atingidas, da velocidade da bala e se a bala sai do cérebro.

Se uma bala atravessa ambos os hemisférios direito e esquerdo do cérebro, ao invés de ficar confinada a um lado, como foi no caso da deputada, então o dano é provavelmente muito pior. Segundo eles, o cérebro é um pouco redundante. Às vezes pode tolerar a perda de uma “metade”. Uma pessoa cujo cérebro foi perfurado por uma bala em um só lado tem uma chance melhor do que alguém que sofreu prejuízo em ambos os lados.

Outro sinal positivo é se a bala não acertar partes do cérebro “de alto valor”, como o tronco cerebral e o tálamo. Essas estruturas cerebrais profundas são fundamentais para a consciência e as funções básicas, tais como controlar a respiração e os batimentos cardíacos.

Além disso, a pessoa definitivamente tem uma chance melhor de recuperação se a bala não acertar os principais vasos sanguíneos que levam oxigênio para as áreas onde ele é necessário.

O lado esquerdo do cérebro, onde Gabrielle foi atingida, controla a linguagem e a fala. O fato de que a deputada estava respondendo as pessoas depois de sua lesão mostra que ela pode ser capaz de compreender e processar a linguagem; um ótimo sinal para sua recuperação.

Uma bala que erra os ventrículos do cérebro (cavidades no centro do cérebro que são preenchidos com líquido cefalorraquidiano) também deixa uma pessoa em melhor forma do que aquela que atinge essas regiões. Se atingidas, as cavidades podem se encher de sangue, o que pode levar a complicações como a hidrocefalia (um inchaço do cérebro), que comprometem ainda mais a vítima.

A velocidade da bala faz diferença também. Uma bala de alta velocidade faz mais dano do que uma bala de baixa velocidade. Balas de alta velocidade, como as disparadas por uma AK-47 ou outras armas militares, causam danos mais periféricos às regiões do cérebro em torno de seu caminho do que balas mais lentas, como as disparadas por armas de mão.

Também faz mais danos a que permanece no cérebro, do que a bala que sai do cérebro, como no caso da deputada.

A vítima tem mais chances de sobreviver se não parar de respirar e se sua pressão arterial permanecer alta o suficiente – duas funções necessárias para manter um suprimento adequado de oxigênio para o cérebro. Alguns primeiros socorros podem ajudar a restaurar tais funções às vezes.

A equipe médica que trata Gabrielle removeu parte de seu crânio, pois isso permite que o cérebro inche sem tornar-se comprimido. Dentro do crânio, se o cérebro não tem nenhum lugar para se expandir, pode haver ainda mais danos. O confinamento pode evitar o fluxo de sangue, por exemplo.

Mais tarde, quando o inchaço diminuir, a parte do crânio que foi removida será substituída. O inchaço geralmente se agrava no terceiro dia após tal ferimento, mas no caso da deputada, os médicos podem esperar vários meses para substituir o osso. Eles podem estar preocupados que a bala tenha levado bactérias. É melhor se certificar de que não há evidência de infecção antes de substituir o crânio.

Videogame é instalado em pontos de ônibus de São Franciso, nos EUA



O que você faz enquanto espera seu ônibus? Ouve música? Joga alguma coisa no celular? Lê jornal? Pois em São Francisco, nos EUA, as pessoas estão jogando videogames, instalados no próprio ponto de ônibus, contra outras pessoas que ficam em outros pontos.

Isso mesmo, você pode jogar contra outro passageiro no outro canto da cidade enquanto espera sua condução.

A Yahoo instalou telas touchscreen gigantes nos pontos de ônibus e disponibilizou nelas vários jogos, como um quizz sobre esportes ou jogos de estratégia e quebra-cabeças. E o maior incentivo para você jogar é que o score da sua vizinhança inteira é somado e comparado com o de outras regiões. Depois você pode comemorar com seus vizinhos se seu bairro teve a maior pontuação da cidade.

Lógico que os games estão povoados de propagandas, mas isso não estraga a diversão de ninguém, certo?

Depois dos banheiros com videogame no Japão e dos pontos de ônibus em São Francisco, resta especular onde mais os games poderão aparecer.

Empresa afirma que pode “fazer chover” onde e quando quiser



A empresa Meteo Systems, que tem sede em Abu Dhabi afirma que, quando a umidade do ar é superior a 30%, você pode usar um ionizador (inspirado em uma invenção de Nicola Tesla) para enviar partículas eletricamente carregadas para o ar, que atraem poeira que, por sua vez, atraem partículas e água e voilá: faz-se a chuva.

A Meteo Systems ainda não deu nenhuma explicação mais detalhada de sua nova tecnologia, mas afirma que 52 tempestades que aconteceram em Abu Dhabi no ano passado, entre Julho e Agosto, foram resultantes de sua máquina da chuva.

Grande parte de céticos já se pronunciou, dizendo que a temporada mais chuvosa em Abu Dhabi coincidiu com a data das tempestades divulgadas pela Meteo, e meteorologistas dizem que o feito é impossível.

E você, leitor? Acha que é possível que consigamos “fazer chover” algum dia e que o “sertão vire mar”? Deixe sua opinião nos comentários.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Nebulosa do Caranguejo emite misteriosas explosões de raios gama



Cientistas detectaram três “surtos” de labaredas da famosa Nebulosa do Caranguejo, um dos objetos celestes mais conhecidos, que a fizeram brilhar de forma significativa na faixa de raios gama por alguns dias.

A Nebulosa do Caranguejo é na verdade o “cemitério” de uma estrela morta há muito tempo. Suas camadas fotogênicas de gás coloridos são os restos do corpo da estrela, expulsos antes dela colapsar e criar uma densa estrela de nêutrons.

A estrela de nêutrons no coração da Nebulosa do Caranguejo é chamada de “pulsar”, pois emite um feixe contínuo de radiação, como um farol que parece pulsar quando cruza a linha de visão da Terra.

Anteriormente, os cientistas acreditavam que o Caranguejo era estável. Agora, a descoberta das “explosões” muda essa ideia. Os pesquisadores observaram labaredas em outubro de 2007 e setembro de 2010. Outra equipe também observou a chama de setembro 2010, bem como uma em fevereiro de 2009.

Os pesquisadores ainda não sabem por que a nebulosa está emitindo essas erupções estranhas. As labaredas, que duraram, cada uma, poucos dias, são diferentes das explosões de raios gama, que são explosões de luz muito mais curtas, criadas quando morre uma estrela gigantesca.

A ideia básica é que o pulsar libera uma corrente de partículas carregadas que são aceleradas. Quando as partículas – principalmente elétrons e seus irmãos com carga positiva, os pósitrons – “batem” na nebulosa em torno do pulsar, elas interagem com o campo magnético da nebulosa, fazendo com que ela libere um tipo de luz conhecida como radiação síncrotron, que é principalmente na forma de raios gama.

Estas são as primeiras explosões de raios gama vistas de qualquer nebulosa. Segundo os cientistas, isso vai fornecer uma nova visão sobre como as partículas são aceleradas em objetos astrofísicos.

Essa aceleração em particular é aproximadamente 1.000 vezes mais energética do que o maior acelerador de partículas feito pelo homem, ou seja, quase à velocidade da luz. Como resultado, os raios gama liberam muita energia, nunca antes vista a partir de fontes astrofísicas.

O objetivo dos pesquisadores é compreender o processo de aceleração de partículas, formando modelos e teorias que possam explicar como acelerar as partículas a esta quantidade enorme de energia.

Para isso, os cientistas esperam pegar a Nebulosa do Caranguejo no “ato”, durante uma explosão, bem como eventualmente observar o fenômeno em outras nebulosas.

Foto espacial – o aglomerado de estrelas globular 47 Tuc



O aglomerado de estrelas 47 Tucanae também é conhecido como NGC 104. Ele fica nos arredores dos limites da Via Láctea, juntamente com mais de 200 outros aglomerados globulares.

É o segundo mais brilhante aglomerado que conhecemos, perdendo apenas para Ômega Centauri. Fica a 13 mil anos-luz de distância da Terra e pode ser visto a olho nu, na direção da constelação de Tucano.

O aglomerado possui alguns milhões de estrelas e possui cerca de 120 anos luz de comprimento. É possível ver gigantes vermelhas ao redor do aglomerado.

Foto espacial – os tesouros escondidos da nebulosa M78



A nebulosa M78 fica localizada na direção da constelação de Órion, a apenas 1600 anos-luz de distância, e é conhecida de astrônomos amadores, que podem vê-la através de telescópios menos potentes.

Essa imagem em particular foi a vencedora do concurso “tesouros escondidos 2010”, uma competição fotográfica organizada pelo European Southern Observatory.

O mais novo gênio de computação do mundo é uma menina indiana



M. Lavinashree é a mais nova pessoa a tornar-se uma Red Hat Certified Engineer e passar no teste da Microsoft – ela conseguiu o recorde quando tinha apenas oito anos. A menina nasceu em uma região rural da Índia e seus pais já notaram que ela tinha uma mente privilegiada enquanto ela ainda era um bebê.

Com um ano, ela já havia decorado o alfabeto inteiro e, depois, passou a decorar números, a história de personalidades indianas, nomes de frutas e muito mais. Sua memória fotográfica permitiu que ela decorasse o Thirukural, um poema complexo de mais de dois mil anos de idade. Logo ela entrou para o Livro de Recordes Limca, a versão indiana do Guiness.

Mas isso foi apenas o começo. Com o incentivo de seus pais, ela desenvolveu novos interesses, e, com oito anos de idade, ela estudava computação e tirou 842 no teste da Microsoft (o score máximo é 1000). O teste avalia a capacidade da pessoa de instalar, administrar e configurar várias funções de um Windows XP.

O antigo recorde desse teste era o de uma menina paquistanesa de 10 anos, mas Lavinashree a desbancou por causa de sua idade.

Nova forma de armazenamento de dados pode gerar computadores ecológicos



Uma nova forma de armazenamento de dados, criada por cientistas americanos, pode levar a computadores mais rápidos e “verdes”.

Segundo os cientistas, da North Carolina State University, a nova memória combinaria as vantagens dos dois mais populares tipos de armazenamento atual.

Atualmente usa-se o armazenamento volátil e o não-volátil. O tipo de memória usada depende se os dados precisam ser acessados rapidamente ou armazenados permanentemente.

Entre as tecnologias voláteis estão a famosa memória RAM (ou sua variação mais nova, a DRAM), que armazenam dados de uma maneira que podem ser acessados rapidamente, mas os dados são perdidos quando o programa usado é desligado – quando a energia é cortada. O armazenamento não-volátil é o usado em flash drives de memory cards, pen drives e mp3, que podem reter informação mesmo sem usar energia.

No entanto o novo invento combina a velocidade da DRAM com um modo mais persistente de armazenamento. Acredita-se que isso pode gerar servidores que possam ser desligados quando não estão em uso, levando a um uso mais sustentável dos computadores.

Robôs ajudam pessoas com paralisia a ter resposta sensorial



Existem dispositivos que permitem que usuários controlem eletrônicos com suas mentes. Essas interfaces ajudam indivíduos paralisados a realizar tarefas cotidianas, como enviar e-mails e jogar videogames. O problema com esses dispositivos é que eles não têm a sensação de movimento que normalmente vem junto com essas atividades.

Agora, um novo estudo usa robôs para adicionar uma entrada sensorial nessas interfaces. Os pesquisadores mostraram que isso permitiu que macacos movessem um cursor em uma tela com mais rapidez e precisão.

Segundo os pesquisadores, muitos pacientes que são portadores de deficiência motora têm uma resposta sensorial parcial. Assim, adicionar robôs poderia fornecer esse tipo de sensação.

Para se beneficiar desta solução, o paciente paralisado deve ter ainda alguma informação sensorial nos membros, apesar da perda da função motora. Essa é uma ocorrência comum, especialmente em pacientes com esclerose lateral amiotrófica ou lesão medular incompleta.

Para testar a teoria, os pesquisadores equiparam dois macacos com “mangas de camiseta robóticas” que se ajustam ao longo dos braços dos animais. Os macacos realizaram a tarefa de mover um cursor em uma tela, primeiro simplesmente usando seus olhos e, em seguida, usando o movimento que o braço robótico acrescentou. O braço-robô que pode ser vestido foi usado para que o paciente “sinta” a posição e o movimento do cursor com o braço.

Os pesquisadores mediram o tempo que os macacos levaram para alcançar seu destino com o cursor e a retidão do caminho percorrido pelo cursor em ambos os casos. O resultado: com o braço robótico, os macacos foram 40% mais rápidos e o caminho cursor foi 40% mais reto.

Os cientistas têm esperanças de que os robôs sejam usados pelos que sofrem de paralisia. Os sinais do cérebro poderiam ser utilizados para mover o robô, assim o paciente pode interagir com o mundo exterior e, ao mesmo tempo, ter uma resposta sinestésica.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Estudantes de faculdade aprendem pouco



Segundo um novo estudo, apesar de cada vez mais as pessoas terem acesso ao ensino superior, elas não aprendem muito nos anos acadêmicos.

No fim do ano de calouro, por exemplo, 45% dos estudantes não mostram nenhuma melhora em sua capacidade de pensamento crítico, sua habilidade de escrita ou sua capacidade argumentativa.

Essa é apenas uma das várias descobertas dos sociólogos Richard Arum e Jospia Roksa – da Universidade de Nova York e da Virgínia, respectivamente.

Os estudantes também não apresentam melhora nos últimos dois anos de faculdade. Depois de quatro anos, 36% não tiveram nenhuma melhora acadêmica significativa.

Segundo os autores, o problema é que os alunos procuram por cursos mais fáceis e não estudam e as faculdades estão valorizando mais a pesquisa do que o ensino.

Estudantes que escolhiam cursos tradicionais na área de arte ou ciência eram os que mais apresentavam novos conhecimentos no fim do curso.

Mulher fica parcialmente paralisada por causa de “chupão”



Aqui vai uma boa razão para você não deixar uma marca de “chupão” em sua namorada: você pode paralisá-la. Pelo menos foi isso o que aconteceu com uma mulher de 44 anos, na Nova Zelândia.

Ela recebeu uma “mordida do amor” de seu parceiro e precisou correr para o hospital – ela não conseguia mais mover o braço esquerdo. O seu único machucado? O “chupão” do lado direito do pescoço.

O que aconteceu foi que o “chupão” foi feito bem em cima de uma artéria e toda a pressão necessária para criar aquela marca característica acabou machucando o interior do vaso sanguíneo e criando um coágulo. O coágulo “viajou” para o coração, onde acabou causando uma espécie de “pequeno infarto” – logo sua paralisia.

Os médicos a trataram com um anticoagulante e boa parte de seu coágulo desapareceu em uma semana.

Existe um gênio dentro de cada um de nós



A nova ciência sugere que a fonte de habilidades é muito mais interessante e improvisada do que inata. Frases como “atleta nato” e “inteligência natural”, que há tempos haviam concluído que o talento é uma coisa genética que nasce com a pessoa, estão por fora.

Acontece que tudo o que somos é um processo de desenvolvimento, e isso inclui o que nós recebemos de nossos genes. Um século atrás, os geneticistas viam os genes como “fixos”, sempre proferindo as mesmas linhas exatamente da mesma maneira. Nos últimos anos, porém, os cientistas acrescentaram uma atualização no seu entendimento da hereditariedade.

Agora, os pesquisadores sabem que os genes interagem com o meio ao seu redor, se “ligando e desligando” o tempo todo. Os mesmos genes têm efeitos diferentes dependendo até de com quem eles estão falando.

Não há gene que funcione independente dos fatores ambientais, e vice versa. Um traço de personalidade só surge da interação entre genes e ambiente. Isso significa que tudo sobre nós – nossa personalidade, nossa inteligência, nossa capacidade – é na verdade determinado pela vida que levamos.

Cada animal começa a sua vida com a capacidade de se desenvolver em uma série de maneiras distintas. O que você vai desenvolver se dá e é selecionado pelo ambiente no qual está crescendo.

Mas os genes certamente importam. Somos todos diferentes e temos potenciais diferentes. Por exemplo, não há qualquer possibilidade de alguém ser o Cristiano Ronaldo. Apenas o Cristiano Ronaldo criança tem a chance de ser o Cristiano Ronaldo que conhecemos hoje. Mas também temos que entender que ele poderia ter virado uma pessoa muito diferente, com diferentes habilidades. Sua magnificência no futebol não foi esculpida em pedra genética.

A noção de um QI fixo é outra que está mudando. Pesquisadores de talento e cientistas concordam que a inteligência representa um conjunto de competências em desenvolvimento.

Grandes acadêmicos não nascem mais inteligentes do que os outros, mas se esforçam mais e desenvolvem mais auto-disciplina. Além disso, os escores de QI têm aumentado ao longo do século, o que pode ser devido ao aumento da sofisticação cultural. Em outras palavras, todos nós temos ficado mais espertos porque nossa cultura nos aguçou.

Ainda mais profundamente, pesquisadores concluíram que os alunos que entendem que a inteligência é maleável ao invés de fixa são muito mais intelectualmente ambiciosos e bem sucedidos.

O mesmo se aplica ao talento. Isso explica por que os melhores corredores, nadadores, ciclistas, jogadores de xadrez e violinistas de hoje são muito mais hábeis do que em gerações anteriores. Todas essas habilidades são dependentes de um processo lento e gradual que várias micro-culturas descobriram como melhorar.

Até recentemente, a natureza dessa melhora era meramente intuitiva. Mas nos últimos anos, todo um novo campo de “estudos de especialização” tem entendido cada vez melhor como as diferentes atitudes, estilos e tipos de ensino e prática de exercício levam as pessoas ao longo de caminhos muito diferentes.

Seria uma loucura sugerir que qualquer pessoa pode literalmente fazer ou ser qualquer coisa. Mas a nova ciência diz que é igualmente tolo pensar que a maioria de nós está condenada a mediocridade.

Nossas habilidades não são definidas pela genética. Elas são moldáveis. Com humildade, esperança e determinação, a grandeza é algo que qualquer pessoa pode aspirar.

Inventor amador cria carro que usa energia solar



E quem disse que grandes inovações são feitas apenas por grandes empresas? O carro de Chen Shungui, um inventor chinês amador, pode não ser uma obra prima do design, mas realmente funciona à base de luz solar.

Ele passou oito anos construindo dois carros, esperando montar veículos que não despejassem CO2 na atmosfera. O primeiro foi concluído em 2008 e, apesar de precisar de um bom polimento, consegue chegar a 45 km/h usando apenas energia solar. Boa parte da cobertura do carro é completamente coberta com painéis solares mas, como ele não tem bateria ou outra fonte de energia, pode ser usado apenas em dias ensolarados.

O segundo carro é uma versão “melhorada” do primeiro, que pode ser usado em percursos maiores e em dias nublados. Como tem uma bateria solar, ele pode fazer uma viagem de 150 km com sua “reserva” e pode chegar a uma velocidade máxima de 60 km/h.

Os dois carros solares custaram a Chen 74,936 dólares.

Bactérias são capazes de criar um circuito de eletricidade



Cientistas descobriram que bactérias podem conduzir eletricidade ao longo de pequenos apêndices, como fios elétricos.

Biólogos notaram que as bactérias do fundo do mar “fabricavam” fios curiosos quando eram colocadas em ambientes com pouco oxigênio. Ao invés de sufocar, elas criavam nanofios feitos de proteína que “caçavam” bolsos de oxigênio ou outros locais para despejo de elétrons.

Em seguida, as bactérias pareciam compartilhar o gás ligando seus fios, como se uma sala lotada de pessoas pudesse respirar de apenas uma janela aberta simplesmente dando as mãos.

Com ferramentas de nanotecnologia, os pesquisadores mostraram que os fios dessas comunidades bacterianas podem agir como circuitos. Eles mediram o fluxo da corrente e descobriram que um bilhão de elétrons viaja através dos fios a cada segundo. A eletricidade não é tão forte como em um fio de cobre, mas é suficiente para suportar a rotina diária de consumo de energia de uma célula e sobrar elétrons.

Segundo os pesquisadores, uma comunidade de bactérias ligadas por esses nanofios poderia atuar como uma célula de combustível viscoso, digerindo matéria orgânica e liberando eletricidade. A comunidade pode ser estimulada, por exemplo, para devorar sedimentos marinhos tóxicos ou processar esgotos em estações de tratamento de resíduos.

Segundo engenheiros ambientais, as bactérias poderiam ser muito úteis em estações de tratamento de esgoto. Elas podem não resolver todos os nossos problemas de energia, mas seriam uma alternativa para resolver os problemas de energia da água, por exemplo, já que o tratamento de resíduos consome cerca de 5% da fatura elétrica nos EUA.

Aliás, as bactérias são fortes candidatas a fontes de energia alternativa, porque são baratas e fáceis de manter. Uma superfície de eletrodo é necessária para capturar os elétrons, mas de resto, a bactéria pode fazer trabalhos como a decomposição de sedimentos oceânicos ou “quebrar” o metano emitido pelos arrozais.

Segundo os pesquisadores, é incrível que esses organismos desenvolvam seu próprio sistema de distribuição elétrica, sendo que os seres humanos só conhecem a eletricidade há 200 anos. Talvez as bactérias façam isso há bilhões de anos.

A pesquisa não prova que as bactérias realmente “exploram” esse sistema, só que elas são capazes de fazê-lo. Os cientistas ainda querem descobrir se há outras maneiras delas realizarem esse circuito. O próximo passo do estudo é entender como as bactérias trabalham em comunidade. Talvez as colônias possam usar a respiração celular para gerar eletricidade, por exemplo.

Imagem incrível: Mono, o famoso lago de arsênico



Você já parou para imaginar como a vida alienígena pode ser estranha? Talvez, algum dia, iremos conhecer uma população de aliens roxos, com 40 olhos e 30 braços. Ou talvez algo que nem seja possível de descrever em nossa língua por falta de termos equivalentes.

Uma indicação de como a vida fora do nosso planeta pode ser tão incrivelmente variada foi encontrada no lugar retratado pela foto acima – o lago Mono, na Califórnia.

A bactéria que foi encontrada por lá mostra que há formas de vida capazes de tolerar quantidades incríveis de arsênico, ao contrário do que os cientistas pensavam, e que, nelas, o arsênico substitui o fósforo (um elemento que era considerado essencial para a vida).

Os resultados são surpreendentes e, ao mesmo tempo, controversos – isso porque considerava-se que uma forma de vida sem fósforo seria muito frágil e porque, agora, abre-se uma possibilidade de existir vida em lugares no universo onde acreditava-se ser um fenômeno impossível.

Na foto acima você vê o lago Mono em todo o seu esplendor – 7,5 km de largura, próximo ao Monte Dana.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Tendência automobilística: carros com direção automática



Não é surpresa para ninguém que os carros do futuro provavelmente se dirigirão sozinhos. De certa forma, a indústria automobilística já avançou muito nesse ponto, e os carros estão cada vez mais automáticos.

Um novo carro da Mercedes, que custa cerca de R$ 167.000, é um dos que pretende dar aos nossos pés um descanso durante engarrafamentos. Ele detecta o quão longe estão os outros carros e, em seguida, acelera e desacelera em conformidade. Não há necessidade de fazer nada, sem mesmo pisar no freio. Apenas conduzir o volante.

Em outubro, o Google anunciou que havia desenvolvido uma frota de carros que usa vários sensores e mapas para “sentir” a pista (foto). Durante os testes, os carros se auto-dirigiram por mais de 225.000 quilômetros.

A edição mais recente dessa tendência vem da General Motors, que apresentou o EN-V (abreviação para “Electric Network Vehicle”, ou veículo elétrico de rede). O carro parece um “casulo”. Rola sobre duas rodas, alinhadas como as rodas fronteiras de um carro, não como uma bicicleta. Por enquanto, ele está no estágio de protótipo. A GM diz que eles poderiam estar no mercado em 2030, a um custo de cerca de R$ 16.000.

O EN-V mede cerca de 2 metros cúbicos. Duas pessoas cabem confortavelmente, mas não há muito espaço para mais nada. Provavelmente, cabem 5 ou 6 vezes mais EN-Vs em um estacionamento do que automóveis convencionais.

O carro combina duas ideias sobre condução automática: sensores como câmeras e sonares para impedir o carro de bater ou atropelar pedestres, e tecnologia de rede que permite que os carros se comuniquem. Esta “internet” permite que carros se conectem sem fios e sigam um ao outro como vagões de um trem. Se um EN-V tiver que sair da linha, ele pode.

Ele funciona com bateria e se conecta a uma parede, com uma velocidade máxima de cerca de 49 quilômetros por hora e um alcance de cerca de 50 quilômetros. Não é muito, mas é o suficiente para ser útil em reduzir o congestionamento nos centros urbanos, em especial cidades de alta densidade na China e na Índia. O carro também tem como objetivo melhorar a segurança no trânsito – já que os humanos provavelmente não conseguirão isso sozinhos.

Mesmo que os carros possam se comunicar uns com os outros e se dirigem sozinhos, os motoristas podem tomar o controle, se desejarem. Isso é importante, tanto por razões de segurança quanto para os motoristas poderem obter alguma sensação de prazer do veículo. Um “joystick” faz às vezes de volante do veículo, orientando e acelerando o carro.

Ainda assim, os desenvolvedores afirmam que há uma série de obstáculos que precisam ser superados antes algo parecido com o EN-V chegar ao mercado. Os sinais sem fio que permitem a comunicação dos veículos são problemáticos, pois hackers, em teoria, poderiam acessá-los e enviar os carros fora da pista. A perda de conexão sem fio também pode fazer com que o sistema automatizado perca o controle do carro.

Mesmo com os obstáculos, o futuro desse conceito é praticamente garantido. A tendência da tecnologia automática é transformar a nossa forma de dirigir carros.

Descoberta de molécula pode tornar transplantes de medula óssea mais seguros e eficientes



Pesquisadores americanos podem ter encontrado a chave para um transplante de medula óssea mais seguro e eficiente. Eles descobriram uma molécula capaz de criar células-tronco sanguíneas em seu nicho na medula óssea.

Transplantes de medula óssea usam células-tronco hematopoéticas para o tratamento de doenças relacionadas ao sangue, como leucemia e linfoma. Essas células-tronco hematopoéticas são encontradas na medula óssea e produzem uma variedade de células sanguíneas maduras.

Agora, os pesquisadores descobriram uma molécula chamada Robo4, que “ancora” as células-tronco hematopoéticas na medula óssea. Ela só é encontrada em células-tronco hematopoéticas e nas células endoteliais dos vasos sanguíneos. A Robo4 age como um adesivo, anexando células-tronco em seu nicho adequado dentro da medula óssea.

Segundo os pesquisadores, uma descoberta como essa poderia levar a uma melhor compreensão do nicho particular em que Robo4 reside enquanto se liga as células-tronco na medula óssea.

O cultivo de células-tronco hematopoéticas em laboratório, como a maioria das outras células-tronco, é extremamente difícil, porque elas só funcionam do jeito que são supostas no ambiente real da medula óssea.

Agora, a nova pesquisa pode ajudar os cientistas a recriarem esse ambiente em laboratório. Além disso, a descoberta poderá conduzir ao desenvolvimento de melhores medicamentos para os pacientes que preferem uma alternativa aos transplantes de medula óssea convencionais.

Por exemplo, uma alternativa comum é injetar drogas nos pacientes que levam as células-tronco hematopoéticas da medula óssea para o sangue, onde elas podem ser capturadas e colhidas. Esta técnica requer várias injeções da droga, mas através da descoberta de Robo4, os pesquisadores podem ser capazes de criar uma droga especializada.

Essa nova droga retiraria a Robo4 de células-tronco permitindo que as células-tronco hematopoéticas fluíssem facilmente da medula óssea para a corrente sanguínea.

Alcançar esse objetivo é o próximo passo da pesquisa. Os cientistas já estão na segunda fase desse projeto.

Cientistas descobrem gene que contribui para o desenvolvimento de câncer de cérebro



Um novo estudo descobriu que a deleção de um gene no câncer de cérebro mais comum entre adultos auxilia no desenvolvimento tumoral e na resistência à terapia. O gene é encontrado em até um em cada quatro casos de câncer de cérebro em adultos.

A eliminação ocorre em uma cópia do gene NFKBIA, normalmente encontrado no cromossomo 14 e em uma variedade de outros cânceres. Agora, os pesquisadores descobriram que ele provoca o desenvolvimento de tumores e a resistência às drogas do tratamento em indivíduos com glioblastoma, que é um câncer de cérebro comum em adultos, com baixos índices de sobrevida.

Na verdade, essa deleção do gene age da mesma forma que outra “aberração” comum no glioblastoma, que é a alteração do receptor do fator de crescimento epidérmico (RFCE). Ambos, gene e alteração do receptor, produzem o mesmo resultado, mas a alteração RFCE é mais conhecida do que a deleção do gene NFKBIA, o que significa que apenas uma anormalidade foi tratada no passado.

Isso também pode explicar porque os tratamentos anteriores falharam. Há 25 anos os cientistas sabem que o RFCE desempenha um papel no glioblastoma, assim como em muitos outros cânceres, então o que faz com que a maioria dos glioblastomas não tenha esse defeito?

Os pesquisadores tiveram a ideia de que o NFKBIA poderia estar ligado ao glioblastoma depois de um estudo que indicou que pacientes com glioblastoma com baixa expressão do gene NFKBIA eram mais resistentes aos tratamentos.

Para confirmar essa conclusão, os cientistas estudaram várias centenas de amostras de tumores de pacientes com glioblastoma entre 1989 e 2010. Eles cultivaram as células do câncer em laboratório. Também aumentaram a atividade da L-kappa-B, uma proteína que impede a alteração da expressão do gene no núcleo de uma célula.

Com o aumento da atividade dessas proteínas em células com hiperatividade ou deficiência de NFKBIA ou RFCE, as células restauraram o comportamento e a aparência normais. Também ficaram menos resistentes a medicamentos.

De todas as amostras, 25% continham supressões NFKBIA, enquanto um terço continha aberrações RFCE. Em aproximadamente 5% das amostras, tanto a alteração RFCE quanto o gene ocorreram. Os pesquisadores também descobriram que os pacientes com qualquer aberração tinham uma taxa menor de sobrevida – cerca de 40% dos pacientes.

Segundo os pesquisadores, a forma como eles identificaram essa exclusão de gene no estudo não vai ser eficiente para uso em laboratório clínico geral. Mas esse tipo de pesquisa poderia levar a melhores tratamentos e terapias para pessoas com glioblastoma, e possivelmente outros tipos de câncer.

Os pesquisadores estão tentando desenvolver um método melhorado, rápido, barato e confiável, o que pode acontecer dentro de um ano ou mais.

Galinhas transgênicas impedem transmissão de gripe aviária



Pesquisadores desenvolveram galinhas geneticamente modificadas que não podem transmitir infecções de gripe aviária, o que poderia reduzir o risco da doença se espalhar e causar epidemias mortais em seres humanos.

A gripe aviária, ou H5N1, está circulando na Ásia e no Oriente Médio, com ocorrências ocasionais na Europa, desde 2003, e matou ou levou à destruição centenas de milhões de aves. Raramente infecta pessoas, mas quando faz é mortal: segundo a Organização Mundial da Saúde, de 516 casos desde 2003, o vírus matou 306.

Para produzir as galinhas modificadas, os pesquisadores introduziram um novo gene que fabrica uma pequena molécula que imita um importante elemento de controle do vírus da gripe aviária. O mecanismo de replicação do vírus é levado a reconhecer essa molécula, em vez dos genes virais, e isso interfere com o ciclo de replicação do vírus.

As galinhas transgênicas ainda podem ficar doentes e morrer do H5N1, mas não transmitem o vírus para outras galinhas, e não só as transgênicas, mas também as normais. Especialistas dizem que o perigo é que o vírus evolua a uma forma que as pessoas possam pegar facilmente, fazendo com que a taxa de transmissão produza uma pandemia em que milhões de pessoas poderiam morrer.

Galinhas geneticamente modificadas poderiam oferecer uma forma de melhorar a segurança econômica e alimentar em partes do mundo onde a gripe aviária é uma grande ameaça.

Países como a China estão interessados na possibilidade de modificação genética para proteger seus estoques de aves, bem como a população. Porém, inevitavelmente será mais caro. Ao mesmo tempo, a necessidade de vacinação e a perda de rebanhos devem reduzir.

O próximo passo da pesquisa é tornar as galinhas totalmente resistentes à gripe, ao invés de apenas bloquear a transmissão do vírus.

Cientistas descobrem uma bactéria que produz hidrogênio do ar



Segundo uma nova pesquisa, um micróbio oceânico “faz” hidrogênio do ar. Sendo que o hidrogênio é considerado um combustível “ecológico”, o estudo pode abrir uma nova fronteira na busca de energia limpa e renovável.

A cianobactéria chamada Cyanothece 51142 realiza fotossíntese durante o dia e fixa o nitrogênio durante a noite. O hidrogênio é um subproduto do processo de fixação biológica do nitrogênio. Quando se queima o hidrogênio, o principal subproduto é a água.

Todas as cianobactérias fazem oxigênio “quebrando” a molécula da água – que é a parte da fotossíntese. No entanto, o oxigênio é tóxico para a nitrogenase, a proteína chave que fixa o nitrogênio e produz hidrogênio.

Essa cianobactéria, entretanto, descobriu uma maneira de fazer as duas coisas na mesma célula, usando um ciclo diurno. Segundo os pesquisadores, durante o dia, o micróbio fixa dióxido de carbono através da fotossíntese, e o armazena em forma de glicogênio.

À noite, ele recorre a esta energia armazenada. A energia que está saindo da utilização de glicose é então usada para as reações de nitrogenase que, por sua vez, produzem hidrogênio.

Mas o que faz essa estirpe de cianobactérias mais esperta do que as outras? Os cientistas dizem que elas sabem como dividir as atividades que devem fazer de dia e de noite.

A bactéria produz de 5 a 10 vezes mais hidrogênio naturalmente do que qualquer outro micróbio conhecido. Ainda assim, os pesquisadores estão longe de estabelecer a infra-estrutura para uma economia de hidrogênio que colocasse as bactérias para trabalhar no mundo real.

O problema se resume a engenharia e física. Como “armazenar” o hidrogênio no lugar onde ele vai ser usado como combustível é o problema atual.

Ao contrário do carvão e do petróleo, o hidrogênio não é energia densa. Por exemplo, rodar um caminhão com a tecnologia de hidrogênio de hoje exigiria que o tanque de combustível do caminhão fosse da metade do tamanho da carga levada por ele.

Segundo os cientistas, o uso de paládio para armazenar o hidrogênio e, assim, torná-lo mais fácil de usar é muito caro. Os pesquisadores querem pesquisar mais e encontrar uma forma das novas descobertas resolverem o futuro da energia no mundo.

Até agora, testes foram feitos em laboratório. Os próximos passos serão a ampliar a tecnologia e implantá-lo no mundo real.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Conheça Chaser, o cachorro mais inteligente do mundo



O que faz de Chaser, essa border collie simpática da foto, a cadela mais inteligente do mundo? Pode-se dizer que ela tem um vocabulário de mais de mil palavras.

Obviamente, Chaser não consegue falar, mas aprendeu a conhecer seus 1022 brinquedos por seus nomes próprios. Isso significa que ela tem o maior “vocabulário” do mundo animal, incluindo, nessa conta, o famoso papagaio Alex.

Chaser foi testada por psicólogos, que queriam descobrir quantas palavras um cão consegue gravar e distinguir. Então, durante três anos, eles ensinaram Chaser a distinguir vários brinquedos e, quando falavam o nome de determinado brinquedo, ela deveria buscá-lo. Segundo os cientistas, com técnicas de repetição o totó conseguiu aprender as palavras e, em testes que analisavam seu conhecimento, a cadela nunca acertou menos de 18 brinquedos em 20 tentativas.

Os testes consistem em fazer com que ela apanhe determinado brinquedo que está em outra sala apenas ouvindo seu nome e separando-os em grupos.

Antigamente, o cachorro com maior vocabulário era Rico, outro border collie, mas criado na Alemanha – mas ele tinha um vocabulário de apenas 200 palavras.

Restos de um tipo de humano desconhecido foram encontrados na Sibéria



Cientistas descobriram um novo tipo de humano, chamados Denisovans, em cavernas da Sibéria. Os ossos encontrados sugerem que eles co-existiram e cruzaram com a nossa própria espécie.

Um grupo internacional de pesquisadores sequenciou um genoma completo de um dos antigos hominídeos (criaturas com aparência humana), com base no DNA nuclear extraído de um osso de dedo.

Segundo os pesquisadores, isso fornece a confirmação de que havia pelo menos quatro tipos distintos de existência humana quando os humanos anatomicamente modernos (Homo sapiens) deixaram sua terra natal africana pela primeira vez.

Junto com os humanos modernos, os cientistas sabiam dos Neandertais e de uma espécie humana anã encontrada na ilha indonésia de Flores, apelidada de “hobbit”. A esta lista, os especialistas devem agora adicionar os Denisovans.

Há também evidências de que esse novo grupo era difundido na Eurásia. Eles devem ter co-existido com os Neandertais e cruzado com a nossa espécie, talvez por volta de 50.000 anos atrás.

Através da análise dos DNAs de ossos encontrados na caverna Denisova, no sul da Sibéria, os cientistas concluíram que os indivíduos pertenciam a um grupo geneticamente distinto de seres humanos, com parentesco distante dos Neandertais, e ainda mais distante de nós.

A descoberta acrescenta mais peso à teoria de que um tipo diferente de humano poderia ter existido na Eurásia, ao mesmo tempo em que a nossa espécie.

Antes, os pesquisadores tinham uma evidência fóssil para apoiar este ponto de vista, mas agora eles têm algumas provas concretas do estudo genético realizado. Ou seja, com bastante certeza uma espécie de vida humana adiantada evoluiu na Europa.

O estudo mostra que os Denisovans cruzaram com os ancestrais dos povos atuais da região norte da Melanésia e nordeste da Austrália. O DNA melanésio compreende entre 4% e 6% do DNA Denisovan.

O fato de que os genes Denisovan acabaram tão ao sul sugere que eles foram generalizados em toda a Eurásia; eles devem ter se espalhado por milhares e milhares de quilômetros.

Um mistério é por que os genes são únicos em melanésios modernos, e não são encontrados em outros grupos da Eurásia até agora amostrados. A teoria dos pesquisadores é que eles tiveram apenas um encontro fugaz como os seres humanos modernos, enquanto migravam através do sudeste da Ásia e, em seguida, na Melanésia.

Segundo os cientistas, apenas 50 Denisovans cruzando com mil seres humanos modernos seria suficiente para produzir 5% de genes arcaicos transferidos. Portanto, o impacto pode existir, mas o número de eventos pode ter sido muito pequeno e bastante raro.

Ninguém sabe quando ou como esses seres humanos desapareceram, mas, segundo os pesquisadores, provavelmente tem algo a ver com os povos modernos, pois todos os seres humanos ”arcaicos”, como os Neandertais, desapareceram algum tempo depois do Homo sapiens sapiens aparecer na cena.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Fumar causa danos em seu material genético em questão de minutos



Uma nova pesquisa descobriu que o tabaco pode causar danos aos genes em questão de minutos, o que pode levar ao câncer. A primeira inalação de um cigarro é suficiente para causar alterações genéticas.

Esse estudo é o primeiro a observar como as substâncias do tabaco se relacionam com danos no DNA quando as pessoas fumam, e contou apenas os efeitos do fumo, sem “interferência” de outras causas nocivas, tais como má alimentação e poluição.

Muitos acreditavam que levava anos para os cigarros provocarem efeitos nocivos ao organismo. Para estudar como o conteúdo de um cigarro impacta o DNA humano, os pesquisadores recrutaram 12 voluntários e monitoraram os HAP, ou hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, que são poluentes presentes na fumaça do tabaco.

HPAs também podem ser localizados em alimentos vegetais carbonizados e churrasqueiras a carvão. Um tipo específico que os pesquisadores estavam particularmente interessados era o fenantreno, que está na fumaça do cigarro.

A equipe observou o fenantreno enquanto ele viajava através do sangue, e assistiu como ele destruiu o DNA e causou mutações que levam ao câncer. Os fumantes desenvolveram níveis máximos da substância em um prazo que surpreendeu até mesmo os pesquisadores: em 15 a 30 minutos depois que os voluntários acabaram de fumar.

Os resultados são significativos porque os HAPs reagem facilmente com o DNA, induzem mutações, e são considerados cancerígenos. O câncer de pulmão, por exemplo, é responsável pela morte de 3.000 pessoas a cada dia no mundo inteiro, e 90% destas mortes são ligadas ao tabagismo.

Os pesquisadores alertam que o estudo deve servir como um aviso claro para aqueles que estão pensando em começar a fumar cigarros.

Colesterol “bom” pode diminuir risco de Alzheimer



Segundo um novo estudo, altos níveis do chamado colesterol bom podem reduzir o risco de desenvolver mal de Alzheimer. Os cientistas não encontraram evidências de que altos níveis de colesterol ruim (LDL) afetassem o risco de uma pessoa para a condição.

Na pesquisa, os participantes com altos níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL), o tipo bom de colesterol, que pode ser encontrado em castanhas, por exemplo, tinham 60% menos probabilidade de desenvolver mal de Alzheimer. Quanto maior o HDL, mais uma pessoa estava protegida da doença.

O colesterol é transportado no corpo por proteínas chamadas lipoproteínas. O LDL é conhecido como colesterol ruim porque em níveis elevados pode entupir os vasos sanguíneos e dificultar a circulação sanguínea. Por outro lado, o HDL carrega o colesterol para o fígado, onde ele pode ser quebrado e removido do sangue.

No novo estudo, os pesquisadores examinaram os níveis de colesterol de 1.130 adultos com 65 anos ou mais. De 1999 a 2001, a cada 18 meses, os participantes foram submetidos a uma série de exames médicos, psicológicos e neurológicos para medir seus níveis de colesterol e a possibilidade de mal de Alzheimer. Nenhum dos participantes tinha a doença no início do estudo.

Como o mal de Alzheimer só pode ser oficialmente diagnosticado após a autópsia – que permite aos médicos confirmar a presença de placas no cérebro – os participantes com sinais da doença foram classificados como “prováveis” ou “possíveis”.

Após cerca de quatro anos, 101 participantes desenvolveram Alzheimer, sendo que 89 dos quais eram casos prováveis. Aqueles com altos níveis de HDL tinham menos chances de serem classificados como prováveis e possíveis.

A ligação foi mantida mesmo após os pesquisadores levaram em conta fatores que poderiam ter influenciado os resultados, tais como idade, sexo, predisposição genética para a doença e ingestão de remédios para abaixar o colesterol.

Embora os pesquisadores não saibam exatamente como os níveis elevados de HDL podem impedir o mal de Alzheimer, há explicações possíveis. Eles observaram que os níveis elevados de HDL também estão associados com um risco diminuído de sofrer um derrame, conhecidos por aumentar o risco de Alzheimer. Também é possível que o HDL ajude a impedir que a proteína da doença se forme no cérebro.

Porém, os pesquisadores alertam que, como o estudo incluiu somente participantes de uma única área urbana (residentes no norte de Manhattan, Nova York, EUA), mais pesquisas são necessárias para ver se os resultados se aplicam à população em geral.

Pesquisadores encontram evidências de outros universos‏



Atualmente, pesquisas revolucionárias no campo da astronomia e da cosmologia estão sendo feitas. Exoplanetas, por exemplo. Outra idéia é a do universo cíclico, apresentada nesse post, que sugere que nosso universo é apenas um dos muitos que vieram antes dele. Agora uma nova descoberta, de que nosso universo coexiste com outros, pode estar em progresso.

Pesquisadores da Universidade de Londres basearam-se no modelo da “inflação eterna”, que prega que o nosso universo é parte de um multiverso maior e que se expande infinitamente. Nosso universo seria contido em uma espécie de bolha cósmica, e existiria ao lado de outros universos, contidos em suas próprias bolhas.

Se essa teoria estiver correta, pode ser que nosso universo tenha colidido com outros no passado, e essas colisões teriam deixado traços nas microondas cósmicas deixadas pelo Big Bang.

Os pesquisadores buscaram essas evidências e dizem tê-las encontrado em dados da sonda Wilkinson Microwave Anisotropy. Mas nada ainda foi comprovado – mais dados, principalmente da missão Planck, serão analisados

Idade de uma pessoa pode ser revelada pelo DNA




Cientistas holandeses desenvolveram uma nova técnica que estima a idade de um suspeito a partir do sangue deixado na cena do crime. A técnica explora uma característica das células do sistema imunológico carregadas pelo sangue, conhecidas como células T.

As células T desempenham um papel fundamental no reconhecimento de “invasores” externos, como bactérias, vírus, parasitas ou células tumorais. Como parte do processo usado pelas células para reconhecer esses invasores, pequenas moléculas circulares de DNA são produzidas. O número dessas moléculas circulares de DNA diminui com a idade, a uma taxa constante.

Os pesquisadores disseram que esse fenômeno biológico pode ser usado para estimar a idade de um indivíduo humano com precisão e confiabilidade. A abordagem permite aos cientistas estimar a idade de uma pessoa com uma margem de erro de nove anos. Isso permitiria que as pessoas fossem colocadas em categorias geracionais que abrangem cerca de 20 anos.

Segundo os especialistas, o método pode ser usado para traçar perfis e fornecer pistas de investigação às autoridades. A técnica pode ser usada imediatamente.

Prever “fenótipos” humanos – traços físicos de uma pessoa, como cor do cabelo ou cor dos olhos – a partir de informações de DNA é um campo emergente nos meios judiciais. Porém, apenas alguns traços fenotípicos atualmente podem ser identificados a partir de informações de DNA com precisão suficiente para ter aplicações práticas. Atualmente, esse último teste desenvolvido é o que tem a maior precisão de qualquer outro projetado para estimar um traço fenotípico humano a partir de informações de DNA.

Segundo os pesquisadores, muitas vezes os laboratórios forenses são confrontados com casos em que o perfil de DNA obtido a partir do material coletado na cena do crime não coincide com a de qualquer suspeito conhecido testado, nem com ninguém do banco de dados de DNA criminal. Nesses casos, espera-se que qualquer informação da aparência do suspeito, estimada a partir de provas materiais, ajudará a encontrar criminosos desconhecidos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Implante de células animais em humanos é aprovado pela primeira vez



Pela primeira vez, um xenotransplante foi aprovado: o implante de células animais para o corpo humano. Autoridades russas consentiram o tratamento no país, realizado em pacientes de diabetes tipo 1.

A diabetes tipo 1 ocorre quando as células produtoras de insulina do pâncreas são destruídas. Sendo assim, as pessoas que sofrem da condição têm que injetar insulina em sua corrente sanguínea para regular seus níveis de glicose. Isso pode causar oscilações de açúcar no sangue, que por sua vez podem levar a outras complicações.

O xenotransplante russo envolve a inserção de células produtoras de insulina de porcos, revestidas com uma capa protetora, no pâncreas humano, a fim de substituir as células nativas esgotadas lá.

O tratamento reduz a necessidade de injeções de insulina. A camada protetora de algas marinhas evita que o sistema imunológico do paciente ataque as células animais “estrangeiras”.

Apesar de ser aprovado na Rússia, o tratamento foi desenvolvido pela Living Cell Technologies, na Nova Zelândia. Nos testes realizados até agora, o tratamento se saiu razoavelmente bem. Seis dos oito pacientes diabéticos apresentaram melhora e foram capazes de reduzir as suas injeções diárias de insulina. Dois deles absolutamente não precisaram mais de injeções.

Cientistas encontram evidências de vulcão de gelo em Titã



Os cientistas especulam há muito tempo que Titã, a maior lua de Saturno, possui vulcões de gelo, mas a sua atmosfera obscura torna qualquer observação muito difícil. Agora, pesquisadores acreditam que encontraram a melhor evidência de um vulcão de gelo no satélite.

Com o radar de uma sonda e instrumentos infravermelhos, os cientistas detectaram uma montanha de 1.500 metros de altura com um poço profundo, que parece ter um fluxo circundante de material na superfície. O novo recurso geográfico foi apelidado de “A Rosa”, e está situado ao sul do equador de Titã, em um mar de dunas denominado Sotra Fácula.

Os pesquisadores estão agora questionando o quão ativa esta montanha pode ser, e que tipo de lava poderia expelir. Segundo eles, muito do material exterior de Titã é água congelada e amônia, certamente um material possível de derreter a baixas temperaturas e fluir na superfície.

Também pode haver uma grande quantidade de matéria orgânica na atmosfera, e depositada da atmosfera e, ainda, vinda do interior, sob a forma desses vulcões.

Já houve alegações anteriores de vulcões de gelo em Titã, mas que nunca foram completamente aceitas. Os cientistas continuam a procurar evidências, no entanto, porque os vulcões são excelentes candidatos dadas as suas condições frias: a temperatura da superfície é de cerca de menos 180 graus Celsius. Os pesquisadores esperam que os novos dados convençam até mesmo os críticos mais severos.

O radar foi capaz de ver através da neblina da lua e estabelecer a topografia local – os cientistas criaram um modelo 3D do terreno. O aparelho de infravermelho da sonda, por outro lado, pode coletar algumas informações sobre a variação na composição dos materiais da superfície. Tomados em conjunto, os dois pontos de vista apresentam argumentos convincentes.

O modelo mostra uma montanha com uma cratera, da qual saem e se espalham fluxos de um material por toda a superfície. Na verdade, quando os cientistas olharam mais detalhadamente em 3D, descobriram que havia mais de um vulcão nesta área, o que é muito comum em áreas vulcânicas da Terra e outros planetas. “A Rosa” é o vulcão mais provável de Titã.

Apesar das evidências, há muitas perguntas não respondidas e possibilidades intrigantes. Os especialistas disseram que, se as lavas forem ricas em hidrocarbonetos, poderiam ter o aspecto de asfalto amolecido, cera de vela ou mesmo de polietileno.

Seria Sotra a fonte de metano para a atmosfera de Titã? O criovulcanismo ainda é ativo em Sotra ou em outro lugar de Titã? Qual é a substância criovulcânica? Os vulcões são explosivos? Sua lava pode ter enterrado indicações de fósseis ou restos químicos de vida? É o que os pesquisadores esperam poder responder um dia.

Twitter Facebook Favorites

 
Copyright 2011 @ Tecnology News. All rights reserved Blogger
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...