Faz parte do dia-a-dia dos linguistas analisar as faces subentendidas, os pontos de vista e as reais intenções por trás dos discursos. Agora, um psicólogo da Universidade do Texas, James Pennebaker, decidiu participar destes estudos e tentar revelar o que se esconde nas declarações de organizações islâmicas como a Al-Qaeda. Seu objetivo é conseguir antecipar, por meio da análise do discurso, planos para um possível ataque terrorista.
Durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), Pennebaker declarou que “não importa em que lado você está, se o seu ‘time’ está indo para a guerra, súbitas mudanças linguísticas vão acontecer”. O cientista está trabalhando com o departamento americano de Segurança Nacional em um projeto chamado por eles de “Estudo Comparativo de Retórica Radical”. A amostra consiste em traduções para o inglês de declarações feitas pela Al-Qaeda nos EUA e na península Arábica e de outros dois grupos com “filosofias islâmicas radicais similares”, mas que nunca realizaram ataques violentos.
As revelações não vieram das palavras principais dos documentos, como substantivos e verbos, mas das palavras de apoio. A lista inclui pronomes, artigos e outras palavras comuns como: “este”, “em” e “por”. Segundo ele, havia diferenças claras no uso destas palavras nos discursos da Al-Qaeda e dos grupos Hizb ut-Tahrir e Movimento pela reforma Islâmica na Arábia. O primeiro grupo usou mais pronomes pessoais e palavras com significados sociais carregadas de sentimentos positivos ou negativos. Os outros dois grupos tinham um estilo mais passivo e formal.
Contudo, o cientista não se limitou à análise das declarações dos grupos islâmicos. Ele fez estudos similares com os discursos de outros líderes políticos como Adolf Hitler, Franklin D. Roosevelt e George W. Bush. Ele percebeu que, durante os dois mandatos de Bush, ouve mudanças na escolha de palavras em dois momentos pontuais. O presidente costumava usar “eu” repetidamente em seus discursos, mas, logo em seguida aos ataques de nove de setembro de 2001, o pronome foi substituído por “nós”. Pennebaker acredita que ele queria refletir uma sensação de união nacional. Em seguida, em 2002, quando decidiu atacar o Iraque, em uma decisão unilateral, não houve uma escalada da palavra “nós”.
Pennebaker espera que seus estudos ajudem a prever quando um grupo terrorista pode atacar. Ele percebeu que em um período de dois a seis meses antes de um grande atentado, houve um aumento no uso de palavras associadas à “honestidade” nos discursos dos grupos terroristas Islâmicos.
O pesquisador acredita que não há muitas certezas em seus estudos, parte da platéia também ficou em dúvida, mas ele admite que seus métodos podem providenciar previsões modestas. “É uma pesquisa um pouco bruta, mas este é um negócio bem bruto”.
Durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), Pennebaker declarou que “não importa em que lado você está, se o seu ‘time’ está indo para a guerra, súbitas mudanças linguísticas vão acontecer”. O cientista está trabalhando com o departamento americano de Segurança Nacional em um projeto chamado por eles de “Estudo Comparativo de Retórica Radical”. A amostra consiste em traduções para o inglês de declarações feitas pela Al-Qaeda nos EUA e na península Arábica e de outros dois grupos com “filosofias islâmicas radicais similares”, mas que nunca realizaram ataques violentos.
As revelações não vieram das palavras principais dos documentos, como substantivos e verbos, mas das palavras de apoio. A lista inclui pronomes, artigos e outras palavras comuns como: “este”, “em” e “por”. Segundo ele, havia diferenças claras no uso destas palavras nos discursos da Al-Qaeda e dos grupos Hizb ut-Tahrir e Movimento pela reforma Islâmica na Arábia. O primeiro grupo usou mais pronomes pessoais e palavras com significados sociais carregadas de sentimentos positivos ou negativos. Os outros dois grupos tinham um estilo mais passivo e formal.
Contudo, o cientista não se limitou à análise das declarações dos grupos islâmicos. Ele fez estudos similares com os discursos de outros líderes políticos como Adolf Hitler, Franklin D. Roosevelt e George W. Bush. Ele percebeu que, durante os dois mandatos de Bush, ouve mudanças na escolha de palavras em dois momentos pontuais. O presidente costumava usar “eu” repetidamente em seus discursos, mas, logo em seguida aos ataques de nove de setembro de 2001, o pronome foi substituído por “nós”. Pennebaker acredita que ele queria refletir uma sensação de união nacional. Em seguida, em 2002, quando decidiu atacar o Iraque, em uma decisão unilateral, não houve uma escalada da palavra “nós”.
Pennebaker espera que seus estudos ajudem a prever quando um grupo terrorista pode atacar. Ele percebeu que em um período de dois a seis meses antes de um grande atentado, houve um aumento no uso de palavras associadas à “honestidade” nos discursos dos grupos terroristas Islâmicos.
O pesquisador acredita que não há muitas certezas em seus estudos, parte da platéia também ficou em dúvida, mas ele admite que seus métodos podem providenciar previsões modestas. “É uma pesquisa um pouco bruta, mas este é um negócio bem bruto”.
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