Uma pesquisa mostrou que ditadores sádicos famosos, como Saddam Hussein e Joseph Stalin, tinham um perfil de personalidade marcado pelo narcisismo e paranóia. Mas o que os ditadores autoritários têm em comum? E esse perfil poderia ser um indicador de um novo déspota? Poderia qualquer pessoa se tornar um?
Não do dia para a noite, mas pesquisas psicológicas já provaram que o poder de fato tem um efeito sobre a psique. O exemplo mais famoso é do Experimento da Prisão de Stanford em 1971.
Nele, alunos foram divididos aleatoriamente para serem “presos” ou “guardas”, em uma prisão improvisada. Os guardas se tornaram tão abusivos e os prisioneiros tão passivos que o experimento foi encerrado menos de uma semana depois.
Tipos mais mundanos de poder também podem influenciar comportamentos. Um estudo de 2010 descobriu que as pessoas condicionadas a pensarem em si como bem sucedidas são piores em ler as emoções de outras pessoas do que as condicionadas a pensar em si como pobres.
Segundo os cientistas, a razão para isso pode ser que as pessoas sem muito poder têm mais necessidade de construir alianças com outros para sobreviver. Os mais bem sucedidos, por outro lado, podem fazer o que bem entenderem.
O poder pode cegar as pessoas do ambiente social. Elas passam a não ter uma compreensão clara da importância de condições sociais como a pobreza. O poder também torna as pessoas mais impulsivas e egoístas, e seu comportamento mais inadequado.
Além disso, pesquisas mostram que o poder pode isolar as pessoas. Um estudo de 2006 pediu aos participantes que desenhassem a letra “E” em sua testa. Primeiro, porém, os voluntários foram condicionados a pensar em si como mais ou menos poderosos. O grupo mais poderoso tinha três vezes mais chances de desenhar o “E” em sua testa de forma que seria lido ao contrário pelos outros. A implicação, segundo os pesquisadores, é que as pessoas poderosas se tornam mais auto-orientadas e se importam menos com as perspectivas dos outros.
Outra pesquisa de 2009 descobriu que as pessoas treinadas para pensar em si como poderosas eram mais propensas a acreditar que tinham controle sobre uma situação, mesmo que isso fosse uma atividade aleatória, como jogar dados.
Junte tudo e você tem a receita perfeita para a tirania: o gosto do poder, parar de observar ou ouvir os outros e, finalmente, começar a acreditar que você está no comando de eventos aleatórios.
Ainda assim, os estudiosos dizem que o poder não é de todo ruim – e nem de todo bom. A pesquisa sugere que o poder dá às pessoas a confiança nas crenças que elas já possuem, por exemplo.
Em 2007, um estudo pediu aos participantes para escreverem pensamentos positivos ou negativos e depois os levou a se sentirem mais poderosos. Aqueles que escreveram pensamentos positivos tornaram-se mais positivos, e os que tinham pensamentos obscuros tornaram-se mais negativos. A conclusão é que o poder amplia o que está na cabeça das pessoas; por isso, pessoas poderosas podem fazer mais bem ou fazer mais mal. E isso já é imprevisível.
Não do dia para a noite, mas pesquisas psicológicas já provaram que o poder de fato tem um efeito sobre a psique. O exemplo mais famoso é do Experimento da Prisão de Stanford em 1971.
Nele, alunos foram divididos aleatoriamente para serem “presos” ou “guardas”, em uma prisão improvisada. Os guardas se tornaram tão abusivos e os prisioneiros tão passivos que o experimento foi encerrado menos de uma semana depois.
Tipos mais mundanos de poder também podem influenciar comportamentos. Um estudo de 2010 descobriu que as pessoas condicionadas a pensarem em si como bem sucedidas são piores em ler as emoções de outras pessoas do que as condicionadas a pensar em si como pobres.
Segundo os cientistas, a razão para isso pode ser que as pessoas sem muito poder têm mais necessidade de construir alianças com outros para sobreviver. Os mais bem sucedidos, por outro lado, podem fazer o que bem entenderem.
O poder pode cegar as pessoas do ambiente social. Elas passam a não ter uma compreensão clara da importância de condições sociais como a pobreza. O poder também torna as pessoas mais impulsivas e egoístas, e seu comportamento mais inadequado.
Além disso, pesquisas mostram que o poder pode isolar as pessoas. Um estudo de 2006 pediu aos participantes que desenhassem a letra “E” em sua testa. Primeiro, porém, os voluntários foram condicionados a pensar em si como mais ou menos poderosos. O grupo mais poderoso tinha três vezes mais chances de desenhar o “E” em sua testa de forma que seria lido ao contrário pelos outros. A implicação, segundo os pesquisadores, é que as pessoas poderosas se tornam mais auto-orientadas e se importam menos com as perspectivas dos outros.
Outra pesquisa de 2009 descobriu que as pessoas treinadas para pensar em si como poderosas eram mais propensas a acreditar que tinham controle sobre uma situação, mesmo que isso fosse uma atividade aleatória, como jogar dados.
Junte tudo e você tem a receita perfeita para a tirania: o gosto do poder, parar de observar ou ouvir os outros e, finalmente, começar a acreditar que você está no comando de eventos aleatórios.
Ainda assim, os estudiosos dizem que o poder não é de todo ruim – e nem de todo bom. A pesquisa sugere que o poder dá às pessoas a confiança nas crenças que elas já possuem, por exemplo.
Em 2007, um estudo pediu aos participantes para escreverem pensamentos positivos ou negativos e depois os levou a se sentirem mais poderosos. Aqueles que escreveram pensamentos positivos tornaram-se mais positivos, e os que tinham pensamentos obscuros tornaram-se mais negativos. A conclusão é que o poder amplia o que está na cabeça das pessoas; por isso, pessoas poderosas podem fazer mais bem ou fazer mais mal. E isso já é imprevisível.
0 comentários:
Postar um comentário