sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Jatos de plasma frio podem substituir antibióticos




Pesquisadores podem ter encontrado uma alternativa eficaz e segura aos antibióticos. Eles descobriram que plasma em baixas temperaturas é capaz de matar bactérias em infecções de feridas crônicas e passar pelos biofilmes de proteção dessas bactérias.

Segundo os pesquisadores, os jatos de plasma frio têm a capacidade de lutar diversas espécies de bactérias, como Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Os antibióticos usados hoje têm dificuldade em combater estas espécies porque as bactérias podem formar biofilmes, que são camadas de proteção feitas pelas bactérias crescendo juntas, o que as torna resistentes aos antibióticos.

O plasma a baixa temperatura de 35 a 40 graus Celsius pode ser um combatente de infecções de feridas crônicas. Plasmas são criados quando processos de alta energia “tiram” os átomos de seus elétrons para fazer fluxos de gás ionizado a temperaturas aumentadas. Plasmas quentes já são usados para fins médicos e técnicos, como a desinfecção de utensílios cirúrgicos.

Os pesquisadores testaram a capacidade do plasma frio de combater espécies bacterianas resistentes a medicamentos em ratos. Eles descobriram que um tratamento de 10 minutos foi eficaz não só em matar as bactérias, mas também fez com o que o ferimento cicatrizasse mais rápido.

O plasma de baixa temperatura matou até 99% das bactérias em biofilmes de proteção, cultivadas em laboratório, após um período de cinco minutos. O mesmo plasma matou 90% das bactérias que contaminavam feridas cutâneas em ratos após um período de tempo de 10 minutos.

Os plasmas frios são capazes de matar bactérias nocivas sem serem prejudiciais para os tecidos humanos. Segundo os cientistas, a principal descoberta é demonstrar que o plasma é capaz de matar bactérias que crescem em biofilmes em feridas, apesar dos biofilmes mais grossos mostrarem alguma resistência ao tratamento.

Outra grande vantagem da terapia de plasma é que ela não é específica, o que significa que é muito mais difícil para as bactérias desenvolverem resistência. É um método sem contato, indolor e não contribui para a contaminação química do meio ambiente.

A equipe pretende continuar sua pesquisa para melhorar a técnica e transformá-la em aplicações médicas de plasma frio.

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