sábado, 26 de fevereiro de 2011

Os “despreocupados” podem ter maior risco de obesidade e depressão



Não seja tão sossegado: segundo uma nova pesquisa, quando o corpo não reage aos estresses da vida, isso pode ser tão ruim para a saúde quando reagir exageradamente ao estresse.

Se responder aos estímulos estressores pode aumentar o risco de hipertensão e aterosclerose, o novo estudo afirma que as pessoas que parecem não se importar com situações estressantes podem ter um risco aumentado de obesidade, depressão, e outros problemas relacionados com o funcionamento do sistema imunológico e à má saúde geral.

Os pesquisadores analisaram dados de saúde coletados de 1.300 pessoas durante um período de 14 anos. Segundo eles, a descoberta não se aplica necessariamente a todas as pessoas com personalidades relaxadas.

Os cientistas dizem que é importante distinguir duas coisas: primeiro, a aparência exterior de ser “sossegado” e o que a sua biologia está realmente fazendo, e em segundo lugar, o estado de repouso biológico e como a biologia reage ao estresse.

Os participantes completaram um teste sobre estresse. Aqueles que não tinham alta frequência cardíaca ou grandes alterações de pressão arterial eram mais propensos à depressão e obesidade ao longo dos próximos cinco anos, em comparação com os que a frequência cardíaca e pressão arterial aumentavam em resposta a estresse.

As pessoas nas quais as taxas do coração não foram afetadas pelo teste de estresse também eram mais propensas a dizer que estavam com a saúde debilitada do que as pessoas cuja frequência cardíaca e pressão arterial aumentaram durante o teste.

Pesquisas anteriores já haviam ligado a pressão arterial baixa com depressão. Um estudo de 2000 com mais de mil pessoas concluiu que a pressão arterial é um fator de risco, e não uma consequência da depressão. Outro estudo de 2006 descobriu que as pessoas com pressão arterial baixa são mais propensas a sofrer de ansiedade e depressão do que pessoas com níveis normais de pressão arterial.

Agora, os pesquisadores querem estudar os efeitos de uma reação incompleta ao estresse. Em seguida, eles esperam observar a relação entre a capacidade cognitiva (raciocínio e velocidade de reação) e as reações ao estresse, porque as pessoas que têm reações elevadas ao estresse podem ter melhores habilidades cognitivas.

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