domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dispositivo de metamaterial pode “disfarçar” objetos



Você talvez se lembre de alguns artigos que contavam a história dos metamateriais: estruturas que estão sendo cada vez mais estudadas, pois orientam a luz ao longo de trajetórias curvas e por isso são usadas para tornar objetos invisíveis, por exemplo.

Pois é, incrível. Agora, mais um uso pode ser acrescentado a esse material: o poder de disfarçar objetos.

Quando você olha, parece uma coisa. Quando você olha de novo, parece outra coisa, totalmente diferente.

Em um teste, o dispositivo mudou a forma como ondas de rádio interagiam com um cilindro de cobre, de modo que a estrutura pareceu ser composta de outro material completamente diferente.

O cobre conduz bem a eletricidade e reflete as ondas de rádio que chegam, o que lhe confere uma assinatura brilhante. Para alterar esse comportamento, a equipe construiu um dispositivo composto por 11 anéis concêntricos de placas de circuitos gravados com pequenos canais revestidos de metal, que impedem que as ondas eletromagnéticas se reflitam. Em vez disso, elas correm em uma direção que faz o objeto escondido parecer ter diferentes propriedades elétricas.

Colocado em torno de um cilindro de cobre, o dispositivo criou a ilusão de que o cilindro era feito de um dielétrico, uma classe de materiais como a porcelana e o vidro, que não conduzem eletricidade e são mais transparentes para as ondas de rádio.

A ilusão só funcionou quando o cilindro era visto de lado. O objeto imaginário gerado era do mesmo tamanho que o original.

No futuro, os pesquisadores pretendem criar dispositivos que disfarcem em três dimensões, e produzem uma ilusão bastante diferente do objeto que disfarçam. Teoricamente, o material pode ser usado para fazer ilusões de forma e tamanho arbitrários.

A tecnologia poderá ser usada para ocultar aviões militares. Por exemplo, dispositivos similares poderiam converter a imagem do radar de uma aeronave em um pássaro voando.

As pesquisas estão só começando, no entanto. Apesar de muito estudo ser necessário antes de algo concreto poder ser usado, a tecnologia da ilusão pode ganhar a corrida contra a tecnologia da invisibilidade para ser colocada em prática. Afinal, é mais fácil falsificar do que esconder.

O próximo passo do estudo é explorar maneiras de projetar dispositivos com formas mais complexas.

Redução de fuligem e ozônio troposférico pode combater as mudanças climáticas a curto prazo



Segundo um novo relatório da ONU, a redução de fuligem atmosférica, e metano e ozônio ao nível do solo é a maneira mais rápida de combater as mudanças climáticas a curto prazo. A redução dessas emissões poderia diminuir o aquecimento em meio grau.

A fuligem provém da combustão incompleta de combustíveis fósseis, principalmente através de motores a diesel e queima de biomassa, inclusive em fogões. Ela aquece a atmosfera diretamente, e também aumenta o aquecimento quando as partículas caem sobre a neve ou gelo e reduzem a sua refletividade.

O ozônio na alta atmosfera nos protege de raios nocivos. Ao nível do solo é um poluente grave formado pela ação da luz solar sobre o metano, monóxido de carbono, compostos orgânicos voláteis e óxidos de nitrogênio.

Os autores do relatório insistem que os países devem continuar a se esforçar para reduzir as emissões de CO2, o principal gás implicado nas alterações climáticas a longo prazo,que vai continuar a aquecer a atmosfera por mais de 100 anos a partir do momento em que for produzido.

Porém, a curto prazo, a alternativa mais facilmente aplicável à redução de CO2 seria usar tecnologias existentes para cortar o ozônio e o carbono negro (fuligem), que podem diminuir o aquecimento regional por 30 a 60 anos, e evitar milhões de mortes prematuras e dezenas de bilhões de reais de perdas de safras por ano.

Isso porque a fuligem e o ozônio ao nível do solo prejudicam a saúde humana, e o ozônio danifica culturas.

A recuperação de metano a partir de carvão, petróleo e extração de gás e transporte, a captura de metano na gestão de resíduos, o uso de fogões de queima limpa para cozinhar, filtros de partículas diesel para veículos e a proibição da queima de resíduos agrícolas também ajudariam o clima, a saúde humana, e os ecossistemas.

Para isso tudo ser possível, são necessários investimentos estratégicos e planos institucionais.

As principais estratégias de redução de CO2 visam principalmente a energia e os grandes setores industriais e, portanto, não resultariam necessariamente em reduções significativas nas emissões de carbono preto ou dos precursores de ozônio metano e monóxido de carbono.

A redução significativa desses gases de curta duração requer uma estratégia específica, já que muitos são emitidos a partir de um grande número de pequenas fontes.

Talvez esse tipo de redução possa ser eventualmente tratada no âmbito dos acordos de poluição regional, sem a necessidade de um acordo global. Mas alguns especialistas ainda argumentam que a inclusão desses poluentes nas negociações da ONU seria uma vantagem, assim os países em desenvolvimento se estimulariam com a possibilidade de obter créditos com estratégias para cortar esses agentes.

Cientistas afirmam que o sol “rouba” os cometas de outras estrelas



Segundo uma nova pesquisa, o sol pode ser um ladrão cósmico que rouba a maioria de seus cometas de outras estrelas.

As novas simulações de computador sugerem que bilhões de cometas que cruzam o sistema solar (a maioria deles) se originaram longe da nossa “vizinhança”, mas acabaram agarrados e atraídos pela gravidade do nosso sol mais tarde.

Esse cenário vai contra o modelo de longa data da evolução dos cometas, que afirma que a maioria dos cometas locais vem de uma mesma região, onde o sol e os planetas se formaram. Essa região, conhecida como a Nuvem de Oort, circunda o sistema solar e se estende muito além de Plutão.

Segundo os pesquisadores, no entanto, o modelo padrão não consegue explicar ou chegar ao número de cometas que realmente existem. Cometas são pequenos corpos gelados que se inflamam conforme se aproximam do sol, e a radiação solar vaporiza seu gelo para criar uma cauda brilhante.

A distância da Nuvem de Oort da Terra faz com que seja difícil de observar, muito menos fixar, o número exato de cometas que contém. A quantidade de cometas que existem lá é inferida a partir da observação dos cometas que se acendem ao passar perto do sol.

Mas, com base nesses dados, parece haver em torno de 400.000 milhões de cometas pairando além de Plutão. Em comparação, o modelo convencional prevê apenas 6.000 milhões. Isso é uma enorme discrepância, demasiado grande para ser explicada por erros nas estimativas. Segundo os pesquisadores, só pode haver algo de errado com o modelo em si.

O novo modelo diz que os cometas são resíduos da formação planetária do nosso próprio sistema solar e que nossos planetas, gravitacionalmente, os “chutaram” a enormes distâncias, povoando a Nuvem. Esse processo provavelmente ocorreu também em torno de outras estrelas, e cada uma deu origem à sua própria nuvem de detritos de cometa.

Mas as estrelas podem não ter “segurado” suas nuvens de cometas iniciais. Como muitas outras estrelas, o sol nasceu de um agrupamento de estrelas que se desintegrou ao longo do tempo. Esses aglomerados, normalmente contendo entre dez e mil estrelas atoladas em um espaço minúsculo, têm um raio médio não muito diferente da atual Nuvem de Oort. A proximidade das estrelas dentro desses grupos poderia ter permitido que elas “roubassem” os cometas incipientes das outras.

Segundo os cientistas, uma estrela não precisa ser a maior para ser a ladra mais bem-sucedida. Se um cometa passou longe o suficiente da sua estrela-mãe e perto o suficiente do sol, por exemplo, a gravidade do sol poderia prendê-lo mesmo que a estrela fosse significativamente mais maciça.

Os pesquisadores lembram que as órbitas dos cometas de longo período parecem apoiar a conclusão do novo modelo. Suas órbitas altamente oblongas os levam para longe nas profundezas do espaço. Então, eles não poderiam ter nascido em órbita ao redor do sol, eles tiveram que se formar perto de outras estrelas e, em seguida, serem “sequestrados” por aqui.

Os cometas são geralmente considerados excelentes fotos dos primórdios do sistema solar, porque passam grande parte de suas vidas envoltos em gelo. Mas, se alguns desses cometas vêm de fora do nosso sistema solar, então eles podem falar algo sobre suas estrelas-mãe também.

Os pesquisadores querem estudar as órbitas dos cometas e colocar a sua química no contexto de onde e em torno de quais estrelas eles se formaram.

Cientistas encontram nuvens parecidas com a da Terra em uma das luas de Saturno



Cientistas tiveram uma surpresa recentemente: no nevoeiro denso da maior lua de Saturno, Titã, nuvens branco-pérola muito semelhantes às encontradas na Terra foram vistas.

As nuvens de metano e etano foram observadas por telescópios terrestres e por uma sonda da NASA atualmente em órbita ao redor de Saturno.

A lua não tem nada a ver com a Terra. A neblina asfixiante em Titã, uma vez descrita como petróleo bruto, sem enxofre, esconde cada pedaço da superfície da lua, fazendo-a parecer uma grande bola suja e laranja.

Desde 1980, missões detectaram indícios de que nuvens tênues de gelo poderiam se esconder na estratosfera de Titã, a segunda camada mais baixa da atmosfera da lua. Agora, através de um espectrômetro infravermelho, os cientistas confirmaram a existência de finas nuvens feitas de gelos exóticos em Titã, semelhantes às nuvens cirros da Terra.

A atmosfera de Titã por muito tem intrigado os cientistas, especialmente porque alguns dos produtos químicos orgânicos encontrados dentro dela podem estar relacionados com os acontecimentos que levaram à vida na Terra. As novas descobertas lançam uma luz sobre o ciclo de vida misterioso destes compostos.

As temperaturas extremamente baixas necessárias para criar os gelos nestas nuvens ocorrem em profundezas da estratosfera da lua. As nuvens foram localizadas no norte, o que os cientistas suspeitam que seja pela necessidade de um hemisfério frio.

Após verificarem também o hemisfério sul e ambos os lados do equador, os pesquisadores detectaram que essas nuvens são encontradas em todas as três localidades da lua também, embora as nuvens no norte sejam três vezes mais abundantes.

Os pesquisadores acreditam que uma mistura de hidrocarbonetos ou de composto de hidrocarboneto-nitrogênio, conhecida como nitrila, sobe na atmosfera e é movida para baixo por um fluxo constante de gás do pólo no hemisfério mais quente para o mais frio. Os vapores orgânicos simplesmente condensam conforme descem.

As nuvens, à primeira análise, pareciam totalmente diferentes das da Terra. Mesmo que se ignore seus componentes exóticos, elas se formam na estratosfera, que é muito mais alta do que a troposfera, onde quase todas as nuvens da Terra são formadas.

Ainda assim, a Terra tem algumas nuvens polares estratosféricas que aparecem sobre a Antártida, e às vezes no Ártico, durante o inverno. Estas nuvens se originam no ar excepcionalmente frio que fica preso no centro do vórtice polar, um vento feroz que chicoteia em torno do pólo na estratosfera, e onde buraco de ozônio da Terra se encontra.

A Titã tem seu próprio vórtice polar e pode até ter um papel no buraco de ozônio da Terra. Ou seja, os cientistas estão começando a descobrir o quão semelhantes são as nuvens de Titã e do nosso planeta.

Um dos próximos passos da pesquisa é descobrir por que a atmosfera de Titã tem metano, sendo que as nuvens caem na superfície, um “beco sem saída.

Uma boa chance de compreensão dessas novas nuvens virá em 2017, quando o verão chega ao norte e o sul da lua mergulha no inverno. Nesse caso, haverá uma inversão completa na circulação de gás, que deve começar a fluir do norte para o sul, e que deve significar que a maioria das nuvens de gelo estará no hemisfério sul.

Cheiro de urina mostra o status social e sexual do macaco-prego



Os macacos são nossos parentes próximos, mas graças a Deus que alguns hábitos são bem diferentes.

Pesquisadores descobriram que os macacos-prego-de-cara-branca costumam urinar em suas mãos, e esfregar sua urina sobre a pele de todo o corpo.

Um número de espécies de macacos do novo mundo, incluindo bugios, macacos-esquilo e algumas espécies de macacos-prego, se “lavam em urina” regularmente, esfregando-a vigorosamente nos pés e traseiros.

Os cientistas testaram várias hipóteses para encontrar a razão pela qual eles fazem isso, inclusive que a urina poderia de alguma forma ajudar a manter a temperatura do corpo ou permitir que outros macacos se identificassem pelo cheiro.

A maioria dos estudos sobre o comportamento foram inconclusivos. Agora, uma nova pesquisa mostra o porquê da atitude: o cérebro das fêmeas tornam-se mais ativos quando elas sentem o cheiro da urina de machos adultos sexualmente maduros. Isso sugere que eles se lavam em urina para mostrar a sua disponibilidade e capacidade de atração.

A pesquisa relatou que, ao ser solicitado por uma fêmea, o macho aumenta sua taxa de lavagem de urina. A conclusão é de que a urina pode fornecer informações químicas para o sexo feminino sobre o status social ou sexual do macho.

A confirmação veio quando os cientistas mapearam os cérebros das fêmeas, enquanto os animais cheiravam a urina de um macho adulto e de um macho jovem. As imagens de ressonância magnética revelaram que o cérebro feminino tornou-se significativamente mais ativo quando farejou o cheiro da urina produzida pelos machos adultos, em comparação com a de jovens.

Como os machos adultos são sexualmente maduros, eles excretam maiores concentrações do hormônio masculino testosterona na urina. A concentração da testosterona também está ligada ao status social; machos com status mais elevado tendem a produzir mais.

Os pesquisadores afirmam que isso é usado como uma forma de comunicação para transmitir status social e/ou sexual, e que tais sinais são surpreendentes entre os macacos-prego, porque a espécie não é conhecida por usar comunicação baseada no cheiro.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Ex-alcoólatras são mais propensos a ficarem obesos



Uma nova pesquisa indica que pessoas com histórico familiar de alcoolismo, especialmente mulheres, têm um elevado risco de se tornarem obesas. Uma possível explicação é que alguns indivíduos podem substituir um vício por outro.

Os pesquisadores analisaram dados de duas grandes pesquisas de 2001 e 2002. Quase 80.000 pessoas participaram dos dois estudos. Nessa época, as mulheres com histórico familiar de alcoolismo tinham 49% mais probabilidade de serem obesas do que as sem histórico familiar de alcoolismo. Uma ligação semelhante foi encontrada entre os homens, mas o efeito não foi tão forte.

Segundo os pesquisadores, uma pessoa que tenta parar de beber pode compensar isso com alimentos de alto teor calórico, que estimulam os centros de recompensa no cérebro, oferecendo efeitos semelhantes ao que elas podiam experimentar a partir do álcool.

Os pesquisadores dizem que, ironicamente, as pessoas alcoólatras não tendem a ser obesas. Elas tendem a ser desnutridas, ou pelo menos subnutridas, porque muitos substituem o consumo de alimentos com álcool.

E essa associação se tornou mais forte com o tempo: para essas pessoas, o risco de se tornar obesa é maior agora do que no passado. O estudo mostrou que homens e mulheres com histórico familiar de alcoolismo eram mais propensos a serem obesos em 2002 do que em 1992.

O aumento deste risco indica alguma mudança no ambiente, ao invés de nos genes das pessoas. As mudanças ambientais podem estar nos alimentos que comemos, e no fato de que mais alimentos disponíveis agora interagem com as mesmas áreas do cérebro que a droga.

Segundo os pesquisadores, muito do que comemos hoje contém mais calorias do que os alimentos que comíamos nos anos 1970 e 1980, e também contém os tipos de calorias – principalmente uma combinação de açúcar, sal e gordura – que apelam para os “centros de recompensa do cérebro”.

Este efeito sobre os centros de recompensa do cérebro pode ser o que a obesidade e os comportamentos viciantes (como o alcoolismo) têm em comum. Como as estruturas cerebrais estimuladas são as mesmas, o consumo excessivo de alimentos pouco saudáveis pode ser maior em pessoas com predisposição ao vício.

Os pesquisadores examinaram outras variáveis como tabagismo, consumo de álcool, idade e níveis de educação, mas nenhuma parecia explicar a associação entre o risco de alcoolismo e a obesidade.

Segundo os cientistas, os resultados sugerem que deveria haver mais discussões entre pesquisadores dos dois assuntos, pois o tratamento de um desses distúrbios pode auxiliar o outro.

Você conhece os “poppers”?



Uma droga “recreativa” conhecida nos EUA como “poppers” pode acabar com a visão de seus usuários. Pesquisadores do Quinze-Vingts Hospital, em Paris, disseram que, mesmo aqueles que usam uma única vez, podem causar estrago em seus olhos. Já o uso seguido pode levar a meses de perda de visão.

Estes “poppers” são vidrinhos contendo nitratos alcalinos (uma mistura de ácido nítrico e metais alcalinos como Sódio ou Potássio). Depois de abertos, os frascos liberam um vapor que contém óxido nítrico. Quando a pessoa respira o gás, curte um barato rápido, como o do famoso lança-perfume.

O estudo envolveu seis homens, HIV positivo, com histórico de uso de outras drogas além de “poppers”. Os sujeitos da pesquisa usavam a droga pelo menos uma vez por semana. Eles já usavam “poppers” há meses ou anos antes de procurar ajuda de um oftalmologista com problemas nos dois olhos. Nos que continuaram se drogando, os distúrbios visuais se mantiveram, disse o co-autor Michel Paques. Já os que abandonaram o uso, tiveram uma melhora na visão depois de meses. Contudo, Paques não tem certeza se todos os casos terão a mesma sorte.

Todos os homens da pesquisa tinham danos na retina. O nível do estrago não estava ligado ao tempo de uso de cada um. “Mesmo que os componentes que ‘dão barato’ não fiquem no corpo por muito tempo, os efeitos podem durar meses”, disse Paques. Quando procuraram um médico, alguns dos homens no estudo suspeitavam que a droga era a culpada pelos problemas de visão. Em todos os casos, os oftalmologistas aconselharam que eles suspendessem imediatamente o uso de “poppers”. Aqueles que o fizeram, perceberam melhoras depois de alguns meses. Como outros não pararam, os pesquisadores não sabem se a visão deles irá voltar.

Na internet, uma breve busca palavra “poppers” revela sites que “recomendam” o uso da droga durante o sexo. É possível encontrar, inclusive, endereços que vendem a droga como suplemento para a academia, dizendo que não havia riscos. Estudos já associaram a droga ao aumento no risco de contrair HIV. “De uma perspectiva de saúde pública, é indispensável que as pessoas entendam os riscos de usar ‘poppers’. Muita gente pensa que é seguro e nem os consideram como droga”, alerta o diretor de prevenção de HIV do departamento de saúde pública de São Francisco, Grant Colfax. Segundo ele, os adolescentes são os principais usuários.

Os “despreocupados” podem ter maior risco de obesidade e depressão



Não seja tão sossegado: segundo uma nova pesquisa, quando o corpo não reage aos estresses da vida, isso pode ser tão ruim para a saúde quando reagir exageradamente ao estresse.

Se responder aos estímulos estressores pode aumentar o risco de hipertensão e aterosclerose, o novo estudo afirma que as pessoas que parecem não se importar com situações estressantes podem ter um risco aumentado de obesidade, depressão, e outros problemas relacionados com o funcionamento do sistema imunológico e à má saúde geral.

Os pesquisadores analisaram dados de saúde coletados de 1.300 pessoas durante um período de 14 anos. Segundo eles, a descoberta não se aplica necessariamente a todas as pessoas com personalidades relaxadas.

Os cientistas dizem que é importante distinguir duas coisas: primeiro, a aparência exterior de ser “sossegado” e o que a sua biologia está realmente fazendo, e em segundo lugar, o estado de repouso biológico e como a biologia reage ao estresse.

Os participantes completaram um teste sobre estresse. Aqueles que não tinham alta frequência cardíaca ou grandes alterações de pressão arterial eram mais propensos à depressão e obesidade ao longo dos próximos cinco anos, em comparação com os que a frequência cardíaca e pressão arterial aumentavam em resposta a estresse.

As pessoas nas quais as taxas do coração não foram afetadas pelo teste de estresse também eram mais propensas a dizer que estavam com a saúde debilitada do que as pessoas cuja frequência cardíaca e pressão arterial aumentaram durante o teste.

Pesquisas anteriores já haviam ligado a pressão arterial baixa com depressão. Um estudo de 2000 com mais de mil pessoas concluiu que a pressão arterial é um fator de risco, e não uma consequência da depressão. Outro estudo de 2006 descobriu que as pessoas com pressão arterial baixa são mais propensas a sofrer de ansiedade e depressão do que pessoas com níveis normais de pressão arterial.

Agora, os pesquisadores querem estudar os efeitos de uma reação incompleta ao estresse. Em seguida, eles esperam observar a relação entre a capacidade cognitiva (raciocínio e velocidade de reação) e as reações ao estresse, porque as pessoas que têm reações elevadas ao estresse podem ter melhores habilidades cognitivas.

Gritar durante o sexo é coisa de macaco



Como cantariam os Mamonas Assassinas, “no mundo animal, ‘ixeste’ muita…” promiscuidade. Não é fácil existirem espécies animais (exceto, claro, os humanos) que não fazem sexo apenas para a reprodução, mas entre os nossos parentes próximos, algumas espécies estão com a macaca.

Entre os bonobos, o sexo serve também como uma ferramenta social. Uma nova pesquisa descobriu que seus gritos durante a relação sexual podem servir como símbolos de status e publicidade que mostram quão populares são os seus parceiros.

Esses macacos são irmãos dos chimpanzés comuns, e, como eles, são os parentes vivos mais próximos dos seres humanos. Apesar disso, são uma das espécies menos compreendidas. É por isso que este estudo pode ajudar os humanos a entenderem um dos aspectos de seu comportamento: sua comunicação vocal.

Os primatas, hoje ameaçados, são lendários pela sua fama sexual: frequentemente se envolvem em encontros sexuais com membros de ambos os sexos. Durante o sexo, os bonobos fêmeas gritam muito alto.

Em muitas espécies, as fêmeas possuem chamados de cópula vistos como maneiras de mostrar que elas são “boas de cama”, talvez para atrair mais companheiros e melhorar suas chances de se reproduzir.

No entanto, os bonobos fêmeas dão esses gritos mesmo quando têm relações sexuais com outras fêmeas, com quem elas não podem ter filhos. Safadinhas?

Não. Os cientistas estão descobrindo que, assim como os bonobos se acasalam normalmente, por razões que não têm nada a ver com a reprodução, eles também podem gritar por outras razões mais amplas, como um papel social além da simples reprodução.

Esclarecimentos não são fáceis, entretanto. Relatar e documentar o sexo dos bonobos é tarefa complicada. Com a chuva, eles se escondem. Às vezes, quando comem em grupos grandes, há tanto sexo e tanta coisa acontecendo entre cada combinação de sexo e idade que fica difícil acompanhar quem está fazendo sexo com quem.

Porém, após um ano de estudo, os pesquisadores conseguiram entender um pouco melhor a atitude: durante o acoplamento entre o mesmo sexo, o parceiro de baixo escalão sempre grita. As chances do parceiro menos popular gritar geralmente aumentam com a posição social do parceiro, independentemente do fato de ser macho ou fêmea.

Desta forma, os cientistas concluíram que os gritos dos macacos são a publicidade que informa que eles estão “a fim” do Sr. ou Sra. Popular. As fêmeas alcançam o poder através da formação de coligações com outras fêmeas, assim como os machos, de modo que ter amigos poderosos, e anunciar isso, importa.

Pesquisas futuras vão analisar se esses gritos são realmente significativos para os outros chimpanzés que o ouvem.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sex.com o site mais caro do mundo

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Falta de sono e desidratação podem ser tão prejudiciais quanto ecstasy?



As raves, festas de música eletrônica que pode durar mais de um dia, caíram no gosto dos jovens há uns cinco anos. Antigamente, elas eram exclusivas dos amantes da música eletrônica que não tocava nas baladas comuns, geralmente os DJs eram estrangeiros e traziam as novidades dos clubes underground da Europa. Hoje, estas festas estão mais acessíveis, assim como as drogas que rolam por lá. O Ecstasy é uma delas.

Esta droga tem efeitos colaterais devastadores, mas pesquisadores da escola de medicina de Harvard estão colocando um deles em cheque. Segundo o pesquisador, John Halpern, os estudos que culpam o ecstasy pela perda de memória e depressão falharam em levar em consideração a falta de sono e a hidratação resultante das horas a fio dançando. Ele disse que estas atividades podem causar perda de memória sozinhas, mesmo sem o uso da droga.

O time de cientistas responsáveis pelo estudo comparou usuários e não usuários com um histórico de longas noitadas de festa com exposição mínima ao álcool e outras drogas. Eles relataram que os dois grupos completaram um teste de fluência verbal, memória e depressão de maneira similar.

Para os mais velhos, E, para os mais novos, bala. O Escstasy é uma droga sintética que causa sensação de estímulo mental, empatia com as pessoas, bem-estar físico e emocional, diminuição da ansiedade e aumento da percepção sensorial. Pode parecer bom, mas os efeitos colaterais são muito piores.

Durante o uso, alguns efeitos adversos podem ocorrer como: náusea, sudorese, calafrio, câimbras musculares, ranger de dentes e visão embaçada. Além de sensações desagradáveis como ansiedade e agitação.

A droga pode causar overdose e matar. Alguns dos sintomas que podem evidenciar este quadro são: hipertensão sanguínea, ataques de pânico, fraqueza, convulsões e perda da consciência. O desgaste físico e mental causado pela droga pode levar à hipertermia, aumento temperatura corporal, que pode rapidamente evoluir para degeneração muscular e falha renal. Outros sintomas associados são desidratação, hipertensão e parada cardíaca. Ao contrário do que declararam os médicos de Harvard, a maioria dos médicos concorda que o uso prolongado da droga pode levar a uma redução significativa da capacidade mental.

A Máfia Italiana e o ácido sulfúrico



Não adianta nem tentar. Jogar um cadáver em um tanque de ácido sulfúrico não vai fazê-lo se dissolver em minutos. A pesquisa da Universidade de Palermo foi apresentada no encontro anual da Academia Americana de Ciências Forenses. O estudo foi realizado para tentar desvendar os mistérios da “lupara bianca”, como são chamados os “crimes perfeitos” da máfia italiana, quando um sujeito era assassinado mas seu corpo jamais era encontrado.

Os experimentos foram realizados utilizando carcaças de porcos no lugar de corpos humanos. O resultado? Demorou dias para a “carne” do animal ser dissolvida no ácido sulfúrico. Contudo, eles descobriram que adicionar água ao processo pode acelerar o processo. As cartilagens e os músculos dissolvem e os ossos viram pé em até 12 horas, mas o corpo fica “apenas” irreconhecível. “Mas é impossível destruir completamente o corpo com ácido”, disse o co-autor do trabalho, Massimo Grillo.

De acordo com outro pesquisador participante, Filippo Cascino, a polícia de Palermo encontrou tanques de ácido em esconderijos que ficaram conhecidos como “câmaras da morte”, onde o chefão do crime Filippo Marchese teria dissolvidos algumas vítimas depois de tê-las torturado, nos anos 1980. Informantes chegaram a descrever o processo: “nós colocávamos a pessoa no ácido. Em 15 ou 20 minutos elas nem existiam mais. Elas viravam líquido”. Os pesquisadores discordam, pode ter levado muito mais tempo que isso.

Homem ou macaco? Cientistas questionam fósseis encontrados recentemente



Recentemente, dois paleoantropólogos questionaram a “humanidade” de alguns fósseis de primatas descobertos. Para eles, a interpretação de fragmentos ósseos de 7 milhões de anos é mais complexa do que alguns pensam.

Os fósseis em questão correspondem às espécies Orrorin tugenensis, Sahelanthropus tchadensis e Ardipithecus ramidus, e fizeram fama por preencher lacunas na história da evolução de macacos para seres humanos.

Porém, os paleoantropólogos acreditam que os fósseis não sejam restos de alguns dos nossos antepassados hominídeos, mas sim apenas ossos de macaco.

O problema é que uma série de características que têm sido identificadas como relacionadas aos seres humanos podem ser interpretadas de maneiras diferentes. Por exemplo, o Sahelanthropus, o mais antigo gênero que se acredita ter sido um hominídeo, é um crânio parcial de 7 milhões de anos. Pela sua forma, os cientistas concluíram que o modelo deve ter andado ereto. A posição do seu “forame magno” no local onde o cérebro se conecta a medula espinhal historicamente tem sido associada ao bipedismo. No entanto, a anatomia comparativa prova que isso nem sempre é o caso.

O Orrorin, o segundo mais antigo, também seria bípede. Os paleoantropólogos também acham que ele pode não ter andado na vertical. E o famoso esqueleto parcial de Ardipithecus de 4,4 milhões de anos se parece muito com macacos do mesmo período.

Essas questões propostas pelos cientistas nos fazem pensar: será que tais erros de interpretação são comuns? Será que tudo pode ser diferente do que se ensinam nas escolas?

Em ciência, sempre há diferenças de interpretação e debates. Não é fácil ser conclusivo ou definitivo, ainda mais em ciência histórica que não permite experiências.

As espécies em debate viveram há milhões de anos, em uma pequena região da África em populações pequenas. Hoje, existem apenas exemplos isolados e demora um pouco para que vários cientistas tenham uma chance de estudá-los.

Também existem outros problemas na área, como encontrar a idade correta de fósseis. Apesar de existirem técnicas espetaculares, há limites. A técnica de argônio é realmente precisa, mas exige a presença de rochas vulcânicas que não são encontradas em todos os lugares. Datação por carbono 14 não é confiável em fósseis com mais de 40 mil anos.

Uma dificuldade acrescida é a ocorrência de homoplasia: uma situação em que os traços de duas espécies distantes evoluíram para uma aparência semelhante (ao invés de se parecerem por causa de uma estreita relação genética). Este é um problema real no estudo e registro de fósseis. A semelhança não implica necessariamente a ancestralidade.

Considerando todas essas dificuldades, a compreensão científica atual das origens humanas é surpreendentemente bem desenvolvida. O registro fóssil humano é um dos melhores em biologia. Desde que os humanos modernos evoluíram, há 200.000 anos, a evidência fóssil que deixaram para trás é extensa, e de 50.000 a 60.000 anos atrás os nossos antepassados deixaram fósseis em uma grande região do mundo. O histórico é bastante sólido, mas o registro ancestral humano indiscutível só começa em torno de 4.200 mil anos atrás. Há muitos detalhes a serem ainda trabalhados.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dar um sorriso falso pode acabar com o seu humor



“Sorria, meu bem, sorria!” Mas, sorria de verdade, senão, o sorriso pode trazer tristeza. Pelo menos foi isso que pesquisadores da Universidade do Estado do Michigan constataram. Quando tentamos dar aquele sorriso cortês, em resposta a uma situação social, e não estamos realmente felizes, podemos acabar nos sentindo ainda mais para baixo.

O estudo foi publicado, neste mês, no periódico Academy of Management. Os cientistas participantes da pesquisa acompanharam o dia-a-dia de motoristas de ônibus durante duas semanas. E, como estão acostumados com pessoas simpáticas que os agradecem e desejam “bom dia” quando sobem ou descem do veículo, eles geralmente têm que fingir um sorriso para retribuir a gentileza. Mas, a investigação teve resultados inesperados: o “sorriso amarelo” atrapalha.

Quando o sorriso era forçado ou, segundo os pesquisadores, os motoristas estavam “agindo na superfície”, seu humor piorava e eles tendiam a se distrair no trabalho. Isto acontece porque a pessoa tenta suprimir pensamentos negativos. Contudo, estes pensamentos acabam ficando ainda mais persistentes.

Por outro lado, naqueles dias em que os sujeitos estão felizes ou fazem um esforço maior para realmente “sentir” aquele sorriso, chamado de “agir em profundidade”, seu humor melhora consideravelmente. E tudo porque eles têm pensamentos positivos ou boas lembranças surgem na mente naquele momento. O pensamento positivo, mais uma vez, mostra suas vantagens.

As mulheres são mais sensíveis que os homens a este fenômeno, diz o responsável pela pesquisa, Brent Scott. Ele suspeita que isto seja um reflexo cultural, já que as mulheres se expressam mais emocionalmente, então, para elas, esconder suas emoções pode exigir mais esforço.

Para fechar com outra música: “é melhor ser alegre que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe”. Então, já que é para sorrir, melhor sorrir de verdade.

Lançamentos espaciais por microondas ou lasers



A Agência Aerospacial Norte Americana (NASA) quer cortar os custos de seus lançamentos espaciais tentando criar um novo mecanismo baseado em laser e microondas para impulsionar as aeronaves ao espaço.

O motivo principal é que, segundo os pesquisadores do centro da NASA em Ohio, o processo atual é muito caro e ineficiente. Nos foguetes convencionais, a maioria do espaço é ocupado pelo combustível necessário para o lançamento. Apenas uma porcentagem pequena do veículo é de carga útil.

De acordo com o centro de pesquisas da agência, a mudança pouparia custos e preveniria riscos físicos associados aos lançamentos regulares. Os foguetes tradicionais são, em maior ou menor quantidade, controlados por explosões de hidrocarbonetos, um combustível que, se correr tudo bem, dá a ignição para lançar a nave ao espaço. A nova tecnologia usaria lasers ou microondas para criar e transmitir calor e atraia a energia do combustível.

O transmissor de calor faz a temperatura do combustível disparar, o que faz a propulsão do foguete aumentar dramaticamente. A diferença é que o novo processo não é incendiário, então, ele só emite hidrogênio. Não há riscos de explosão.

Algumas adaptações ainda precisam ser realizadas, pois a nova tecnologia ainda serve apenas para cargas pequenas. Mas, se tudo der certo, diversos lançamentos poderão ser realizados, diariamente, a um custo menor. As naves poderiam levar várias peças de objetos para serem montados depois.

Atletas trapaceiros: cuidado com os banheiros da Vila Olímpica em Londres



A Vila Olímpica de Londres, esboço em 2008, agora chega perto da realidade. No momento em que as cerimônias de abertura se iniciarem, no verão londrino de 2012, as modernas instalações educacionais, clínicas de saúde, creches e academias já estarão espalhadas ao longo de quase 25 hectares de novos parques e pátios abertos.

Esses esforços beneficiarão a cidade por muito tempo após os Jogos Olímpicos. Por exemplo, as residências dos atletas serão convertidas em 2.800 novas casas, sendo que cerca de 50% delas são designadas como habitação a preços acessíveis.

A vila também possui um monumento escultural de arquitetura grandiosa, a Estação Elevatória de Águas Residuais do Parque Olímpico, instalação dourada com tons suaves de roxo que funcionará como um sistema de esgoto ultramoderno inteiramente no subsolo.

E pesquisadores já alertam que a estação pode ter mais de um uso: eles sugerem que o esgoto, em vez de simplesmente transportar resíduos, sirva também como “acusador” de atletas que trapaceiam com substâncias dopantes.

Os atletas vão à procura de elixires para aumentar a performance desportiva há milhares de anos. A única diferença é que, em 200 a.C., em vez de esteróides anabolizantes e hormônios de crescimento humano, os atletas devoravam extrato de cogumelos e plantas na esperança de bater a concorrência.

Uma coisa mudou, entretanto: os esforços e a capacidade de rastrear aqueles que infringem as regras. Os cientistas citam exemplos rigorosos onde pesquisadores monitoram o uso de drogas ilícitas através de análise química de águas residuais de forma precisa e reprodutível. Quando se trata de tempo para testes de drogas antes da competição, os funcionários da Vila estariam melhor servidos pelo acompanhamento passivo do esgoto que flui dos banheiros do parque.

A teoria dos pesquisadores é reforçada por dados publicados há três anos por outros cientistas, que estavam incomodados com as estatísticas dos relatórios de crime, prontuários e inquéritos de auto-relato, e queriam encontrar uma medida reprodutível mais precisa para obter dados sobre drogas.

Sabendo que certos metabólitos atravessam o sistema digestivo intactos, eles adivinharam que o uso recreativo de drogas como maconha, cocaína e MDMA (ecstasy) poderia ser calculado por meio de testes nas águas residuais. Assim, a equipe provou sua tese em sistemas de esgotos em Milão, Londres, e Lugano, na Suíça.

Embora os dados dessa antiga pesquisa só forneçam um panorama da atividade da droga em um determinado ponto no tempo, a técnica em si é bastante fácil de se realizar, e pode ser repetida quantas vezes for necessário – naquele caso, a cada 20 minutos, durante cada período de acompanhamento de uma semana.

Usando espectrometria de massa cromatografia- tandem líquida, ou EM-CT, os pesquisadores podem descobrir quais compostos individuais são misturados em uma complexa amostra líquida.

Com base em quanta água foi canalizada através da estação de tratamento em um determinado dia, e no número de moradores que vivem no setor, a equipe poderia estimar o uso de drogas na zona servida pela rede de esgoto.

A equipe mostrou que as medições são reprodutíveis, porque perfis quase idênticos de consumo de drogas surgiram no momento da amostragem ao longo de três semanas diferentes.

E através da uniformização dos dados para o quanto um usuário consome drogas em uma dose padrão, as medidas combinavam com tendências semelhantes aos dados reunidos a partir de fontes médicas e criminais, bem como dados de auto-relatados.

Enquanto os resultados dessa pesquisa confirmam que o EM-CT pode ser usado para identificar a atividade de drogas recreativas, outro estudo provou que as drogas que melhoram o desempenho de atletas também podem ser detectadas a partir do banheiro a partir de análises de três academias que tinham uma reputação de clientela que gosta de esteróides e estimulantes.

Ok, esses estudiosos indicam que as técnicas de análise química pode realmente detectar drogas no esgoto, mas mostrar que atletas olímpicos usam drogas com base em vestígios de substâncias ilegais faria diferença? A menos que os pesquisadores possam mostrar quem estava usando, não.

Os pesquisadores do novo estudo pretendem aproveitar técnicas desenvolvidas durante anos de investigação ambiental para isolar a origem de certos poluentes orgânicos que contaminam fontes de água através da coleta de amostras. Ao seguir um rastro químico, os cientistas ambientais e químicos poderiam descobrir qual empresa foi a culpada pelo vazamento de poluentes, por exemplo, e multá-la.

A detecção de substâncias dopantes em uma instalação de tratamento de águas residuais que serve milhões de pessoas seria bastante complicada. Na estação central de processamento, as amostras seriam demasiado diluídas para zero para que o usuário seja localizado. A vantagem que pode resolver esse problema, segundo os pesquisadores, é que as vilas olímpicas servirão apenas dezenas de milhares de pessoas. Consequentemente, as concentrações de drogas nas estações de processamento central ainda seriam altas o suficiente para permitir o retrocesso adequado.

Com as Olimpíadas de Londres batendo na porta, e a maioria da infra-estrutura já existente, os pesquisadores acreditam que não há espaço para tal ideia ser aplicada ainda em 2012. Mesmo que pudessem espremer a tecnologia para esses Jogos, há inúmeros obstáculos regulamentares à frente, como a Agência Mundial Anti-Doping e a privacidade e preocupações legítimas legais que devem ser abordadas. Mas a técnica é certamente uma promessa para futuros eventos.

Quais as chances de um terrorista comprar uma bomba nuclear?



Será que é possível que um grupo terrorista compre uma bomba nuclear e a use, eventualmente? De acordo com a CIA, há três possibilidades alarmantes – que as bombas paquistanesas caiam em mãos erradas, que a Coréia do Norte venda armamento nuclear para terroristas e que a Al-Qaeda faça um ataque nuclear.

O próprio Barak Obama reconhece que é algo possível. Os Estados Unidos não fizeram nenhum movimento para impedir que tecnologia nuclear vá para mãos erradas. Os últimos esforços de guerra foram voltados para um país do Oriente Médio que não apresenta mais ameaça nuclear nenhuma.

Paquistão: segundo Rolf Mowatt, funcionário da CIA, a possibilidade de ataque nuclear vinda do Paquistão é mais forte. A região tem os extremistas mais violentos, é instável e seu arsenal de armas nucleares está crescendo. De acordo com ele, assim que um reator de plutônio planejado no Paquistão sair do papel, ainda mais bombas do material serão produzidas. A possibilidade da tomada de poder pelos Talibans seria ainda pior. Infelizmente, não é apenas o Taliban e a Al-Qaeda que existem no Paquistão. Há também o Laskar-e – Taiba, um exército militante acusado de praticar terrorismo contra os indianos. Correspondentes da BBC dizem que o exército paquistanês controla todas as fábricas de armamento nuclear, mas vá saber.

Coréia do Norte: a razão da Coréia do Norte aparecer nessa lista é porque há uma misteriosa área em at al-Kibar na Síria que foi destruído por misses israelenses em 2007. A suposição era que a Coréia do Norte estava ajudando a Síria a construir um reator nuclear. O episódio mostrou que é difícil ter controle sobre todas as fábricas de equipamento nuclear e que, com a tecnologia Coreana, seria fácil construir uma fábrica clandestina sem a supervisão de outros países.

Al Qaeda: estão sendo feitos esforços para determinar se a Al-Qaeda realmente possui uma bomba nuclear. Mas sabe-se que o grupo está se esforçando para obter armas não só nucleares como biológicas. De acordo com a CIA é mais fácil que eles construam um reator nuclear “pirata” do que comprem bombas nucleares no mercado negro.

Mundo pode ficar 4 °C mais quente até 2060



Pesquisadores do Reino Unido declararam que o mundo pode ficar até 4 °C mais quente até 2060. Isso devastaria a floresta amazônica e acabaria com os ciclos das monções. Agora a Royal Society publicou um estudo detalhando como o mundo ficaria com esse aumento de temperatura.

As secas, como se pode imaginar, seriam muito mais freqüentes. A questão da água é um grande problema. Como a população irá crescer já teremos disputas sobre as reservas de água naturalmente. Mas se, além disso, a temperatura aumentar, as secas tornarão a situação ainda mais crítica.

A África subsaariana irá ter uma menor produção agrícola. Graças às secas e às mudanças climáticas, a produção de grãos na região irá cair 47% – e levando em conta que os habitantes da região já passam fome com os níveis de produção atual, esse índice é muito alarmante.

O clima diferente, o aumento dos níveis de água do mar e a falta de água potável irão fazer com que muitas pessoas precisem migrar. No entanto, os mais pobres não teriam condições e precisariam se adaptar a condições extremas.

Então devemos nos conscientizar de nossas ações e, principalmente, cobrar ações mais ecológicas de políticos e empresários. Por mais pequena que uma atitude possa parecer agora, tendo em vista esse futuro assustador, ela, com certeza, irá fazer a diferença.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pentágono é acusado de desenvolver vírus para atacar Irã



Pesquisadores descobriram que o stuxnet, um vírus de computador considerado por alguns especialistas como o mais avançado do mundo, parece estar concentrando seus ataques contra instalações nucleares iranianas.

Agora, o Pentágono e a inteligência alemã estão sendo acusados de terem criado esse vírus para derrubar instalações atômicas iranianas.

É sabido que a comunidade internacional considera as ambições atômicas do Irã um risco para a paz mundial. Como o Pentágono é amigável ao serviço secreto alemão, e os alemães poderiam ter fornecido dados sobre os computadores da Siemens usados pelos iranianos, eles também se tornaram suspeitos.

No entanto, o porta-voz do Pentágono disse que o Departamento de Defesa não pode nem confirmar nem negar que lançou esse ataque.

Segundo os pesquisadores, o vírus parece ter sido desenhado com foco em sistemas muito específicos, diferenciando computadores industriais sem assistência humana. Eles disseram que o stuxnet é a chave para um bloqueio bem específico. O ataque desse vírus não está centrado em roubar dados, mas em manipular um processo industrial específico em um momento específico no tempo – trata-se de destruir esse processo.

As agências de notícias iranianas confirmaram que o ataque está acontecendo. Entretanto, disseram que o ataque do vírus está na verdade transferindo dados sobre as linhas de produção de plantas industriais locais para fora do país.

Eles também alegaram que estão tendo sucesso em combater o ciberataque, que poderia enfraquecer a planta nuclear de Bushehr. Esta planta, que é de fabricação russa, mas tem sistemas de computadores da Siemens, é alegadamente usada para enriquecer urânio para o programa iraniano de armas nucleares.

Pensando em matar aula? Cuidado! Você pode estar sendo rastreado!



As coisas acabam de ficar pretas para os estudantes. Se você mora na Califórnia e costuma matar aula, cuidado: uma escola americana agora está usando GPS para monitorar seus alunos com histórico fraco de assiduidade.

O colégio se ofereceu para ser parte de um programa de seis semanas que visa reduzir o número de ausências injustificadas, equipando alunos de sétima e oitava série com alto número de faltas com dispositivos portáteis de GPS.

O programa funciona através da atribuição de unidades de GPS para os alunos com mais de três faltas não justificadas. Na posse do aparelho, os alunos recebem um telefonema automático todo dia para lembrá-los de se levantar e ir à escola.

Em seguida, eles devem digitar um código cinco vezes por dia, a fim de ativar o dispositivo e rastrear sua localização. Eles devem digitar o código no caminho para a escola, quando chegam à instituição, durante o almoço, a caminho de casa e às 8 da noite.

Além disso, um treinador é atribuído a cada aluno, a fim de se certificar de que eles estão onde deveriam estar, fazendo aquilo que deveriam fazer.

O diretor da escola acredita que essa é uma última chance de intervenção, e qualquer coisa que possa ajudar as crianças a ir para a aula é uma coisa boa. Não duvidando das boas intenções da escola, mas reduzir o número de faltas também ajuda a instituição a economizar dinheiro. Cada vez que um aluno falta à aula, a escola perde cerca de 58 reais.

As unidades de GPS custaram cerca 500 a 666 reais cada, e os pais devem substituí-los caso os alunos os percam ou danifiquem. O custo total do programa é de cerca de 30 mil reais, financiados por uma concessão do Estado.

O colégio tem 75 alunos que participam do programa. Quando o projeto acabar, os oficiais do distrito escolar vão tomar a decisão de expandir o programa para outras escolas de ensino médio e fundamental, ou de rejeitá-lo.

Alguns pais estão com dificuldade de aceitar as regras do programa. Eles acreditam que o projeto parece exagerado. É um pouco cruel fazer com que as crianças transportem para cima e para baixo algo que lhes rastreie. Aposto como tem milhares de estudantes rezando sem parar para essa moda não pegar.

Cada vez mais jovens sentem dores e lesões causadas pela tecnologia



Não é novidade que os jovens usam cada vez mais tecnologias. Também não é novidade que todo esse tempo gasto em frente às telas pode trazer malefícios. Mas o que é surpreendente são os números descobertos em uma nova pesquisa: mais de 50% dos estudantes universitários disseram que já sentem dores atribuídas ao computador.

Em 2009, relatórios indicavam que lesões músculo-esqueléticas eram as responsáveis por 29% de todas as lesões e doenças que exigiram licença do trabalho em 2008. Com o uso cada vez mais irrestrito da tecnologia, o risco à saúde das pessoas também começa cada vez mais cedo.

Crianças, adolescentes e jovens adultos já estão reclamando de desconforto músculo-esquelético, incluindo dores nas costas, pescoço e ombro. Durante um estudo com estudantes universitários, um em cada sete disse que tem dor após trabalhar em um computador por apenas uma hora.

Os pesquisadores acreditam que uma das muitas razões pelas quais as pessoas sentem desconforto em várias partes do corpo durante o uso da tecnologia é porque os computadores não estão configurados corretamente.

Por exemplo, os laptops têm mouse embutido (touchpad), mas os cientistas recomendam o uso de mouses externos. Quando uma pessoa usa o mouse do notebook, se coloca em uma posição desconfortável, com o braço cruzando o corpo, ao invés de relaxado ao seu lado.

Também, dependendo de como uma pessoa posiciona a mão (com 1 a 3 dedos) no teclado, os tendões de um dedo podem ser constantemente alargados, o que pode colocar uma pressão sobre os músculos e articulações. Então, durante um período prolongado de tempo, desconforto nos ombros, braços, pulsos e dedos podem se desenvolver.

Além disso, a maioria das pessoas descansa o pulso na borda do notebook para usar o mouse touchpad. Isso é chamado de estresse de contato e pode colocar pressão sobre os músculos, nervos e vasos sanguíneos do pulso.

Segundo os pesquisadores, o acréscimo de acessórios como mouse, teclado e objetos que levantem o laptop ajuda na postura.
Porém, o mouse do computador é muitas vezes culpado pelo risco aumentado de desordens músculo-esqueléticas, como a síndrome do túnel do carpo, caracterizada pela pressão do nervo, e que causa dormência, formigamento, fraqueza e lesão muscular na mão e nos dedos.

A síndrome do túnel do carpo é resultado da extensão do punho e da força excessiva aplicada na ponta dos dedos para pressionar o botão do mouse. Um monte de estresse também é colocado no antebraço, principalmente quando o mouse externo é usado incorretamente. Porém, é melhor usar o externo. Além disso, o mouse deve ficar na altura do cotovelo e posicionado ao lado do teclado, não muito longe.

Se um monitor de computador não está posicionado corretamente, também pode levar a vários tipos de lesão crônica para os usuários. Os monitores de computador frequentemente são posicionados baixo demais, o que pode deixar o pescoço do usuário em um ângulo ruim, e com a parte superior das costas inclinadas. Nessa posição, o estresse sobre a coluna vertebral aumenta significativamente, o que também causa fadiga muito mais cedo em um dia de trabalho.

Também há quem costuma avançar sobre o computador para ver melhor a tela. Os monitores devem ser posicionados em frente a um braço de distância e perpendicular a uma janela para evitar reflexos na tela.

Enquanto isso, os monitores de grande porte que têm maiores ícones e símbolos mantêm os olhos no ângulo certo e dão uma postura mais ereta ao corpo.

Muitas pesquisas mostram que há maneiras de evitar certos desconfortos. Por exemplo, crianças e adultos que são mais ativos são menos propensos a sofrer de dores devido ao uso de tecnologia.

Da mesma forma, os pesquisadores acreditam que os usuários devem pensar em si mesmos como atletas cada vez que usarem um computador ou dispositivo de tecnologia. É como um jogador de futebol que tem que aquecer antes do jogo.

Levantar-se de um computador e andar a cada duas ou três horas é um bom começo. Alongamentos diários para prevenir complicações físicas são o ideal.

Para alongar os punhos e prevenir doenças como a do túnel do carpo e a tendinite, os especialistas aconselham juntar as palmas das mãos (dedos apontados para o teto) e empurrar os calcanhares das mãos em direção ao chão, segurando por 15 segundos. Depois, coloque as palmas das mãos juntas com os dedos apontados para o chão e empurre os calcanhares das mãos em direção ao teto.

Para esticar o pescoço, você pode inclinar a cabeça para a esquerda e segurá-la por 15 segundos, e depois à direita pela mesma quantidade de tempo.

O mistério das árvores da Lua



Eis o fato bizarro: centenas de árvores cultivadas a partir de sementes que viajaram pelo espaço estão desaparecidas. As “árvores da Lua”, cujas sementes circundaram a Lua 34 vezes no bolso do astronauta Stuart Roosa da nave Apollo 14, foram recebidas de volta à Terra em 1971.

Uma delas foi plantada em Washington Square, Filadélfia, EUA, como parte das comemorações do bicentenário de 1975. Outra foi parar na Casa Branca. Várias outras foram plantadas em capitais estaduais e locais relacionados ao espaço, como estações espaciais, por todo o país.

O então presidente Gerald Ford chamou as árvores de “símbolos vivos de nossas espetaculares realizações humanas e científicas”. Mesmo assim, ninguém parece se lembrar delas. Mais do que isso: elas sumiram misteriosamente.

O astrônomo David Williams, da NASA, cujo trabalho inclui o arquivamento de dados das missões Apollo, não tinha sequer ouvido falar das árvores da lua até que um professor de terceira série mandou-lhe um e-mail em 1996 para perguntar sobre uma árvore de um acampamento em Cannelton, Indiana.

Ninguém na NASA parecia ter ouvido falar dessas árvores. O astrônomo afirma que registros cuidadosos não foram feitos, ou se foram feitos, não foram mantidos.

David tornou sua a missão de encontrá-las. Durante os últimos 15 anos, ele manteve um registro na internet sobre a localização de cada árvore conhecida. Quando começou, em 1996, ele só sabia onde 22 árvores estavam. Agora, esse número subiu para 80.

Mas a subida é lenta. A principal forma de descoberta de novas árvores é quando alguém as encontra e manda um e-mail para ele sobre isso. Os e-mails são cada vez menos frequentes.

David diz que vai continuar a procurar, mas não há nenhuma maneira de saber quando encontrou todas. Pelo menos, afirma o astrônomo, as árvores não serão esquecidas novamente. Agora, há um lar permanente para elas, com todas as informações existentes, e as que virão.

Embora a maioria das árvores seja de espécies de vida longa, que deveriam durar séculos, algumas já começaram a morrer.

De acordo com a contagem mais recente de David, 21 das 80 árvores mais conhecidas estão mortas, incluindo o pinheiro da Casa Branca, cinco plátanos e dois pinheiros de estações espaciais em Huntsville, Alabama, e um pinheiro de Nova Orleans que foi danificado no furacão Katrina.

O astrônomo afirma que a saúde das árvores não tem nada a ver com sua viagem ao espaço. Ninguém sabia ao certo se a exposição à microgravidade e à radiação poderia fazer alguma coisa com as sementes. Sendo assim, os cientistas cresceram árvores de controle ao lado das árvores da lua para ver se elas cresciam de forma diferente, mas nada foi encontrado.

As árvores saudáveis têm dado origem a uma cultura de “árvores meia-Lua”, árvores cultivadas a partir de sementes de uma árvore da Lua. Essas árvores da lua de segunda geração já fogem ao controle da David. As pessoas até podem comprar sementes de árvores meia-lua para plantá-las onde quiser. O próprio David tem uma em seu quintal. Se elas têm algo de especial, ninguém sabe.

Bioimpressão: vai aí uma orelha nova saída da impressora?



Impressão tridimensional é uma técnica para fazer objetos sólidos com dispositivos não muito diferentes de uma impressora de computador, criando-os linha por linha, e depois verticalmente camada por camada.

Agora, o próximo passo na revolução da impressão em 3D pode ser imprimir partes do corpo como cartilagem, ossos e até mesmo a pele.

Embora a abordagem da impressão 3D trabalhe com polímeros e plásticos, recentemente as matérias-primas foram se ramificando significativamente. As impressoras foram cooptadas até para fazer comida, experiências biológicas apelidadas de “biotecnologia de garagem”.

Porém, a verdadeira novidade é que a técnica pode ser usada para criar artisticamente novas partes do corpo – a bioimpressão. O objetivo dos pesquisadores é imprimir “pele” diretamente sobre vítimas de queimaduras.

O grupo de cientistas está desenvolvendo um sistema portátil que pode ser levado diretamente até as vítimas. O original do dispositivo é que ele tem um sistema de scanner que identifica a extensão e profundidade da ferida, porque cada ferida é diferente. Essa varredura é convertida em 3D por imagens digitais, que determinam quantas camadas de células então devem ser depositadas para restaurar a configuração normal do tecido lesado.

Segundo os pesquisadores, a motivação do programa é o desenrolamento das guerras no Afeganistão e no Iraque. Até 30% de todas as lesões e mortes que ocorrem a partir da guerra envolvem a pele, e a bioimpressão pode vencer alguns dos desafios que a medicina enfrenta no cuidado de queimaduras.

Durante uma conferência há pouco tempo atrás, o grupo exibiu uma impressora 3D para demonstrar como o projeto é bem estabelecido através da criação de uma orelha.

A exibição começou com um arquivo de computador com as coordenadas 3D de uma imagem escaneada de uma orelha real. Para a demonstração, as células reais que o grupo usaria normalmente foram substituídas por gel de silicone, a fim de bioimprimir a orelha.

A equipe também publicou resultados de bioimpressão de reparo em ossos danificados de animais. Mas o método ainda está em sua infância, e os pesquisadores enfrentam vários obstáculos técnicos.

Segundo os cientistas, alguns tecidos podem ser tratados mais facilmente que outros. A cartilagem, que é amorfa e não tem muita estrutura interna e vascularização, é um ponto de entrada para começar.

A cartilagem tem sido bastante bem sucedida em modelos animais, e seria a primeira coisa utilizada na prática com humanos. A partir disso, aumenta-se a complexidade do tecido, passando para osso ou talvez fígado.

Outro obstáculo é que os tecidos bioimpressos não são fáceis de conectar-se ao resto do tecido real. O que você colocar no corpo tem de estar ligado a vasos sanguíneos, que fornecem sangue e oxigênio. Esse é um dos desafios com tecidos maiores, por exemplo.

Por outro lado, uma das vantagens do uso da impressão informatizada é que você pode criar um tecido de forma mais precisa do que quando você constrói algo manualmente.

Os cientistas acreditam que a bioimpressão vai se tornar uma técnica padrão. A aposta é de que, em 20 anos, a tecnologia seja a principal tendência na área.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os animais também possuem livre arbítrio



O homem, apesar das regras sociais e dos outros tipos de restrições, goza de livre arbítrio. Segundo pesquisadores, os animais também, desde as moscas até os mais evoluídos.

Claro que a ideia de “livre arbítrio” precisa ser redefinida. Entre os animais, o processo é semelhante, não idêntico.

Os animais têm sempre uma variedade de opções disponíveis para eles. Essas “escolhas” se encaixam numa probabilidade complexa. Entre os seres humanos, as escolhas são vistas como decisões conscientes. E nos animais?

Foi estabelecido há muito tempo que o “comportamento determinístico” – a ideia de que um animal provocado de tal forma vai reagir com a mesma resposta toda vez – não é uma descrição completa do comportamento animal.

Segundo os pesquisadores, mesmo os animais mais simples não são previsíveis. No entanto, a ausência de determinismo não sugere um comportamento completamente aleatório também – é por isso que a pesquisa mostra que o comportamento animal não é nem totalmente restrito, nem totalmente livre.

Experimentos com moscas revelaram que, embora o comportamento animal possa ser imprevisível, as respostas parecem vir de uma lista fixa de opções. Os cientistas acreditam que o livre arbítrio seja uma propriedade biológica, um traço de personalidade: o cérebro possui a liberdade de gerar comportamentos e opções.

O mecanismo exato pelo qual os cérebros de todos os animais produzem essa liberdade continua a ser uma questão sem resposta convincente.

Os pesquisadores utilizaram modelos matemáticos para simular a atividade do cérebro em um computador, descobrindo que o que funcionou melhor foi uma combinação de comportamento determinístico e um outro comportamento conhecido como estocástico (que parece aleatório, mas na verdade, segue um conjunto definido de probabilidades).

Essa “estocasticidade” mostra-se, por exemplo, em terremotos. Eles não podem ser previstos com precisão, mas ao longo do tempo se pode perceber que eles se encaixam perfeitamente em uma curva.

Tal como acontece com o comportamento animal, há uma ordem subjacente e a probabilidade de um processo que pode aparecer ao acaso. Segundo os pesquisadores, a probabilidade é a melhor descrição para a “livre escolha animal”, já que lidamos com a situação de que animais não pensam.

Ao pensar, os seres humanos têm todas as opções e, teoricamente, todas as opções têm a mesma probabilidade. Mas na vida real não é bem assim. Existem opções com probabilidades extremamente raras. Os pesquisadores também afirmam que os cérebros podem criar mecanismos que transtornem o elemento probabilístico do comportamento, dependendo da situação em mãos.

Os cientistas acreditam que o livro arbítrio animal seja resultado de uma evolução. A variabilidade que é inerente ao comportamento é um pré-requisito para a sobrevivência em um ambiente competitivo.

Ou seja, um predador não deve ser sempre capaz de adivinhar as ações de sua vítima, mas as ações não devem ser tão aleatórias que incluam opções ainda mais perigosas do que o predador.

No mundo da neurobiologia, a ideia tem certo apoio. Porém, são necessários mais resultados experimentais que correspondam aos modelos matemáticos.

Ainda assim, o debate sobre livro arbítrio é muito mais complexo, e a discussão atual não aborda temas como a consciência, as suas origens, ou se os animais a compartilham.

O livre-arbítrio, como descrito neste estudo, vem com um significado geral, um pré-requisito necessário, mas não está nem perto de ser suficiente para lidar com coisas como moralidade e responsabilidade. Ainda assim, lembram os cientistas, sem essa capacidade muito básica de escolher entre as opções, nós não teríamos que pensar em todas as outras coisas que vêm antes: consciência, educação, etc.

Formigas-cortadeiras se “aposentam” conforme envelhecem



Pesquisadores descobriram que uma formiga da América Central se “aposenta” da função de cortar folhas quando envelhece, e muda para a função de transporte. Os resultados sugerem que as formigas podem estender sua vida útil conforme suas habilidades diminuem.

As formigas-cortadeiras começam suas vidas com mandíbulas afiadas como navalhas, a fim de cortar as folhas que colhem.
As folhas coletadas pelas formigas são transportadas de volta à colônia, onde a seiva é colhida para a alimentação. Elas também são usadas como uma superfície de crescimento de um fungo que é consumido pela colônia.

Segundo os cientistas, cortar as folhas é um trabalho árduo. Grande parte do corte é feito com uma lâmina em forma de V entre os dentes da mandíbula da formiga. Essa lâmina começa tão afiada quanto a mais afiada lâmina desenvolvida por humanos. Também é possível que as mandíbulas das formigas-cortadeiras contenham biomateriais como zinco enriquecido, que as fortalecem.

Ao longo do tempo, porém, essas lâminas afiadas se” desgastam”. Conforme isso acontece, os insetos tendem a mudar de função e passam a transportar as folhas cortadas por seus colegas mais jovens.

Os pesquisadores mediram o desgaste da lâmina de corte na mandíbula da espécie Atta cephalotes, de uma colônia no Parque Nacional da Soberania, no Panamá. O estudo revelou que as formigas-cortadeiras com mandíbulas muito desgastadas tinham dificuldades em cortar folhas.

As formigas com os dentes mais desgastados, que tinham menos de 10% da lâmina de corte, exclusivamente carregavam folhas ao invés de cortá-las. A equipe estima que, por causa deste desgaste relacionado com a idade, uma colônia gastou duas vezes mais energia cortando folhas do que se todas as formigas tivessem mandíbulas afiadas.

Os resultados suportam a ideia de que o desgaste e a fratura podem ser problemas significativos para os insetos, bem como animais de maior porte. Porém, o estudo também demonstra uma vantagem da vida social que os seres humanos estão familiarizados.

A mensagem é que os seres humanos que não podem mais fazer certas tarefas ainda podem contribuir muito para a sociedade. As formigas-cortadeiras vivem em colônias que têm uma estrutura muito desenvolvida com uma hierarquia rígida. Este nível de organização social é descrito como eussocial.

Além de beneficiar a colônia, os pesquisadores acreditam que essa habilidade de mudar de função também pode levar a maior expectativa de vida dos insetos que vivem em colônia, em comparação com seus parentes solitários.

Ser bilíngue protege o cérebro contra mal de Alzheimer



Segundo uma nova pesquisa, o cérebro das pessoas bilíngues funciona melhor e por mais tempo depois de desenvolver mal de Alzheimer, o que sugere que aprender um segundo idioma tem um efeito protetor contra a doença.

Os pesquisadores testaram cerca de 450 pacientes que tinham sido diagnosticados com mal de Alzheimer. Metade deles era bilíngue, e a outra metade só falava uma língua. Embora todos os pacientes tivessem níveis semelhantes de disfunção cognitiva, os bilíngues tinham sido diagnosticados com mal de Alzheimer cerca de 4 anos mais tarde.

Da mesma forma, as pessoas bilíngues relataram que seus sintomas haviam começado cerca de 5 anos mais tarde do que aqueles que só falavam uma língua. Segundo os pesquisadores, os pacientes bilíngues tinham o mesmo nível de comprometimento, mas eram 4 ou 5 anos mais velhos, o que significa que eles foram capazes de lidar com a doença por mais tempo.

Varreduras do cérebro de pacientes com Alzheimer mostraram que, entre os pacientes que estão funcionando no mesmo nível, aqueles que são bilíngues têm deterioração cerebral mais avançada. Entretanto, essa diferença não é visível a partir de comportamentos ou de habilidades. As pessoas bilíngues agem como os pacientes cuja doença é menos avançada.

Uma vez que a doença começa a comprometer a região do cérebro, os bilíngues podem continuar a funcionar normalmente. Ou seja, o bilinguismo protege os idosos, mesmo após o mal de Alzheimer começar a afetar sua função cognitiva.

Segundo os pesquisadores, ser bilíngue não previne a doença. Porém, permite que aqueles que desenvolvem mal de Alzheimer lidem melhor com ela.

Além disso, outros estudos sugerem que os benefícios do bilinguismo não são aplicáveis somente àqueles que sempre falaram uma segunda língua, mas também às pessoas que aprenderam uma língua estrangeira mais tarde na vida.

Os cientistas acreditam que a proteção do bilinguismo decorre de diferenças cerebrais. Em particular, estudos mostram que pessoas bilíngues exercitam mais uma rede do cérebro chamada sistema de controle executivo. O sistema de controle executivo envolve partes do córtex pré-frontal e outras áreas, e é a base da capacidade de pensar em maneiras complexas. É extremamente importante para o pensamento humano e a atenção.

Pessoas bilíngues, em teoria, constantemente têm que exercitar esse sistema cerebral para prevenir suas duas línguas de interferir uma na outra. Seus cérebros devem classificar com várias opções cada palavra, alternar entre as duas línguas, e manter tudo organizado.

Todo este trabalho parece conferir uma vantagem cognitiva: a capacidade de lidar com uma situação em que as coisas ficam difíceis, por exemplo, quando o cérebro é bombardeado com uma doença como o Alzheimer.

Tentativa de revelar as faces do discurso terrorista



Faz parte do dia-a-dia dos linguistas analisar as faces subentendidas, os pontos de vista e as reais intenções por trás dos discursos. Agora, um psicólogo da Universidade do Texas, James Pennebaker, decidiu participar destes estudos e tentar revelar o que se esconde nas declarações de organizações islâmicas como a Al-Qaeda. Seu objetivo é conseguir antecipar, por meio da análise do discurso, planos para um possível ataque terrorista.

Durante a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), Pennebaker declarou que “não importa em que lado você está, se o seu ‘time’ está indo para a guerra, súbitas mudanças linguísticas vão acontecer”. O cientista está trabalhando com o departamento americano de Segurança Nacional em um projeto chamado por eles de “Estudo Comparativo de Retórica Radical”. A amostra consiste em traduções para o inglês de declarações feitas pela Al-Qaeda nos EUA e na península Arábica e de outros dois grupos com “filosofias islâmicas radicais similares”, mas que nunca realizaram ataques violentos.

As revelações não vieram das palavras principais dos documentos, como substantivos e verbos, mas das palavras de apoio. A lista inclui pronomes, artigos e outras palavras comuns como: “este”, “em” e “por”. Segundo ele, havia diferenças claras no uso destas palavras nos discursos da Al-Qaeda e dos grupos Hizb ut-Tahrir e Movimento pela reforma Islâmica na Arábia. O primeiro grupo usou mais pronomes pessoais e palavras com significados sociais carregadas de sentimentos positivos ou negativos. Os outros dois grupos tinham um estilo mais passivo e formal.

Contudo, o cientista não se limitou à análise das declarações dos grupos islâmicos. Ele fez estudos similares com os discursos de outros líderes políticos como Adolf Hitler, Franklin D. Roosevelt e George W. Bush. Ele percebeu que, durante os dois mandatos de Bush, ouve mudanças na escolha de palavras em dois momentos pontuais. O presidente costumava usar “eu” repetidamente em seus discursos, mas, logo em seguida aos ataques de nove de setembro de 2001, o pronome foi substituído por “nós”. Pennebaker acredita que ele queria refletir uma sensação de união nacional. Em seguida, em 2002, quando decidiu atacar o Iraque, em uma decisão unilateral, não houve uma escalada da palavra “nós”.

Pennebaker espera que seus estudos ajudem a prever quando um grupo terrorista pode atacar. Ele percebeu que em um período de dois a seis meses antes de um grande atentado, houve um aumento no uso de palavras associadas à “honestidade” nos discursos dos grupos terroristas Islâmicos.
O pesquisador acredita que não há muitas certezas em seus estudos, parte da platéia também ficou em dúvida, mas ele admite que seus métodos podem providenciar previsões modestas. “É uma pesquisa um pouco bruta, mas este é um negócio bem bruto”.

Sêmen de cavalo oferecido como bebida fortificante na Austrália



Você acha comer escargot, como os franceses, ou gafanhotos, como os chineses, meio nojento? Tem gente bebendo sêmen de cavalo na Austrália. Sim, você leu corretamente. Na Tasmânia, as pessoas consideram a bebida uma iguaria.

“Cavalos são pura testosterona. Eles quase não tem colesterol, então a idéia é beber e se sentir um garanhão”, conta a criadora de cavalos de raça, Lindsay Kerslake de Christchurch, na Austrália. “Você vai ter tanta energia quanto um cavalo por até uma semana depois de ter bebido”, diz.

Se você mora ou conhece alguém que mora por lá, pode avisar que durante o festival Hokitika Wildfoods, na Tasmânia, eles estarão servindo a “bebida”. O evento acontece em Março. As “doses” serão oferecidas em diversos sabores como cereja e licor. Mas, para quem quer ter a experiência completa, eles irão servir o produto ao natural. O sêmen será vendido em latas como as de Red Bull, com o nome de “Powerhorse”.

“Nós temos confiança de que testes irão explicar como e por que (o sêmen) nos faz sentir tão bem, mas ainda estão pesquisando sobre isso”, disse o organizador do festival, Mike Keenan. Ele fez a propaganda sobre as propriedades fortificantes da iguaria, mas disse que não vai experimentar.
E você, toparia?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Elas gostam dos difíceis: pesquisa mostra que mulheres realmente são complicadas



Um novo estudo comprovou cientificamente o que todo mundo já sabia: que as mulheres são complicadas. Ou melhor: gostam de complicação.

A pesquisa, feita com a ajuda da rede social Facebook, sugere que as mulheres são mais atraídas por caras “difíceis”. A ideia do estudo veio durante a leitura de uma revista feminina. Em uma matéria, o conselho era de que é melhor ser honesto sobre sua atração por uma pessoa, enquanto outra matéria dizia exatamente o contrário, que é melhor “jogar o jogo”, por assim dizer.

Para descobrir qual das situações era a verdadeira, os cientistas recrutaram 47 mulheres universitárias, e lhes mostraram 4 perfis falsos no Facebook de meninos bonitos (dois brancos, um negro e um asiático).

Foi dito às mulheres que os homens eram reais, e que tinham verificado e avaliado seus próprios perfis. As participantes foram informadas de uma dessas três coisas: ou os caras deram-lhes uma classificação elevada, ou uma classificação média, ou os pesquisadores disseram que não puderam revelar as classificações para fins experimentais.

A última categoria levou as mulheres à loucura. As participantes preencheram um inquérito de classificação do quanto gostaram de cada indivíduo, e, em seguida, foram questionadas sobre o quanto cada cara tinha “ficado em sua cabeça”. As mulheres classificaram em primeiro lugar o cara que elas não sabiam o que tinha pensado delas, com uma pontuação ainda maior do que os caras que elas sabiam estar a fim delas.

Os pesquisadores comentam que esse entusiasmo pode ter a ver com o “não saber”. Você pode estar saindo com uma pessoa há um ano, mas se vocês nunca tiveram “a conversa”, se se viram duas ou três vezes por semana, mas nunca trocaram um ‘eu te amo’, todos esses fatores deixam o status do relacionamento incerto e fazem a pessoa se perguntar e desejar.

Embora o estudo tenha incluído apenas mulheres, os pesquisadores acreditam que teriam resultados semelhantes com participantes do sexo masculino.

De qualquer forma, essa lição de amor às vezes pode ser difícil de seguir. Muitas pessoas acreditam firmemente em dizer às pessoas como se sentem. Em princípio, isso seria o correto. Mas quem sabe se não ser tão aberto sobre suas intenções e criar um pouco de incerteza não valerão a pena no final?

Então eis aqui um conselho: se você estiver a fim de alguém, não deixe que ele saiba. Pelo menos por enquanto.

Sinestesia: seu nome pode ter gosto de “roxo” e cheiro de lavanda


O que dizer das pessoas que acham que a letra “N” é verde, que o número 5 é escuro cinza, e que o mês de fevereiro cheira lavanda e é coberto de gelo? Que eles têm sinestesia.

Os especialistas dizem que as pessoas nascem com isso e que é uma desordem cerebral. Os fios do cérebro se cruzam, e a pessoa sente os cinco sentidos simultaneamente. Eles se sobrepõem quando deveriam estar separados.

As pessoas podem ter formas diferentes de sinestesia. No interior da cabeça de quem tem sinestesia, isso é muito normal. Alguns vêem números, letras, palavras, com cores. Elas podem ter cores diferentes, personalidades, texturas, idades e sexos. As próprias cores podem ter gêneros.

As pessoas também têm sinestesia no que diz respeito à música. Há quem descreva que certas canções trazem cores vivas, como “Happiness is a Warm Gun”, dos Beatles, que traz uma alternância de flashes mostarda amarelo brilhante e branco prateado. Também tem uma textura diferente.

A voz de David Bowie lembra um céu azul brilhante que às vezes se torna mais escuro, ou tem tons de cinza, dependendo do humor da canção. A música rap invoca um caleidoscópio de cores e formas em espirais numa velocidade incrível. A música clássica leva por uma paisagem de forma, cor e sentimento. E assim por diante.

A sinestesia pode ter a ver com a sensação de gosto e cheiro também. Como um sabor invocando uma cor distinta. Por exemplo, o cheiro e o gosto do alho fresco lembram um verde brilhante e vibrante. As bebidas dietéticas, com uma doçura de sacarina, parecem um prata ofuscante.

São experiências diferentes para cada pessoa. E, a elas, isso não parece maluco ou psicodélico. Das palavras de quem tem, é espiritual. A sinestesia soa tão rotineira, que se perdessem essa sensação, se sentiriam cegos ou surdos.

A condição certamente enriquece a vida das pessoas com cores. Aos artistas, é ainda mais vantajoso. Como leitor e escritor, a imaginação e a criatividade podem ser aguçadas. Muitos artistas e celebridades são sinestésicos, como Tori Amos, Eddie Van Halen, Friedrich Nietzsche, Stevie Wonder, Vladimir Nabokov e outros.

Mas nem tudo são rosas. A desvantagem é que a sinestesia pode levar a comportamentos obsessivo-compulsivos. Imagine alguém que sai para jantar com um amigo, e o garfo raspa em seus dentes, fazendo a cabeça da pessoa se encher de cores metálicas e rugidos que ela não pode aguentar. Ou ela mesma ter de sentir o metal, e tal som ou gosto ser tão alto que a pessoa prefere usar talheres de plástico.

Ainda assim, não seria divertido fazer de tudo uma “brincadeira”? Os meses do ano, os telefones, os endereços, tudo ter uma cor, um gênero, uma personalidade? Desvantagens de lado, o mundo poderia ser mais incrível se todo mundo experimentasse a vida com diversas sensações ao mesmo tempo.

Sem estresse, com cabelo



Queda de cabelo é um assunto que mexe com a vaidade de homens e mulheres. A calvície acomete muito mais os homens, mas algumas mulheres também sofrem com a alopécia androgênica, a chamada calvície feminina. Mas, cientistas da escola de medicina da Universidade da Califórnia, podem ter descoberto uma cura, sem querer. A novidade só foi testada em ratos, mas é possível que sirva para homens e mulheres no futuro.

A intenção dos pesquisadores, na verdade, era estudar um composto químico que bloquearia um hormônio causador do estresse. É sabido que o estresse é um causador da queda de cabelos, por isso, o fármaco pode levar ao tratamento da calvície. Os cientistas já aplicaram um pedido de patente para o uso do remédio como estimulador do crescimento de cabelo. “Isto pode ser uma novidade no tratamento de perda de cabelo em humanos por meio da suavização dos receptores de hormônios de estresse. Serviria principalmente para o tratamento de calvície ligada a estresse crônico e ao envelhecimento”, disse Million Mulugeta, professor adjunto de medicina da Universidade.

A descoberta aconteceu quando os pesquisadores estavam testando a relação entre estresse e o trato gastrointestinal, parte do sistema digestivo. Mas, depois de terem deixado os ratos cobaia de lado por alguns meses, perceberam que seu pelo havia crescido de novo.

Os pobres ratinhos foram alterados geneticamente para produzir, mais que o normal, um hormônio de estresse chamado Corticotrofina. Ao longo do tempo, os bichos foram perdendo os pelos de suas costas. Em seguida, para livrar as cobaias do estresse, os pesquisadores desenvolveram e injetaram um peptídeo chamado “astressin-B”, que bloquearia a ação do hormônio do estresse. A intenção era saber se haveria algum impacto no sistema digestivo dos ratos. Três meses depois veio a surpresa: os pelos haviam crescido de volta! Foi difícil até de distinguir os ex-estressados dos que não haviam participado do estudo. Por sorte, os ratinhos tinham números de identificação.

Se o composto vai funcionar para humanos ainda é incerto. Os pesquisadores sabem que a Corticotrofina e outros peptídeos podem ser encontrados na pele humana, então, para eles, é possível que funcione. A pesquisa foi publicada no periódico PLoS One. Se tudo der certo, aparentemente homens e mulheres manterão os fios de cabelo na cabeça, e como um bônus, aliviarão o estresse.

Incertezas nos estudos sobre o clima



O aluno de doutorado da Universidade de Washington, Kyle Armour, desafiou o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) dizendo que algumas conclusões dos pesquisadores desta organização ganhadora do Prêmio Nobel teriam falhas. A principal conclusão que ele refutou é a sugestão da ONU de que combater o uso de aerosóis poderia frear o aquecimento global. Para Armour, esta afirmação não está 100% correta. Ele mostra dois cenários, um em que o corte da emissão de aerossóis influenciaria pouco a mudança climática e outro onde a temperatura continuaria subindo.

Os assuntos aquecimento global e mudanças climáticas sempre estão cercados de divergências. Os cientistas brigam entre si chamando uns aos outros de “ecochatos”, “xiitas do clima” ou mesmo “céticos”. Alguns defendem que o aquecimento global tem causas humanas, outros dizem que o processo é natural.

Em seu estudo, Armour não questiona a influência dos aerossóis. “Este não é um argumento para dizer que nós devemos continuar emitindo aerossóis. É um ponto de vista dizendo que precisamos ser inteligentes sobre como parar de emitir. E nós temos que agir, porque quanto mais tempo emitirmos, pior ficará”, diz. O que o pesquisador quer provar, no entanto, é que alguns modelos utilizados pelo IPCC para tentar simular os efeitos dos aerossóis ou dos gases do efeito estufa no aquecimento global podem ter falhas.

A simulação do IPCC consiste em variar os níveis de agentes como aerossóis; sal do mar; fuligem da queima de combustíveis fósseis; ou os gases do efeito estufa como o dióxido de carbono ou o gás metano. Em seguida a variação destes agentes é estudada, em porcentagens aproximadas, para saber como cada um influenciaria uma mudança climática em rede. Eles aumentam e diminuem a concentração de cada agente e estudam os efeitos.

Segundo o pesquisador, os modelos que resultam dos estudos descritos acima podem ser substituídos por dados atuais, mas a pequena quantidade a qual alguns agentes foram reduzidos limitou os resultados. Ele argumenta que a quantidade de variáveis que consideraram e seus efeitos também foi um fator limitante. Além disso, Armour argumenta que os resultados são limitados pela dúvida sobre quão precisamente nós conseguimos medir certas variáveis, como por exemplo, os níveis de aerossóis em todo mundo.

O cientista conclui, então, que os modelos atuais têm falhas e que eles não conseguem considerar o quão difícil e cercado de incertezas é a tarefa de medir a quantidade de aerossol que contribuiria para a mudança climática. Assim, não se pode dizer se o efeito dele sobre a mudança climática é grande ou pequeno.

Em um cenário positivo, onde eles contribuiriam minimamente ao aquecimento, eles não mascarariam os efeitos dos gases de efeito estufa. Se todas as emissões de aerossóis e gases fossem cortadas, os aerossóis iriam desaparecer rapidamente da atmosfera. Contudo, os gases de efeito estufa permaneceriam durante anos em níveis elevados. Assim, o resultado sobre o aquecimento iria ser muito pequeno, dado que os aerossóis seriam os principais culpados.

Em outro cenário, onde os aerossóis tivessem grande contribuição, mascarariam os efeitos dos gases estufa. Neste caso, mesmo se as emissões parassem, a temperatura iria continuar subindo, já que os gases continuariam na atmosfera e seriam os principais agentes de aquecimento. Este aumento causaria alguns dos efeitos previstos mais severos da mudança climática.

Em outras palavras, Armour está argumentando que a incerteza da participação dos aerossóis nos modelos pode levar o IPCC a subestimar a diferença de aquecimento que ocorreria nestes dois diferentes cenários. O pesquisador diz que a organização precisa ter estas incertezas em mente em seus próximos relatórios, assim, conseguiria delimitar exatamente qual a ação dos aerossóis e em que quantidade eles contribuem para o aquecimento global. Mas sem duvidar que eles são vilões do clima.

Sono bifásico: nova pesquisa mostra que a insônia não é prejudicial




Uma nova pesquisa contraria anos de conselhos médicos. A questão é: se você tem “insônia”, talvez esteja fazendo as coisas certo. De acordo com historiadores e psiquiatras, é o sono comprimido e contínuo de oito horas que não tem precedentes na história humana.

Mais de um terço dos adultos americanos acordam no meio da noite em uma base regular. Daqueles que experimentam “despertares noturnos”, quase metade são incapazes de voltar a dormir logo em seguida. Os médicos frequentemente diagnosticam esta condição como um distúrbio do sono chamado “insônia do meio da noite”, e prescrevem medicação para tratá-lo.

Novas evidências sugerem, no entanto, que despertares noturnos não são anormais; são o ritmo natural do corpo. O padrão dominante de sono, desde tempos imemoriais, era bifásico.

Segundo os pesquisadores, os seres humanos dormiam em dois blocos de quatro horas, separados por um período de vigília no meio da noite com duração de uma hora ou mais. Durante esse tempo, alguns ficavam na cama, orando, pensando em seus sonhos, ou conversando com seus cônjuges. Outros se levantavam, faziam tarefas ou até mesmo visitavam vizinhos antes de voltar a dormir.

As referências ao “primeiro sono” ou “sono profundo” e “segundo sono “ou “sono da manhã” abundam em depoimentos jurídicos, literatura e outros documentos de arquivo de épocas pré-industriais européias. Gradualmente, porém, durante o século 19, a linguagem mudou e referências ao sono segmentado diminuíram. Agora as pessoas o chamam de insônia.

E o que mudou e por quê? Segundo os pesquisadores, é possível culpar a lâmpada de Thomas Edison e a Revolução Industrial. No passado, especialmente durante o inverno, a escuridão se estendia até 14 horas cada noite. Exceto para aqueles ricos o suficiente para queimar velas durante horas, as pessoas tinham pouco a fazer a não ser ir para a cama cedo.

Isso deu uma grande flexibilidade às suas necessidades de sono noturno. Os padrões de sono segmentados ou bifásicos evoluíram para preencher o longo trecho de noite, e, como observado por antropólogos, o sono segmentado continua a ser a norma para muitas pessoas em partes subdesenvolvidas do mundo, como o grupo Tiv na Nigéria central.

Em locais com eletricidade, porém, a iluminação artificial prolongou a experiência do dia, o que permite aos seres humanos serem produtivos por mais tempo. Ao mesmo tempo, reduz a noite, assim as pessoas agora dormem o suficiente de uma só vez.

O sono “normal” exige a renúncia aos períodos de vigília utilizados para romper a noite. Mas as pessoas com ritmos circadianos particularmente fortes continuam a acordar no meio da noite. Na década de 1990, um cientista do sono descobriu que todos dormem bifasicamente quando submetidos a padrões naturais de luz e escuridão.

Ele submeteu os participantes a 14 horas de escuridão por noite, e descobriu que eles gradualmente transferiram sua rotina de sono a duas fases de quatro horas separados por cerca de uma hora de vigília, modelo que combina exatamente com os resultados históricos da nova pesquisa.

Outra conclusão é que dormir bifasicamente é o padrão de sono mais natural e benéfico. Um dos benefícios do sono bifásico pode ser que ele torna mais fácil a convocação e acesso aos sonhos.
No estudo antigo, por exemplo, as pessoas despertavam normalmente do sono REM, que é o estágio de sono profundo durante o qual os sonhos ocorrem. De acordo com os pesquisadores, a evidência histórica demonstra isso muito bem.

Acordar diretamente após sonhar abre caminho ao subconsciente. Os sonhos matinais não, porque a luz está lá e as pessoas saem da cama imediatamente. Assim, em breve, as pessoas perdem o que no passado era considerado uma parte extremamente importante da vida: o viver nos sonhos.

Essas descobertas estão sendo cada vez mais aceitas por psiquiatras e especialistas do sono. No entanto, a mudança de paradigma comportamental tem sido lenta. O senso comum do sono ininterrupto continua prevalecente.
Porém, ninguém nega certos benefícios clínicos do sono bifásico. Psiquiatras clínicos estão descobrindo que, se os seus pacientes com insônia pararem de ver seu sono como problemático, a sua condição se torna mais tolerável.

Se eles perceberem o sono interrompido como normal, eles experimentam menos sofrimento quando acordam a noite, e voltam a dormir mais facilmente. Em outras palavras, se você acordar no meio da noite, não se preocupe com isso. Pode ser o sono normal. Se as pessoas não lutarem contra isso, vão cair no sono novamente depois de aproximadamente uma hora.

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