segunda-feira, 30 de maio de 2011

Crianças que dormem menos engordam mais



Um estudo neozelandês que acompanhou 244 crianças com idades entre 3 e 5 anos descobriu que, em média, elas dormem 11 horas por noite; mas, para cada hora que elas dormem a menos, ganham 700 gramas de gordura até o sétimo aniversário.

Os pesquisadores monitoraram os padrões de sono das crianças através de dispositivos chamados acelerômetros, que medem movimento. As crianças usaram esses dispositivos durante cinco dias na idade de três, quatro e cinco anos.

Os cientistas também questionaram os pais sobre a dieta de seus filhos e a quantidade de exercício que eles praticavam, bem como educação da mãe, etnia e renda da família. Todos esses fatores foram levados em conta.

Os autores do estudo concluíram que as crianças que dormem menos são mais propensas a ficar acima do peso, mesmo após ajuste para variáveis de estilo de vida. Eles acreditam que existem dois fatores em jogo: mais tempo disponível para comer “fora do horário” e alterações nos níveis hormonais desencadeadas por não dormir o suficiente.

A Academia Americana de Medicina do Sono recomenda que crianças pré-escolares durmam entre 11 e 13 horas todas as noites, enquanto as crianças em idade escolar devem dormir 10 a 11 horas por noite.

A falta de sono afeta os níveis de dois hormônios envolvidos no controle do apetite; diminui os níveis de leptina, que daí avisa o cérebro para comer mais, e aumenta os níveis de grelina, o que causa o mesmo efeito – mais apetite.

Os pesquisadores advertem, no entanto, que ainda não se sabe ao certo se dormir mais pode reduzir a obesidade infantil.

Meu blog paga as minhas contas



É uma missão quase impossível estrear um site ou blog na internet e fazer com que ele seja um enorme sucesso. A internet é um mar de novidades e é difícil conseguir algum destaque. Contudo, aquelas pessoas que conseguem que seu público vá além de amigos e familiares fiéis podem conseguir ganhar dinheiro com as postagens online.

“Meu conselho é escolher um tópico do qual você nunca vai se cansar”, diz Stephanie Nelson, de Atlanta, EUA, criadora do CuponMom.com. O site dá dicas de como economizar usando cupons de desconto. “Nos três primeiros anos, eu não ganhei nenhum dinheiro, então eu tinha que amar o que eu estava fazendo”, diz.

Ela conta que agora recebe mais de 3,8 milhões de visitantes por mês e os lucros sustentam sua família, com quatro membros. Seu marido até se aposentou. “Eu não me canso do que faço”, disse ela.

Metade da receita do site vem do serviço AdSense, do Google, e a outra metade vem de empresas como Groupon e LivingSocial que compram espaço de anúncios diretamente com Stephanie. O AdSense cria propagandas baseadas em palavras que aparecem na página. Por exemplo, se o texto é sobre cachorros, vão aparecer anúncios sobre pet shops ou ração.

Outras empresas como BuySellAds.com ou BlogAds permitem ao dono do blog determinar o quanto querem cobrar para por o anúncio na página. Depois eles vão em busca de quem quer anunciar por uma porcentagem nas vendas, geralmente entre 14% e 30%.

A companhia Federated Media é um pouco mais seletiva. Ela negocia taxas em prol dos geradores de conteúdo que eles decidem apoiar. Em geral os preços variam de 54 mil dólares por dia em um blog popular como PerezHilton.com a 10 dólares por mês por um espaço no blog de quadrinhos The Soxaholix.

Os blogueiros Clayton Dunn, 32, and Zach Patton, 31, do The Bitten Word, tiram cerca de 350 dólares por mês por meio de anúncios do Google, que paga a cada clique em uma propaganda. Eles criaram o blog em 2008 e recebem cerca de 150 mil visitas por mês. “Isso paga as nossas compras de supermercado”, disse Dunn. A página deles trata sobre culinária e a vantagem é que algumas lojas acabam fornecendo produtos gratuitamente.

Jonathan Accarrino, fundador do MethodShop.com, aconselha o uso de palavras contextuais que criam links diretos do texto para vendedores de certos produtos. O pagamento é feito por meio de uma comissão das vendas. Vídeos também podem ajudar. “Eu faço vídeos tutoriais e disponibilizo no Blip.tv”, conta. É possível colocar anúncios nos vídeos que podem gerar de 1 a 10 dólares a cada mil pessoas que assistem, dependendo do anunciante.

O blogueiro Darren Kitchen fatura até 5 mil dólares vendendo camisetas e adesivos em seu site, Hak5.org, onde, além disso, ele dá dicas de hacking. “É incrível o número de pessoas que querem os adesivos”, diz Darren. Ele recebe 250 mil visitas por mês.
Também é possível cobrar pelo conteúdo, como faz o australiano Collis Ta’eed, de 31 anos, dono dos sites FreelanceSwitch.com e Tuts+, onde ele oferece dicas de trabalhos freelancers e tutoriais sobre tecnologia. “As pessoas estão dispostas a pagar por conteúdo se você oferece algo de valor e útil”, disse Ta’eed, que afirma receber 6,4 milhões de visitantes por mês.

Tudo começa apenas com uma boa ideia; e o que é diversão, pode ser também sustento. Boa sorte!

Vai chover! Bactérias controlam o tempo



Um surpreendente estudo descobriu que bactérias vivas que se encontram no céu podem ser o empurrãozinho necessário para causar chuva, neve e até uma tempestade de granizo.

Alexander Michaud, da Universidade Estadual de Montana, EUA, encontrou grandes quantidades de bactérias no centro de pedras de granizo gigantes.

Tradicionalmente, pensava-se que minerais ou outras partículas presentes nas nuvens eram a principal causa para as gotas d’água se juntarem até se tornarem grandes o suficiente para cair como pingos de chuva, flocos de neve ou granizo.

A nova pesquisa, porém, mostra que uma grande variedade de bactérias e até fungos e algas encontradas nas nuvens podem ser o estopim para começar uma precipitação. Este é um campo crescente de estudo, chamado de bioprecipitação.

“Os minerais eram tidos como os controladores dos fenômenos atmosféricos, mas eles não são tão ativos como as partículas biológicas”, explica Brent Christner, microbiólogo que pesquisa bioprecipitação na Universidade Estadual da Louisiana, EUA.

Para que os minerais formem núcleos de gelo, a água precisa estar muito mais fria do que a temperatura na qual normalmente é encontrada nas nuvens, explica Christner. As bactérias e outras partículas de vida que de uma forma ou de outra acabam chegando até o céu podem servir como nucleadores alternativos – ou seja, o elemento que dá o pontapé inicial para a precipitação.

Michaud coletou pedras de granizo do tamanho aproximado de uma bola de golfe (mais de 5 centímetros de diâmetro), após uma violenta tempestade atingir o estado de Montana, EUA, em junho de 2010. Ele separou os granizos em quatro camadas, que são formadas à medida que o gelo é criado e se move para cima e para baixo nas nuvens. Ele descobriu que os níveis de bactérias foram maiores no centro do granizo.

“As bactérias foram encontradas no ‘embrião’, na primeira parte que se desenvolve de uma pedra de granizo. Esse núcleo primário evidencia o que estava envolvido no início do crescimento do granizo”, afirma Michaud. “Há evidências crescentes de que estes núcleos podem ser compostos por bactérias ou outras partículas biológicas”, acrescenta.

Determinando a temperatura na qual o granizo se formou, a equipe de pesquisa descobriu que essas bactérias permitiram a formação de gelo num ambiente mais quente do que o esperado.

Anteriormente, o grupo de Christner já havia descoberto que a bactéria Psuedomonas syringae, que ataca plantas, desempenha um papel importante na formação de neve em todo o mundo, incluindo na Antártida, onde existem poucas áreas verdes. A bactéria é famosa por conseguir criar gelo em temperaturas acima do ponto de congelamento normal de água.

As P. syringae são equipadas com uma substância especial que une as moléculas d’água de tal forma que se torna mais fácil formar partículas de gelo. Quando no solo, as bactérias usam esse mecanismo para causar danos às plantas. O gelo é utilizado para quebrar as células da planta e permitir a entrada das bactérias.

“Um organismo que vive em uma planta, onde quer que esteja, sua vontade é de retornar ao chão e encontrar uma nova planta. Essa bactéria tem a capacidade de produzir precipitação, voltar para a terra e cair sobre uma planta. Aí está o ciclo”, cita Christner.

domingo, 15 de maio de 2011

Conheça a novidade que faltava no mercado: a camisinha-viagra



Dois coelhos com uma cajadada só. Os médicos especialistas da empresa britânica de biotecnologia Futura Medical conseguiram desenvolver um produto que auxilia no tratamento da disfunção erétil e ainda incentiva o sexo seguro: trata-se da “camisinha-viagra”.

O preservativo está prestes a receber a aprovação regulatória na Europa Continental e no Reino Unido. A companhia farmacêutica Reckitt Benckiser Group tem esperanças de colocá-lo à venda dentro de um ano. Até lá, a empresa espera que, depois de mais estudos clínicos, o produto também obtenha aprovação para os consumidores dos EUA.

Os médicos relatam que a teoria por trás da nova camisinha não apresenta nada de especial. Encontrar o ingrediente ativo foi fácil: os investigadores usaram um produto químico vasodilatador comumente utilizado para combater a angina – dor intensa e latejante no peito que ocorre quando o coração não recebe sangue o suficiente.

A parte mais dura foi descobrir como manter o gel com o ingrediente ativo dentro do preservativo de modo que o vasodilatador tocasse somente o pênis do usuário durante a relação sexual. No entanto, os pesquisadores conseguiram superar esse obstáculo e chegar a um produto viável.

O empresário James Barder, representante da Futura nos Estados Unidos, explica a dificuldade encontrada. “O desafio é manter o líquido vasodilatador estável dentro do preservativo, ou seja, condicionar um gel que não cause prejudício à estrutura do produto. Algumas substâncias podem degradar o látex muito rapidamente”.

Dada a popularidade da pílula do Viagra, encontrado hoje em vida nos mais diversificados estabelecimentos, a camisinha-viagra tem como objetivo conseguir igual penetração no mercado, valendo-se principalmente de sua função dupla.

O novo preservativo ainda possui um atrativo a mais para incentivar relações sexuais sem o perigo da transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs): os fabricantes afirmam que o produto não escorregar do pênis durante o sexo, um problema surpreendentemente comum relatado pelos homens.

Consumo de doces não significa guerra com a balança



Se você tentava não comer chocolate e outros doces para evitar excesso de peso no corpo e na consciência, temos uma boa notícia. O consumo dessas guloseimas não está diretamente associado ao aumento de massa. Pelo contrário: um estudo de uma instituição científica em Louisiana (EUA) afirma que ingerir doces está relacionado com um baixo Índice de Massa Corporal (IMC).

Obviamente, como explica a pesquisa, essas gostosuras não são um agente para emagrecimento. Tampouco você pode se empanturrar de doces esperando não engordar, a ingestão deve ser com parcimônia. De qualquer modo, como explicam os cientistas, uma quantia moderada de chocolate não faz mal a ninguém, mesmo que a pessoa em questão tenha a tendência a engordar.

Em uma pesquisa nutricional comum nos EUA, chamada de “regressão de 24 horas”, o paciente relata tudo o que comeu no dia anterior. Embora os pesquisadores considerem a possibilidade de que as pessoas tenham omitido ou diminuído a quantidade verdadeira de cada alimento, o que se percebeu é que o doce em quantidade moderada simplesmente não engorda.

Dividiram-se dois grupos de pessoas, os que consomem doces e os que não o fazem. O IMC médio dos “doceiros” ficou em 27,7, enquanto esse número foi de 28,2 para os não-consumidores. Ou seja, uma diferença de apenas 0,5 na escala e com os que não comem doces sendo um pouco mais gordos. A pesquisa aconteceu com 15 mil adultos americanos acima de 19 anos.

A maior explosão já vista no espaço foi causada por estrela despedaçada por buraco negro



A explosão mais brilhante, duradoura e variável já vista ocorreu em 28 de março no espaço, há cerca de 3,8 bilhões de anos-luz da Terra, na constelação Draco. A radiação de alta energia continua a iluminar e desaparecer do local.

A poderosa explosão intrigou astrônomos. Como, exatamente, isso aconteceu? Segundo os cientistas, pode ter sido o grito de morte de uma estrela conforme ela foi destroçada por um buraco negro.

A explosão parece de raios gama, o tipo mais poderoso de explosão do universo, que geralmente marca a destruição de uma estrela massiva. Entretanto, as emissões desses eventos dramáticos nunca duram mais do que algumas horas.

Também, apesar dos cientistas conhecerem objetos da nossa galáxia que podem produzir explosões repetidas, elas são milhões de vezes menos potentes que essas explosões.

Os cientistas estão utilizando diversos observatórios espaciais da NASA para estudar a explosão maciça. Ela foi detectada em 28 de março, através de uma erupção de raios-X, a primeira de uma série de explosões poderosas. O nome dado a ela foi explosão de raios gama 110328A.

Após a descoberta, os cientistas identificaram a fonte exata da explosão, o centro de uma pequena galáxia na constelação de Draco.

Daí surgiu a teoria de que a explosão incomum provavelmente surgiu quando uma estrela vagou muito próxima ao buraco negro central de sua galáxia. O fato de que a explosão ocorreu no centro de uma galáxia torna mais provável que ela esteja associada a um buraco negro maciço.

Forças intensas provavelmente despedaçaram a estrela, e o gás que restou continua a fluir em direção ao buraco negro. Segundo este modelo, o buraco negro formou um jato, que é a poderosa explosão de raios-X e raios gama.

Ou seja, os cientistas acreditam que os raios-X podem ser provenientes de matéria que se move perto da velocidade da luz em um jato de partículas formados pelo gás da estrela, que é absorvido em direção ao buraco negro.

A maioria das galáxias, incluindo a nossa, contêm buracos negros centrais com milhões de vezes a massa do sol. A estrela provavelmente sucumbiu a um buraco negro, menos massivo do que o da Via Láctea. O principal buraco negro da nossa galáxia tem uma massa cerca de 4 milhões de vezes a do sol.

Os astrônomos já detectaram estrelas despedaçadas por buracos negros supermassivos antes, mas nenhuma delas tem o brilho de raios-X e a variabilidade dessa explosão, que tem queimado repetidamente.

Os astrônomos vão continuar observando a explosão, para procurar por mais detalhes e mudanças.

Agência de Segurança dos EUA junta mais informações que uma enorme biblioteca a cada seis horas



Mais uma curiosidade envolvendo a morte de Osama Bin Laden. A Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), durante os dias em que só se falava na morte do terrorista, reuniu, a cada seis horas, mais informações do que todo o acervo da Biblioteca do Congresso daquele país. A NSA é o órgão responsável por reunir informações sobre “pessoas de interesse”, como Bin Laden. Ele é, por natureza, um acumulador de e-dados.

Esses dados incluem transcrições de ligações telefônicas e vídeo e áudio de vigilâncias, além de muitas fotografias. “O volume de dados que eles têm juntado é enorme”, disse o diretor de inteligência, John V. Parachini. “Uma crítica que podemos fazer ao nosso sistema é que somos obcecados por colecionar informação. Nós buscamos tudo e não poupamos tempo, nem dinheiro, para entender tudo o que temos e como podemos agir sobre isso”.

A lei americana proíbe a divulgação do orçamento do NSA, mas é possível imaginar que é bem caro e difícil analisar tanta informação. No momento eles estão focados em palavras-chave como “bomba”, e quaisquer conversas entre pessoas procuradas como era Bin Laden. Eles também devem prestar muita atenção para poder encontrar e desvendar linguagens em código. Não deve mesmo ser fácil trabalhar na NSA, pelo menos os salários devem ser bem altos.

Elefantes têm mesmo medo de ratos?



Ao assistir desenhos animados, filmes para crianças ou lendo histórias infantis, você já deve ter se deparado com a imagem de um elefante que tem medo de um rato. Provavelmente você já se perguntou se existe realidade nessa história ou se não passa de um mito. Pois bem, a resposta é: mais ou menos. Os elefantes de fato podem se assustar com a presença de ratos por perto, mas não tem a ver propriamente com o fato de serem ratos ou de algum mal que só eles possam fazer aos elefantes.

Um mito zoológico, muito difundido, é que os elefantes temem que o rato possa subir pela tromba do animal. Segundo o especialista em elefantes Richard Lair, isso não tem fundamento: se um rato tentasse escalar a tromba do elefante, seria facilmente expelido com qualquer movimento.

Seria correto dizer, como explica Lair, que eles se assustam com o movimento brusco de animais pequenos. Como estes gigantes da selva têm uma visão fraca, raramente conseguem enxergar com exatidão um animal de pequeno porte que estiver perto deles. Não precisam ser necessariamente ratos. Em uma reserva natural que abriga elefantes, na Tailândia, foi observado que um cachorro passou correndo e latindo em volta de um elefante e o bicho entrou em pânico devido aos movimentos rápidos e barulhentos aos seus pés.

Integrantes de um circo resolveram colocar à prova, em 2006, se os ratos por si próprios exerciam alguma mudança nos elefantes. Colocaram o pequeno animal, parado, às vistas do elefante, que não demonstrou nenhuma reação. Um observador dessa cena notou que os elefantes “pareciam apenas entediados” ao ver o rato, ou seja; a história do medo é mesmo só uma lenda.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A Apple sabe por onde você anda?



Muitos usuários de iPhone ficaram assustados com a notícia de que seus aparelhos guardavam informações sobre sua localização em uma pasta “secreta”. A preocupação com a privacidade incomodou alguns e deixou os mais neuróticos com os cabelos em pé. Dois jornalistas revelaram detalhes deste arquivo chamado “consolidated.db” que guardava informações que datavam de junho de 2010, data quando a Apple atualizou a seu sistema operacional, o iOS, para a versão 4.0.

A Apple não comentou sobre as alegações, mas, aparentemente a empresa não tem acesso contínuo aos dados acumulados nos aparelhos, segundo os jornalistas, um deles diz ser um ex-empregado da gigante da informática.

Os usuários se preocuparam porque tudo parecia bastante confuso. A Apple sabe ou não sabe por onde eu ando? Algumas coisas podem ser esclarecidas:

Como o iPhone acessa essas informações de localização?

Ele usa as torres de telefonia celular para triangular sua localização, mas o faz de maneira aproximada, porque não funciona como um GPS que usa satélites para definir exatamente o lugar onde uma pessoa está.

Com que frequência esta informação é salva?

Aparentemente em intervalos esporádicos, mas com freqüência, de acordo com Pete Warden e Alasdair Allan, os jornalistas que fizeram a pesquisa e publicaram a pasta secreta.

Onde a informação fica guardada?

No aparelho e no computador que foi sincronizado.

Quem tem acesso?

Na teoria, só você poderia acessar. A Apple aparentemente não tem acesso a essa informação, pelo menos não em tempo real, de acordo com os jornalistas. Então, é bem provável que a empresa não saiba onde você está neste exato momento. Outras empresas de telefonia móvel também gravam esse tipo de informação, mas, para ter acesso a elas, “é preciso uma autorização judicial, enquanto para outras pessoas que tiverem acesso ao seu aparelho celular ou ao seu computador, elas estarão visíveis”, disseram Warden e Allan. O arquivo não é codificado, então, qualquer um poderia saber por onde você esteve, desde um namorado ciumento até um investigador particular.

Alguém poderia roubar estas informações?

É possível que alguém que consiga acessar a pasta saiba quais foram seus passos desde junho do ano passado, mas para isso, eles teriam que por as mãos no seu celular ou computador para chegar até a pasta “consolidated.db”.

A Bolha da Supernova de Tycho



Mas o quê é isso? Uma bolha de sabão cheia de fumaça? Nada disso, são os resquícios da supernova de Tycho, resultado de uma explosão estelar registrada há 400 anos pelo astrônomo Tycho Brahe. A nuvem de gás em expansão é extremamente quente, enquanto diferentes velocidades de expansão deram a ela esta aparência “fofa”. Apesar da estrela que deu origem à supernova já ter se extinguido, outra chamada Tycho G, muito clarinha para ser vista nesta foto, está sendo estudada.

Cubano enrola maior charuto do mundo



Na última terça-feira, 3, o Livro dos Recordes Guiness reconheceu o maior charuto do mundo, que mede 81,80 metros e foi enrolado pelo fabricante de charutos Jose Castelar Cairo, 67 anos, mais conhecido como “El Cueto”.

Jose Castelar e seus assistentes começaram a trabalhar no charuto cubano gigante no final de abril e terminaram há 3 dias. O charuto estabeleceu um novo recorde mundial, batendo o anterior, também de El Cueto, de 60 metros.

Castelar começou a enrolar charutos aos 14 anos, na sua província natal de Villa Clara. Ele admite que nunca pensou que acabaria fazendo charutos gigantes.

O primeiro da história de charutos enormes foi fabricado por ele em 2001, quando El Cueto enrolou um charuto 11,04 metros de comprimento, seguido de um de 14,86 metros em 2003, um de 20,41 metros em 2005 e um de 45,38 metros em 2008.

Seu próximo projeto é fabricar um charuto de 100 metros. Nas palavras de Castelar, enquanto El Cueto estiver vivo, o maior charuto do mundo sempre será encontrado em Cuba. Quer saber o que “El Cueto” significa? Deve ser “alguém cujas conquistas não podem ser superadas”.

Maquete de templo chinês é composta por 668 ábacos!



Foi apresentada durante uma exposição temática sobre ábacos, realizado na cidade chinesa de Taiyuan, província de Shanxi, este modelo de tempo, construído com 668 ábacos de diferentes tamanhos.

Usado como uma ferramenta de cálculo séculos antes da adoção do sistema de escrita numeral, o ábaco é uma grande parte da cultura asiática e ainda é amplamente utilizado por comerciantes e funcionários ao redor da Ásia e África.

Além da maquete impressionante feita de ábacos, os visitantes da exposição podem admirar mais de cem ábacos, dos mais simples às versões mais complexas.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Porque Osama Bin Laden foi sepultado no mar?



Depois que as forças militares dos Estados Unidos mataram Osama Bin Laden durante a operação contra seu esconderijo no Paquistão, o corpo foi tratado “de acordo com a prática islâmica”, disseram autoridades dos EUA à imprensa no dia seguinte à morte.

Esta prática exige que o corpo seja enterrado dentro de 24 horas e proíbe a cremação, explicam as autoridades. Quando ficou claro que seria difícil conseguir que qualquer país aceitasse os restos do terrorista mais procurado do mundo, os EUA decidiram ‘enterrar’ Osama no mar. O local do enterro ainda não foi divulgado.

Outra razão que os funcionários de segurança dos EUA confirmaram à imprensa nesta segunda-feira, dia 2, é que os Estados Unidos não queriam correr o risco de o lugar do enterro de Osama se tornasse um santuário para inspirar outros terroristas.

Infecção letal por fungo extermina anfíbios no mundo todo



Os anfíbios são espécies muito ameaçadas. Cerca de 40% das rãs, sapos e outros animais estão em declínio. Esses números vêm caindo há décadas, como resultado de todas as ameaças habituais, incluindo destruição do habitat, poluição, espécies invasoras e mudanças climáticas.

Agora, uma nova pesquisa sobre salamandras acrescenta a história de uma epidemia a esses fatores, conhecida há pouco tempo. Um fungo (conhecido como Bd, apelido de Batrachyochytrium dendrobatidis) é uma das principais causas do colapso generalizado de anfíbios nas últimas décadas.

A doença fúngica mortal e contagiosa chegou pela primeira vez às salamandras mexicanas em 1970. De lá, espalhou-se para a Guatemala e Costa Rica nas próximas duas décadas.

O estudo mostra o quão devastadora essa doença pode ser. Segundo os pesquisadores, até agora, ninguém sabia que esse fungo tinha algum impacto nas salamandras, e muitas estão altamente ameaçadas.

Os cientistas esperam que as descobertas levem a melhores formas de retardar ou impedir a propagação do Bd e surtos semelhantes nos próximos anos. Os esforços de conservação podem agora levar em conta os impactos da doença.

Na década de 1970, os pesquisadores começaram a notar animais que desapareciam das áreas intactas e protegidas, o que os levou a Bd em 1999. Animais infectados com o fungo desenvolvem quitridiomicose. Eles trocam de pele e se tornam letárgicos. Salamandras doentes perdem as caudas. Sapos perdem peso e se tornam tão apáticos que não conseguem se virar mais quando colocados de costas. A morte é questão de semanas.

Desde a descoberta do Bd, os pesquisadores ligaram o fungo ao colapso de populações de rãs e sapos na Califórnia, Austrália, Panamá e Peru. Algumas espécies já foram extintas por causa da doença.

Porém, os cientistas ainda não sabem como, por que e até quando o fungo surgiu na América Central e do Sul. Alguns especialistas acreditam que o fungo sempre esteve ao redor, em níveis baixos, e que algo desencadeou a doença, que começou a se espalhar. Outros argumentam que a invasão foi súbita e, portanto, devastadora para as populações vulneráveis, sem resistência.

Os pesquisadores do estudo atual resolveram descobrir e observaram centenas de salamandras e sapos de museus da Universidade da Califórnia e da Universidade do Texas, nos EUA.

Em vez de pegar amostras do tecido dos anfíbios para análise minuciosa (método tradicional), os pesquisadores esfregaram cotonetes ao longo da pele de cada criatura. Depois, eles analisaram amostras de DNA para procurar por Bd. Com o novo método, eles puderam analisar 100 amostras em seis horas, uma abordagem muito mais rápida.

Os resultados mostraram claramente que a Bd não existia nas amostras coletadas no sul do México antes do início dos anos 1970. Os cientistas explicam que após a chegada do fungo naquela parte do mundo, ele parece ter se espalhado para a Guatemala e Costa Rica nos anos 80.

O aparecimento de Bd em amostras do museu coincidiu com períodos conhecidos de declínio rápido entre os anfíbios em cada área, confirmando a doença como uma das principais causas de mortandade entre anfíbios.

Os pesquisadores ainda não sabem como o Bd veio para as Américas, mas a principal teoria é que o fungo viajou com as rãs-de-unhas-africanas, trazidas da África Subsariana para fins médicos.

Essas rãs, que carregam Bd, mas não ficam doentes, já foram utilizadas como testes de gravidez humanos. Em um tanque com a urina de uma mulher grávida, as fêmeas das espécies começam a ovular em resposta aos hormônios humanos.

Até o momento, não há cura para o Bd. Mas os pesquisadores estão estudando bactérias simbióticas da pele que parecem proteger alguns anfíbios da doença. O novo estudo e sua nova técnica serão muito úteis. Amostragens podem oferecer novas pistas sobre por que alguns grupos sobreviveram à doença e que populações serão mais vulneráveis a ela no futuro.

Segundo os cientistas, mesmo que não haja uma maneira específica de pará-lo agora, saber onde o fungo está e para onde ele vai ajuda, se nada mais, a planejar a proteção de animais (colocá-los em depósitos), ou procurar essa bactéria, ou ainda pedir que geneticistas encontrem uma maneira de “desligar” o fungo e parar a destruição.

Comer tatu causa lepra



Você se depara com um tatu e seu primeiro pensamento é… comê-lo? Caso seja, esqueça. Cientistas descobriram que o contato direto com o animal – incluindo o curioso hábito de ingeri-lo, causa a hanseníase, doença mais conhecido como lepra.

Os cientistas do Governo dos Estados Unidos procuravam uma resposta para um intrigante e misterioso surto de casos de hanseníase no sul do país. A doença, afinal, é difícil de ser contraída, muito mais do que nos tempos bíblicos ou na Idade Média, por exemplo.

Testes genéticos revelaram que a doença antiga ainda pode ser causada ao “manipular frequentemente” tatus – ou comer essa criatura de aparência bizarra, conhecida em algumas regiões dos Estados Unidos como “lombada caipira”. Aparentemente, algumas pessoas apreciam fazer refeições com os animais atropelados na estrada.

Apenas cerca de 150 casos de hanseníase são registrados a cada ano nos Estados Unidos, principalmente de pessoas que tinham estado em lugares como Índia, Brasil e Angola, onde a doença é mais comum.

Porém, o risco de adoecer de um tatu é baixa. A maioria das pessoas expostas a eles não ficar doente com a antiga praga, conhecida cientificamente como hanseníase e agora facilmente tratável.

Tatus são um dos poucos mamíferos que abrigam as bactérias que causam a doença às vezes desfigurante que primeiro aparece como lesões incomuns e irregulares na pele.

Embora a hanseníase seja infecciosa, é difícil de pegá-la. Correm maior risco os familiares que estão em constante contato com uma pessoa não tratada. A hanseníase não pode ser transmitido através do contato casual, como aperto de mão, ou pelo sexo.

A doença é curável através de tratamento precoce de antibióticos antes que ocorram complicações. Os medicamentos matam as bactérias normalmente em poucos dias e as tornam não-contagiosas. Geralmente, leva um ano ou dois para limpar totalmente o germe do corpo.

Se não for tratada, a hanseníase pode causar danos nos nervos tão grave que as pessoas perdem a sensibilidade nos dedos das mãos e pés, levando à deformidade e incapacidade.

Enquanto o germe ataca a pele, as mãos e os pés dos seres humanos, ela tende a infectar o fígado, baço e os linfonodos dos tatus.

Daqui para a frente, se você encontrar um tato por aí, o que deve fazer? “Deixem os animais em paz “, aconselha o pesquisador Richard Truman, do Programa Nacional de Hanseníase. Warwick Britton, da Universidade de Sydney, na Austrália, também dá sua dica: “Evite abraçar tatus”.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Artista transforma cômodos em instalações em 3D



A alemã Heike Weber faz um trabalho de causar inveja a James Cameron e seu “Avatar”. A artista usa dezenas de pinceis atômicos (ou canetas de ponta mais forte e resistente) para transformar completamente um espaço sem graça em um ambiente fascinante e tridimensional.

Ela começa seu trabalho desenhando suas formas cheias de ondas e curvas em folhas de papel e depois passa-os para o piso, o teto e as paredes do cômodo com os canetões. A arte, desta forma, se torna permanente. É difícil imaginar o quanto de paciência é necessária para cobrir espaços inteiros, como os mostrados nas imagens a seguir, usando apenas desenhos à mão. Porém, é por essas e outras que Heike Weber é uma grande artista. E o mais impressionante: algumas das instalações criadas por ela possuem mais de 5 mil metros quadrados.

Além de usar as cores dos pinceis atômicos, a técnica de Weber lhe permite controlar o espaço em branco entre as linhas, criando um mundo tridimensional que de alguma forma parece estar vivo. Se alguém for capaz de viver em um lugar que parece estar constantemente fluindo ao seu redor, está aí uma sugestão para a decoração da sua casa. Use um pincel atômico, inspire-se em Heike Weber e libere seu talento para a arte. O pior que pode acontecer é você ter de contratar um pintor para consertar seus equívocos artísticos.

Novos óculos noturnos oferecem alta resolução e duas vezes mais campo de visão



Óculos de visão noturna são, de acordo com a empresa Photonics SA (fabricante de óculos de visão noturna, naturalmente), uma “tecnologia-chave” que permitiu que os militares dos EUA “dominassem a noite”.

Photonics SA superou alguns dos obstáculos tecnológicos restantes com seu novo produto com Sistema de Visão Noturna de Alta Resolução (ou “HRNVS”, na sigla pouco simples em inglês). A tecnologia nova dobra o campo de visão de óculos de proteção existentes, um benefício real para os pilotos e outros militares que precisam enxergar bem no escuro.

O estranho desenho fornece a cada olho dois sensores de visão noturna, um total de quatro, com esses dois sensores extras acoplados para criar um único display de exibição de alta resolução (embora ainda não está clara exatamente quão “alta”).

O layout das telas permite sua rápida remoção em caso de luz inesperada e, enquanto usados, os óculos fornecem uma visão bastante panorâmica e ininterrupta, ao contrário dos modelos anteriores. Apesar de não serem baseados na visão de insetos, o modela se mostra muito eficaz.

O reforço no campo de visão pode ser a novidade mais importante – pelo menos segundo as exigências de pilotos e outros militares em atividade. O HRNVS goza de uma vista de 82,5 graus, mais que o dobro dos atuais sistemas de visão noturna. Também possui, curiosamente, determinadas habilidades de melhoramento de imagem, aproximadadmente como novas câmara fotográficas digitais podem usar a luz de diferentes maneiras para melhorar a foto. Essas habilidades incluem realce do contraste e do contorno dos objetos, melhoria na resolução da imagem e até mesmo a gravação de vídeo, que é uma novidade para este tipo de sistema.

O sistema HRNVS será mostrado oficialmente a partir de hoje em uma Conferência de Defesa, em Orlando, Flórida. Ainda não está definido quando poderemos realmente ver (ou não) os óculos em ação.

Quando mais cedo uma mulher menstrua, maior a probabilidade de seu bebê ser menina



Segundo um novo estudo japonês, as mães que ficam menstruadas mais cedo têm mais probabilidade de ter um bebê que seja menina.

Mais de 10.000 mães participaram da pesquisa. Elas responderam questões como a idade de sua primeira menstruação e o sexo de seu bebê. Os pesquisadores encontraram diferenças sutis na taxa de sexo das crianças, dependendo de quando a mãe menstruou pela primeira vez.

46% das crianças nascidas de mulheres que iniciaram a menstruação aos 10 anos de idade eram meninos. Este número subiu para 50% quando a mulher começou a menstruar aos 12, e para 53% quando as mulheres entraram na menarca na idade de 14.

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que as mulheres que menstruam antes dos 12 anos têm níveis mais altos do hormônio sexual feminino estradiol. Segundo os pesquisadores, isso pode levar a aborto espontâneo de óvulos fertilizados do sexo masculino.

Especialistas dizem que a teoria é plausível, já que os embriões do sexo masculino são conhecidos por serem mais vulneráveis a desequilíbrios hormonais.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Estudo mostra como as bactérias poderiam gerar ondas de rádio



Pode não ser lá a questão mais importante da ciência atualmente, mas há uma grande controvérsia entre os cientistas se as bactérias podem (ou não) criar ondas de rádio. Agora, uma equipe da Universidade Northeastern, em Boston, Massachusetts, EUA, acredita ter finalmente descoberto o mecanismo supostamente utilizado pelas bactérias para emitir os sinais de rádio.

O estudo da universidade demonstra como o DNA bacteriano poderia ser a fonte de sinais de rádio. O DNA de bactérias, muitas vezes se enrola como um círculo, por onde elétrons livres em movimento podem criar certos níveis de energia. As frequências de transição entre esses níveis de energia, quando modeladas, mostram sinais de radiodifusão de 0,5, 1 e 1,5kHz.

Essas frequências correspondem àquelas medidas em uma colônia de E. coli e publicadas dois anos atrás. Entretanto, o estudo anterior foi muito contestado, com alguns investigadores inclusive negando o trabalho inteiro. Portanto, esta nova descoberta deve botar mais lenha na fogueira no debate latente sobre as bactérias e o que se passa a nível microbiano.

Uma das principais críticas que a pesquisa anterior sobre as E. coli sofreu foi que não havia nenhuma maneira pela qual as bactérias poderiam gerar ondas de rádio. Se elas efetivamente produzem as ondas ou não permanece no ar, porém este novo estudo da Northeastern University apresenta o mecanismo pelo qual isso poderia ser feito.

Novo submarino vai levar tripulação ao ponto mais profundo dos oceanos



A última vez que um submarino viajou com tripulação até a “profundidade desafiante”, o ponto mais fundo da Fossa das Marianas, a cerca de 11 mil metros abaixo da superfície, foi em 1960.

Agora, a façanha está prestes a ser realizada novamente. Os designers do submarino Triton 36.000 querem levar o homem ao local mais profundo do mundo mais uma vez.

Esse é um salto tecnológico para o Triton. Seus submarinos atuais são principalmente concebidos para cientistas e proprietários de iates e só mergulham a profundidades de cerca de mil metros.

Para mover a sua profundidade máxima por uma ordem de grandeza desse tamanho, a equipe teve ajuda da empresa Rayotek Scientific, que redesenhou o compartimento de passageiros do submarino com um novo tipo de material.

O vidro de borosilicato fica mais forte sob compressão, de modo que, quanto mais fundo o submarinho mergulhar, mais forte o vidro fica. Isso até certo ponto, é claro. Antes de levar a tripulação de três pessoas ao ponto mais profundo dos oceanos, o Triton terá que se submeter a testes de pressão pelo menos uma vez e três vezes a pressão da “profundidade desafiante”.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Fotos amadoras identificam rota de um cometa



Aficcionados que costumam tirar fotos do céu, e observar fenômenos astronômicos interessantes, podem se tornar importantes colaboradores da ciência na era da Internet. Dois astrônomos profissionais conseguiram traçar a órbita ainda desconhecida de um cometa, no último mês, graças a uma série de fotos amadoras disponíveis na web às quais eles tiveram acesso.

Um dos astrônomos é da Universidade de Princeton (EUA) e o outro de um instituto astronômico em Heidelberg, na Alemanha. Em outubro de 2007, o cometa 17P/Holmes foi considerado pela astronomia o corpo celeste mais brilhante do sistema solar, o que levou uma legião de curiosos a tentar fotografá-lo.

Usando um simples mecanismo de busca na Internet, eles encontraram 2.476 fotos do Holmes. A partir de um site especializado em astronomia, 1.299 delas foram consideradas fotos noturnas legítimas, nas quais se podia estudar. Calculando onde cada foto situou o cometa no tempo e no espaço, foi possível identificar a rota completa por onde passa o Holmes, e a astronomia agora já conhece sua órbita.

A dupla de astrônomos parece animada com os resultados obtidos. Tanto é que já planejam o próximo trabalho baseado exclusivamente em fotos amadoras da rede mundial. Será para definir o itinerário de outro cometa, o Hayakatuke, que aparece em 3.500 fotos diferentes apenas no site Flickr.

Penas de Albatroz medem a poluição do ar



Phoebastria nigripes é o nome científico do albatroz dos pés negros, ou albatroz patinegro, uma ave marinha que tem no Pacífico Norte o seu habitat natural. Como essa região (equivalente às principais áreas do Hemisfério Norte) já é fortemente industrializada há mais de cem anos, a espécie vem sofrendo há um bom tempo com agressões ao meio ambiente. E cientistas da Universidade de Harvard descobriram que as penas desses pássaros indicam a poluição por mercúrio desde o século passado.

Os cientistas analisaram 54 penas destes pássaros, e as amostras mais antigas datam de 120 anos atrás. Não se encontrou, nas penas, mercúrio em estado original. Pior: o que foi detectado é o metil-mercúrio, uma forma tóxica do metal, que se origina a partir de reações com bactérias. Concentrado, o metil-mercúrio se concentra nos tecidos das aves e é danoso a elas e aos peixes. Ao lado da pesca predatória, que literalmente monta armadilhas aos albatrozes, a poluição por mercúrio é apontada como responsável pelo albatroz patinegro estar em extinção.

As aves que habitam o Pacífico se diferenciam do Atlântico pelo seguinte motivo: o novo “foco poluente” da Terra não é mais a Europa ou a América do Norte, e sim a Ásia. A maior parte das colônias de pássaros habita áreas próximas ao Oceano Pacífico, e as emissões do continente asiático viraram motivo de preocupação.

Por enquanto, a pesquisa aconteceu somente com penas de albatrozes mortos. O próximo passo, segundo os cientistas, é analisar albatrozes vivos, para saber se de fato o metil-mercúrio atrapalha a reprodução das aves ou causa algum outro tipo de impacto ainda desconhecido.

Antidepressivo na gravidez: tomar ou não tomar?



A ciência ainda não foi capaz de resolver definitivamente a seguinte questão: se uma mulher grávida passa a sofrer de depressão, deve tomar algum medicamento que não esteja 100% livre do risco de causar algum dano ao feto, ou “aguentar” a depressão até ter o bebê? A resposta atual é “depende do caso”.

Ainda não há muitos estudos avançados na relação entre antidepressivos e o período de gravidez. De forma geral, não existe nenhum medicamento que seja garantido pelos médicos como absolutamente livre de alterar algo na gravidez. Apesar disso, alguns remédios foram identificados como “quase livres”, não causam nenhum dano aparente ao feto. Além disso, a depressão por si só pode causar problemas ao bebê que vai nascer.

Por isso, a recomendação da medicina é que se avalie cada caso: se a depressão da gestante não for significativa (geralmente é medida pela ansiedade e mudanças bruscas de humor na mulher), pode-se tentar evitar os remédios, não sem antes consultar um doutor. Se, por outro lado, a depressão se apresentar muito forte, deve-se sim procurar um médico e identificar o que pode ser tomado de forma segura.

Um congresso médico nos Estados Unidos, em 2006, apurou que de 14% a 23% das grávidas experimentam depressão durante a gestação. Cerca de 8% das gestantes tomam medicamentos antidepressivos. A maioria dos estudos na área foi feita por uma associação americana não-lucrativa que orienta grávidas sobre manutenção da saúde nesse período.

Entre os riscos de se tomar alguns medicamentos, estavam causar algum defeito cardíaco no bebê (associado ao remédio Paxil), ou problemas pulmonares (relacionados ao Paxil, Zoloft ou Prozac), mas há dois atenuantes. O primeiro é que apenas metade dos estudos realizados indicou tais chances de problemas. Além disso, nenhum dos riscos identificados foi superior a 1%, ou seja, uma taxa quase desprezível.

Outro ingrediente que se adiciona a esse dilema é o seguinte: interromper a ingestão de um remédio durante a gravidez também pode ser um problema. A mesma pesquisa constatou que o terceiro trimestre da gravidez é crítico para qualquer perturbação: se a mulher já tomava um medicamento e o deixa de fazer nos últimos três meses, pode ter uma depressão pós-parto muito mais acentuada. E como a depressão por si só também acarreta problemas, nem sempre é bom simplesmente evitar qualquer medicamento.

Uma boa saída, para quem optar por não tomar remédios, são terapias. Relaxamentos, medicamentos naturais e cochilos são boas opções para combater depressão leve ou moderada, sem correr qualquer risco de prejudicar seu bebê.

Descoberta da AIDS completa trinta anos, mas a doença existe há mais de cem



O primeiro caso de AIDS identificado no mundo ocorreu em junho de 1981, com cinco jovens homossexuais em Los Angeles (EUA). O acontecimento fará aniversário de trinta anos daqui a menos de dois meses. Apesar disso, já se descobriu que o vírus HIV circula entre os seres humanos há mais de cem anos. Uma dúvida freqüente da ciência é justamente o motivo pelo qual a medicina demorou mais de sete décadas para identificar corretamente o vírus da AIDS.

O caso dos rapazes de Los Angeles foi inicialmente identificado como pneumonia. Três meses depois do primeiro diagnóstico, exames revelaram a presença de um retrovírus que ataca diretamente as células do sangue. Quando foi mais bem conhecido, o vírus foi nomeado “human imunodeficiency virus”, o HIV.

Pouca gente conhece o SIV (simian imunodeficiency virus), que é um “equivalente” entre os macacos do causador da AIDS. A teoria mais aceita para o surgimento da AIDS entre os humanos é que o vírus ingressou na nossa espécie a partir de aldeias no Oeste da África, que se alimentavam de macacos.

Duas amostras de sangue, coletadas há 50 anos (mas analisadas apenas em 2008), deram essa resposta. Na República Democrática do Congo (RDC, ex-Zaire), examinaram uma amostra de 1959 e outra de 1960, e ambas continham o vírus. Observando os genes contidos no sangue, remontaram o surgimento do vírus entre 1902 e 1921, ou seja, no mínimo há 90 anos já havia portadores do HIV.

A partir dessas amostras e de exames subseqüentes, foi possível traçar o provável caminho que o HIV percorreu pelo mundo. Deixando a África Subsaariana, migrou com algum viajante para o Haiti, e chegou aos Estados Unidos em 1969, onde seria descoberto doze anos depois. É a baixa ocorrência do vírus, segundo um cientista britânico, o que explica a demora da ciência em descobrir o vírus. Estima-se que apenas 4000 pessoas continham o vírus em toda a África no início dos anos 60, data das amostras, ou seja, foi como uma agulha no palheiro encontrar duas pessoas portadoras entre milhões de amostras.

Os cientistas admitem, de maneira geral, que não seria mesmo fácil detectar o vírus HIV. Quando os quatro jovens em Los Angeles foram identificados como portadores em 1981, já havia nada menos do que 100.000 casos não esclarecidos da doença só nos Estados Unidos. Na África, onde a medicina ainda é bem mais atrasada hoje, imagine há cinquenta anos, não é surpresa que o HIV tenha passado setenta anos sem ser identificado.

Refris dietéticos e adoçantes não aumentam risco de diabetes



Nos últimos vinte anos, houve um boom no mercado de produtos dietéticos. Versões diet, light e adocicadas artificialmente passaram a fazer parte do vocabulário corrente do consumidor, mas a medicina esteve sempre com um pé atrás. Pesquisas de diferentes cientistas afirmavam que estes produtos aumentavam o risco de diabetes. Mas um recente estudo da Universidade de Harvard desmente essa premissa.

Os pesquisadores afirmam que, embora não devam ser consumidas em excesso, as bebidas diet são de fato uma boa alternativa para quem quer perder peso, e não têm nenhum grande efeito colateral. De acordo com os cientistas de Harvard, os estudos anteriores que apontaram bebidas dietéticas como causadoras de diabetes foram precipitados: verificaram que a maioria dos portadores da doença consumia produtos diet, e vice-versa, e associaram os dois fatores sem que houvesse uma ligação comprovada.

A pesquisa, desta vez, analisou mais de 40.000 homens adultos, de 1986 a 2006, comparando seus dados médicos e hábitos alimentares. Entre os dados analisados, estava a quantidade e regularidade do consume de dietéticos.

De maneira geral, dos 40.000 pesquisados, 7% foram diagnosticados com diabetes durante os vinte anos da pesquisa. Primeiro dado: os homens que bebiam uma ou mais doses de bebidas dietéticas por dia tinham 16% a mais de ocorrência de diabetes do que aqueles que não bebiam. Segundo dado: os participantes que mais consumiam os dietéticos também eram aqueles que mais consumiam refrigerantes regulares.

Então, resolveram analisar aqueles que tinham situação crítica em outros indicadores de saúde, tais como pressão sanguínea, colesterol e massa corporal. Neste grupo, a incidência de pessoas que bebiam dietéticos era ainda maior, ou seja: as pessoas contraem diabetes por conta dos indicadores ruins (pressão, colesterol, peso), e são essas que tendem a consumir mais dietéticos. Mas não é o consumo deles que aumenta o risco.

Apesar disso, os médicos reiteram a orientação de não abusar de produtos diet. Ainda que não contribuam para a diabetes, em excesso podem ocasionar uma série de outros problemas de saúde – alguns já provados, outros ainda não.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Americana tem orgasmos quando come seus alimentos preferidos




Gabi Jones, americana de 25 anos, sofre de um raro distúrbio. Devemos ficar tristes por ela? Não tenho certeza.

Os médicos diagnosticaram Gabi com distúrbio de excitação genital persistente, que a leva a ter orgasmos sem qualquer excitação sexual. Na verdade, ela tem orgasmos cada vez que come seus alimentos preferidos.

A jovem experimentou seu primeiro orgasmo “alimentar” na adolescência, enquanto desfrutava de um sorvete. Gabi ainda lembra a textura lisa do sorvete em sua língua, quando sentiu um formigamento na área genital.

Segundo ela, a pressão continuou até alcançar seu corpo todo. Ela sentiu tontura e ficou vermelha. Apesar de impressionada com o que tinha acabado de acontecer, Gabi não teve dúvidas: aquilo era um orgasmo.

Todos os amigos de Gabi achavam que ela estava inventando tudo isso. Ainda assim, cada vez que ela comia sobremesas deliciosas, sentia o formigamento entre as pernas.

Talvez outra pessoa teria se sentido um pouco preocupada. Já Gabi, comprou uma máquina de fazer sorvete para poder curtir orgasmos a qualquer momento que quisesse.

Gabi engordou 94,8 quilos nos últimos cinco anos. Atualmente, ela pesa 222,26 quilos, mas se diz perfeitamente feliz com sua aparência. Com 17 anos, os médicos lhe alertaram que ela era geneticamente disposta a ser obesa; desde então, ela parou de se ver como gorda e feia, e decidiu aceitar o fato de que era grande e bonita.

Mais do que isso: Gabi se aproveitou das coisas que mais gostava em si mesma. Ela havia notado que alguns homens se sentiam atraídos para ela, e uniu sexualidade com seu amor por comida.

Quanto mais quilos ela ganhava, mais se sentia sexy, mais orgasmos tinha. Em um determinado momento, Gabi passou a ganhar dinheiro a partir de sua paixão por comida: criou um website (www.GainingGabi.com), onde milhares de homens pagam cerca de 25 reais por mês para ver ela se encher de comida até ter um orgasmo.

Gabi não come para dar prazer aos homens que gostam de assisti-la. Ela faz isso pelas mulheres gordas de todo o mundo, na tentativa de ajudá-las a se sentirem bonitas e sexys. Segundo Gabi, as pessoas que a insultam, chamando-a de gorda e insalubre, não sabem do que estão falando; apesar do fato de ela ter obesidade mórbida, ela é perfeitamente saudável, o que é mais do que se pode dizer de muitas pessoas magras.

E você? Gostaria de saborear refeições como experiências sexuais?

Zebras podem ser catalogadas por “código de barras”



Quando você visita um zoológico, não é nada fácil diferenciar, digamos, uma zebra de outra, certo? Todas parecem iguais para quem não as estuda. Mas biólogos experientes conseguem distinguir um indivíduo animal de outro, observando sinais característicos, tal como pais de gêmeos sabem identificar facilmente os seus rebentos. Pois a tecnologia está dando um passo para facilitar ainda mais a vida dos cientistas: fotos de zebras poderão ser convertidas em uma espécie de código de barras, pela qual a identificação pode ocorrer imediatamente.

O mecanismo, concebido como um algoritmo computadorizado, é chamado de “StipeSpotter” (literalmente, “identificador de listras”). Foi desenvolvido por uma parceria entre duas universidades americanas, a de Chicago e a de Princeton. A partir do programa, será possível catalogar todas as zebras existentes no planeta.

Tal catalogação vai contar com a ajuda de qualquer usuário. Quando você estiver lá na África, fazendo um Safári, pode observar grupos de zebras em seu habitat natural. Basta ter uma câmera digital e um computador onde o software possa ser instalado. Você tira a foto da zebra, posta ela no programa, ele “decodifica” as listras da zebra e ela entra no banco de dados do “StipeSpotter”. Com o tempo, os desenvolvedores do programa vão saber a localização momentânea de todas as zebras do mundo, bastará acessar o sistema.

E o uso do programa para as zebras, segundo os pesquisadores, é apenas o primeiro passo. Eles afirmam que tal tecnologia poderá ser aplicada para diferenciar qualquer animal de listras, tal como tigres e girafas. Será uma medida útil para facilitar o monitoramento de zoológicos e parques naturais.

Políticas anti-bullying nas escolas diminuem frequência de suicídio entre jovens gays



Adolescentes gays, lésbicas ou bissexuais têm cinco vezes mais chances de cometer suicídio do que jovens heterossexuais. Porém, um ambiente favorável na escolas e na comunidade – o que, infelizmente, não acontece sempre – pode fazer a diferença, sugere uma nova pesquisa.

O suicídio é a terceira principal causa de morte de jovens entre 15 a 24 anos – e os adolescentes gays, lésbicas ou bissexuais (LGB) são mais propensos a tentar o suicídio, de acordo com os autores do estudo.

Liderado por Mark Hatzenbuehler, da Universidade de Columbia, Estados Unidos, os pesquisadores entrevistaram mais de 30 mil alunos do Ensino Médio em onze diferentes municípios no estado do Oregon. Os resultados mostraram que cerca de 20% dos adolescentes GLB haviam tentado cometer suicídio nos 12 meses anteriores à pesquisa, enquanto a taxa entre os heterossexuais foi de apenas 4%.

Os autores também analisaram o ambiente em que o aluno está inserido. Eles estudaram as iniciativas por parte da escola – como políticas específicas anti-bullying contra homossexuais ou políticas anti-discriminação -, a união entre gays e heterossexuais – grupos de estudantes que trabalham para aumentar a tolerância entre os jovens homossexuais e heterossexuais, por exemplo -, a presença de casais do mesmo sexo na área e as tendências políticas do município.

Jovens GLB jovens que vivem em um ambiente social mais favorável aos homossexuais – com políticas anti-discriminação, por exemplo – têm 25% menos probabilidade de tentar suicídio do que aqueles que vivem em ambientes desfavorável​​. Surpreendentemente, um ambiente de apoio ao gays também tem consequências positivas aos heterossexuais: jovens héteros possuem 9% menos chances de tentar tirar a própria vida.

“Os resultados deste estudo são bastante atraentes”, avalia Hatzenbuehler. “Quando a comunidade oferece apoio ao jovem gay e as escolas adota medidas anti-bullying e políticas anti-discriminação que, especificamente, protegem esses adolescentes, o risco de tentativa de suicídio cai para todos os jovens, especialmente os GLB”.

Um estudo publicado no ano passado mostrou que o apoio dos pais também pode desempenhar um importante papel no bem-estar de adolescentes gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. Publicado no Jornal da Psiquiatria Infantil e Adolescente, o estudo aponta comportamentos específicos dos pais, tais como a defesa de seus filhos quando eles são maltratados devido à sua identidade GLBT e o apoio de sua expressão sexual, estão ligados a um menor risco de depressão, abuso de drogas, pensamentos suicidas e até mesmo tentativas de suicídio na idade adulta.

Segundo os pesquisadores, as escolas devem iniciar e apoiar estes tipos de políticas de apoio e alianças entre gays e heterossexuais. “A boa notícia é que este estudo sugere um roteiro de como podemos reduzir as tentativas de suicídio entre jovens gays, lésbicas e bissexuais”, comemora Hatzenbuehler. “O estudo mostra que a escola que cria um ambiente confortável para os jovens gays acaba ajudando os héteros também. Foram encontrados melhores resultados na saúde de todos os jovens”, completa.

Biólogos encontram infecção dentária em réptil pré-histórico



Qual foi o primeiro animal da história do Planeta Terra a sofrer com dor de dente? Cientistas da Universidade de Toronto Mississauga (Canadá) parecem ter a resposta: um ancestral de réptil que viveu há 275 milhões de anos. A descoberta foi feita a partir de um fóssil encontrado em Oklahoma, nos EUA.

Os cientistas notaram que o fóssil apresentava sinais de infecção dentária. A teoria mais aceita é que tal infecção tenha sido causada devido à adaptação de tais répteis, que viviam no mar, para o meio terrestre. Com a alimentação sendo composta por novos tipos de carne e vegetais, pode ter havido alguma má reação do organismo bucal.

Este réptil, chamado de Labidosaurus hamatus, quebra o recorde de “infecção bucal mais antiga”, que datava de 200 milhões de anos atrás. O fóssil em questão, devido à forma e ao tamanho, era provavelmente de um adulto. Os cientistas afirmam que a análise de tais infecções pode fornecer muitas respostas sobre evolução animal. Sobre como os dentes das espécies foram se adaptando aos novos meios de vida. Além disso, é possível deduzir causas da morte e possíveis outras doenças contraídas pelos répteis, à época.

Os biólogos acreditam que se tratava de uma infecção grave, já que havia um feio buraco no meio da arcada dentária do animal. Como os dentes dessa espécie não crescem novamente, é provável que o animal nunca tenha conseguido se alimentar normalmente depois da infecção. Tal adaptação, de acordo com os pesquisadores, deve ter ocorrido com uma série de espécies até que as arcadas dentárias de animal terrestre se assemelhassem umas com as outras e se caracterizassem como tais.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Fertilização in vitro aumenta chance de complicações para os bebês



Segundo um novo estudo, bebês concebidos através de fertilização in vitro (FIV) são significativamente mais propensos a sofrer complicações.

Os pesquisadores afirmam que isso não é devido a defeitos genéticos, mas sim porque os procedimentos de fertilização in vitro frequentemente produzem gêmeos, trigêmeos ou outros múltiplos, e múltiplos são mais propensos a nascer prematuramente e, portanto, a sofrer complicações mais tarde.

Nesse procedimento, os óvulos são fertilizados com espermatozóides em laboratório. Poucos dias depois, quando os ovos fertilizados desenvolverem massas multi-celulares, um ou mais destes embriões são transferidos para o útero de uma mulher.

Nos EUA, entre as mães com menos de 35 anos, 10% tem um único embrião transferido, e 90% tem dois ou mais. As mulheres com mais de um embrião transferido não terão necessariamente múltiplos. Mas, quando mais de um embrião é transferido, elas são mais propensas a engravidar.

Em comparação com gestações naturais, também é muito mais provável que elas acabem esperando gêmeos ou trigêmeos. Isso é o que coloca esses bebês em risco: com trigêmeos, a taxa de prematuridade está muito próxima de 100%, e com gêmeos, a taxa é cerca de 70%.

No Canadá, embora os procedimentos de fertilização in vitro somem apenas 1% dos nascimentos, 17% dos bebês internados em UTIs (unidades de terapia intensiva) neonatais são bebês FIV.

Bebês prematuros correm riscos graves de saúde. Provavelmente a maioria dos recém-nascidos internados em UTIs está lá por causa de complicações relacionadas à prematuridade.

Os problemas de saúde enfrentados por esses recém-nascidos prematuros colocam uma enorme carga sobre o sistema nacional de saúde do Canadá. Segundo pesquisadores, a implantação de uma política que obrigasse a transferência de apenas um embrião em procedimentos de FIV reduziria drasticamente os custos com terapia intensiva neonatal (a estimativa de economia anual é de aproximadamente 63 milhões de reais).

Vários países europeus, que tem os cuidados com saúde nacionalizados (ou seja, que bancam o sistema de saúde para a população) instituíram a política do único embrião. Em Quebec, Canadá, a regra foi implementada ano passado para mães abaixo de 35 anos, e diminuiu o número de gestações gemelares resultantes de fertilização in vitro de 30 a 3,8% (e nenhum trigêmeo).

Os Estados Unidos não têm cuidados de saúde nacionalizados, assim a fertilização in vitro não coloca grande custo sobre o governo ou sobre as companhias de seguros. Os custos são assumidos principalmente pelos próprios pacientes, como em muitos outros países.

Custos de lado, porém, a expectativa de vida infantil ainda pode ser salva pela política do único embrião. Nos EUA, essa exigência poderia evitar a morte de 700 gêmeos e trigêmeos prematuros por ano, de um total de cerca de 41.000 nascimentos de FIV.

A desvantagem é que as mães com baixas chances de engravidar sofreriam com a lei do único embrião. O número de nascimentos múltiplos diminui, mas as taxas de sucesso também diminuem significativamente.

Pesquisas médicas, ao invés de políticas públicas, é que deveriam resolver o problema. Segundo os pesquisadores, a regulamentação rigorosa certamente é uma forma de alcançar a meta de redução de incidência de nascimentos múltiplos decorrentes de fertilização in vitro, mas seria injusto penalizar muitos casais, impedindo-os de ter filhos.

Grande parte das pesquisas no campo é direcionada a encontrar métodos para a seleção de embriões ideais, de modo a reduzir ainda mais o número médio de embriões transferidos sem diminuir significativamente a probabilidade de uma gravidez bem sucedida. Essa seria a melhor solução.

Como os GPS encontram as melhores rotas?



A era dos mapas em papel já era. Hoje em dia, a moda é usar um localizador de rotas, como um GPS ou mapas online (como o Google Maps) para decidir suas rotas.

Cada um deles pode dar resultados diferentes, diversas opções de rotas. A variação de tempo entre esses caminhos pode chegar a mais de uma hora. A explicação é que alguns são adaptados para as condições de tráfego, mas será?

Nem sempre eles mostram o melhor caminho. Mas como é que estes aparelhos e aplicativos encontram os caminhos que a gente quer? O básico é que ele primeiro supõe que você dirige legalmente, contam a distância de onde você está até onde quer ir, fazem cálculos padrão para quanto tempo alguns imprevistos podem acrescentar a essa rota, e em seguida verificam essas amostras com percursos reais.

Eles procuram o caminho mais curto entre as vias rodoviárias disponíveis, e, em seguida, se referem a um banco de dados de vias principais, e elegem o “menor melhor caminho”.

Dessa forma, as variações tendem a ser proporcionalmente maiores onde menos trechos do percurso são em estradas principais.

Também há uma questão pessoal: entre as opções que lhe estão disponíveis, você escolhe o localizador de rotas que oferece a viagem mais rápida, mais lenta, ou média? Se você acha que é possível que algum deles saiba um caminho melhor, faz sentido escolher o mais rápido.

Mas como isso pode acontecer? A distância é a distância, a viagem vai levar o tempo que tiver que levar. Isto não muda só porque um localizador pensa o contrário.

Fica a questão se a esperança, comum em muitas áreas da vida, faz diferença. Em outras palavras, nós escolhemos aquilo que achamos que vai acontecer.

Existem pessoas que se gabam, dizendo que fizeram uma viagem mais rápida do que realmente foi (viu como sou bom?), ou mais lenta do que realmente foi (olha o trabalho que tive para chegar aqui). Infelizmente, medida é outra coisa. A medição, como todos nós sabemos, depende também de quem está medindo.

Cientistas descobrem área do cérebro relacionada com o constrangimento



Segundo um novo estudo, o sentimento de vergonha, que vem com experiências como assistir um vídeo antigo que lhe mostra cantando, é isolado em um tecido no fundo de seu cérebro.

Os pesquisadores queriam detectar a parte do cérebro no controle do constrangimento. O centro de constrangimento é focado em uma área chamada córtex cingulado anterior pregenual; este tecido reside profundamente dentro do cérebro, acima e à direita.

A região é fundamental na regulação de muitas funções automáticas do corpo, como batimentos cardíacos, sudorese e respiração. Também participa de várias funções relacionadas com o pensamento, incluindo emoções, comportamentos de busca da recompensa (como os envolvidos no tratamento de dependências) e tomada de decisão. Tem um duplo papel em ambas as reações motoras e viscerais.

Em pessoas que apresentam baixos níveis de constrangimento, incluindo aquelas com demência, essa região do cérebro é menor do que o normal. Ela é essencial para esse tipo de reação. Quando você perde a área, perde a resposta ao sentimento de vergonha.

O tamanho e a forma das regiões do cérebro têm sido associados com diferenças de personalidade. Os cientistas acreditam que quanto maior for uma região particular do cérebro, mais poderosa são as funções associadas a ela.

Por exemplo, os extrovertidos têm grandes centros de processamento de recompensas, enquanto as pessoas ansiosas e auto-conscientes têm grandes centros de detecção de erro. Muitas pessoas altruístas têm áreas maiores associadas com a compreensão de outras crenças.

As pessoas com demência tendem a ter baixos níveis de constrangimento, mesmo quando se assistem cantando a todos ouvidos hits bregas do passado. Muitas coisas que os pacientes dementes fazem, como dar massagens a estranhos ou comer comida do prato dos outros, parecem não constrangê-los.

Quando os pesquisadores escanearam seus cérebros, notaram que quanto menos auto-consciente e envergonhado os participantes eram, menor era a região em seu córtex cingulado.

A digitalização desta região do cérebro poderia ajudar a diagnosticar essas condições mais cedo. Doenças que surgem com demências, como o Alzheimer, são difíceis de serem detectadas.

Mudanças comportamentais e sociais tendem a acontecer antes de outros sintomas que se manifestam mais claramente. Segundo os cientistas, uma melhor compreensão das alterações emocionais que ocorrem nestas doenças poderia ser útil para detectá-la quando o diagnóstico ainda não é tão óbvio.

Energia solar pode ser melhor aproveitada a custo acessível



Hoje em dia, a humanidade só aproveita uma minúscula fração dos estimados 12,2 bilhões de quilowatts-hora de energia solar que atingem a Terra por dia.

Por que não estamos usando toda essa energia? Porque ainda não existem métodos de utilização dela a custo acessível. A tecnologia solar atual se baseia em células solares, muito caras e com problemas de durabilidade.

Agora, um novo avanço no campo promete energia solar sem as caras células. A tecnologia se baseia em um princípio da física, anteriormente considerado “inútil”.

A luz tem dois componentes: magnetismo e eletricidade. Todas as células solares atualmente utilizam os efeitos da luz elétrica. A natureza magnética dos fótons foi julgada demasiada fraca para ser de alguma utilidade.

Mas havia quem fosse fascinado por essa propriedade. Alguns cientistas, como Stephen Rand, se perguntavam se o magnetismo não poderia ser tão útil quanto a eletricidade.

Durante suas pesquisas, ele descobriu algo inesperado; uma interação muito estranha que os cientistas não achavam ser possível, e que por isso foi ignorada por mais de 100 anos.

Quando a luz passa através de um material altamente isolante, a sua saída normalmente fraca magneticamente é profundamente multiplicada, e produz um campo magnético relativamente forte.

Na verdade, o campo é 100 milhões de vezes mais forte do que o esperado; forte o suficiente para produzir o tipo de efeito magnético necessário para a geração de energia.

O efeito magnético vem de um único tipo de “retificação ótica”. Retificação ótica é um termo da física que se refere ao que a luz faz quando entra em determinados materiais.

Anteriormente, o tipo mais conhecido de retificação ótica era a separação de cargas que a luz cria ao passar em certos tipos de materiais cristalinos. Este efeito produz uma tensão elétrica e é a base das células solares modernas.

Stephen descobriu um tipo radicalmente novo de retificação ótica. Em certos materiais, o campo magnético da luz era forte o suficiente para dobrar as cargas elétricas em uma forma de “C”.

Ou seja, o campo magnético começa a curvar os elétrons em forma de “C”. O movimento da carga gera tanto um dipolo elétrico quanto um dipolo magnético. Se houver muitos dipolos em uma fileira de fibra longa, pode-se criar uma tensão enorme. Essa tensão pode ser usada como fonte de energia.

Como tudo que é bom demais para ser verdade, há um porém. A fim de apresentar este efeito, a luz deve ser mostrada em um isolador de vidro. Vidro, no entanto, precisa de luz incrivelmente intensa para produzir esse efeito; 10 milhões de watts por centímetro quadrado. A luz solar normal produz cerca de 0,012 watts por centímetro quadrado quando brilha.

Uma solução seria a criação de um hardware para aumentar a intensidade da luz solar, semelhante à técnica usada em células solares, mas mais simples e barata. Utilizando novos materiais, a intensidade necessária para o efeito pode ser possível. A eficiência de conversão pode provavelmente atingir 10%, o mesmo das células atuais, mas os custos associados são muito menores, pois não precisa de materiais raros (vidro é suficiente) e não depende de processos caros, como fabricação de semicondutores.

A equipe pretende continuar estudando e melhorando o método, e afirma que a tecnologia pode um dia se transformar em uma fonte de energia lucrativa.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Clínica afirma curar câncer e autismo com fumaça de tabaco



Pode? A clínica Gryia Balur, da Indonésia, em vez de afirmar, como a maior parte dos médicos, que a fumaça de tabaco é fonte de inúmeras doenças, diz que ela é a cura! E não é a cura de qualquer doença mas sim de câncer, enfisema e até autismo.

Se isso acontecesse por aqui, no ocidente, seria um escândalo, mas lá na cidade de Jacarta a clínica é um dos centros médicos mais freqüentados. A Dra Gretha Zahar, fundadora da clínica, afirma que já tratou mais de 60mil pessoas de todas as regiões do mundo nos últimos 10 anos.

O tratamento para enfisema e câncer é, basicamente, receber o sopro de “cigarros divinos” através de um tubo na orelha, nariz ou na boca. O tubo liberaria os radicais livres que causam as doenças enquanto a fumaça faz com que o mercúrio.

Segundo Gretha, ela não precisa que suas teorias sejam reconhecidas já que não tem dinheiro para combater as ideias dos médicos ocidentais.

Apesar de 400 mil pessoas na Indonésia morrerem todos os anos por causa do cigarro, ainda há fazendeiros e fabricantes que querem derrubar a lei que diz que o tabaco faz mal à saúde. Eles até tentam fazer com que as pessoas acreditem que o fumo é uma alternativa barata para tratamentos de saúde, usando as teorias da Dra. Gretha.

Estar com uma pessoa mais jovem lhe faz parecer muito mais velho



Não tente ficar perto de alguém mais jovem para parecer melhor; isso na verdade só piora a situação. Segundo um novo estudo, ser visto com alguém mais jovem (não importa se é um parceiro, um amigo ou parente) ressalta, em vez de disfarça, a diferença de idade.

Por exemplo, um homem maduro ao lado de uma mulher que tem a metade de sua idade faz com que os outros estimem que ele seja muito mais velho do que realmente é, justamente por causa da diferença óbvia entre o casal.

O oposto também é verdadeiro. Péssimo para o mais velho, mas o mais jovem sai ganhando: se quiser parecer mais novo do que é, você deve ser visto com colegas ou familiares mais velhos.

A conclusão foi de um estudo que pesquisou a percepção humana; como as pessoas estimam a idade dos outros? Um fator é certamente quem está ao seu lado.

Se as pessoas vêem alguém sozinho, a maioria dos observadores atentos é razoavelmente bom em estimar a idade desse alguém. O mesmo se aplica quando há um grupo onde todos têm basicamente a mesma idade.

Mas, se no grupo há pessoas mais velhas e mais jovens, essa diferença é exagerada, e aqueles que tentam adivinhar a idade do indivíduo erram “consistentemente”.

Nos testes, voluntários de todas as idades viram uma série de fotos de pessoas que também eram de várias idades. Em um deles, os participantes viram uma sucessão de fotos de pessoas idosas, seguida por uma foto de uma pessoa de meia idade que eles tinham de acertar a idade.

Os palpites variaram, mas a maioria estimou a idade dessa pessoa como “substancialmente menor” do que a realidade. A idade e o sexo da pessoa que fez a suposição não fizeram nenhuma diferença. Da mesma forma, Hugh Hefner, o fundador da Playboy, pode estar em má aparência por estar sempre cercado de loiras muito mais jovens.

Quando os humanos começaram a se vestir?



Como traçar a evolução dos piolhos poderia ajudar a entender a cultura humana? Bom, foi assim que pesquisadores da Universidade da Flórida descobriram que os seres humanos começaram a usar roupas aproximadamente 170 mil anos atrás, a fim de migrar para fora da África.

Em 2003, um geneticista alemão conduziu um estudo sobre piolhos que concluiu que os seres humanos começaram a usar roupas aproximadamente 107 mil anos atrás. Agora, os pesquisadores americanos surgem com uma nova estimativa.

Os piolhos foram utilizados neste estudo porque “encalham” em linhagens de hospedeiros por longos períodos de tempo. Alterações no parasita permitem aos pesquisadores entender as mudanças no tempo evolutivo.

O objetivo dos cientistas era encontrar um método para localizar quando os seres humanos poderiam ter começado a usar roupas. Como os piolhos são tão bem adaptados ao vestuário, os pesquisadores sabiam que eles certamente não existiam até que a roupa surgiu nos seres humanos.

Os pesquisadores usaram conjuntos únicos de dados de evolução dos piolhos e dos humanos a fim de fazer a sua nova estimativa de 170 mil anos. Eles concluíram que os humanos modernos começaram a usar roupas 70.000 anos antes de migrar para latitudes mais altas e climas mais frios.

Essa migração ocorreu há cerca de 100.000 anos atrás. Além disso, o estudo descobriu que os humanos só começaram a usar roupas muito tempo depois de perderem seus pêlos corporais, o que ocorreu cerca de 1 milhão de anos atrás, de acordo com a investigação genética de coloração da pele.

Segundo os pesquisadores, é interessante pensar que os seres humanos foram capazes de sobreviver na África centenas de milhares de anos sem roupa e sem pêlos no corpo, e que não foi até o momento em que os humanos modernos se deslocaram para fora da África que eles começaram a se vestir.

O novo estudo tem alguns pontos fracos, entretanto. Os hominídeos arcaicos não deixaram para trás piolhos. Assim, o estudo não leva em conta que os hominídeos arcaicos, que não moravam na África, poderiam ter se vestido em torno de 800 mil anos atrás.

Os pesquisadores notam que os fatores que ajudaram os seres humanos a sobreviver, anos mais tarde, foram as tecnologias como o uso controlado do fogo, a habilidade de usar roupas, e estratégias de caça e ferramentas de pedra novas.

Especialistas concordam que o estudo é bem consistente. Os resultados mostram uma data inesperadamente antiga para o uso da roupa, muito mais velha do que as mais antigas evidências arqueológicas, mas faz sentido.

Os seres humanos modernos, provavelmente, começaram a fazer roupas depois de experimentarem as condições da Era do Gelo, 180 mil anos atrás. Somente se vestindo em base regular, os seres humanos se manteriam aquecidos enquanto expostos a tais condições.

Menino perdido é encontrado graças ao Twitter



E quem disse que o twitter não serve para nada? Um menino perdido, de 16 anos, conseguiu voltar para casa graças à rede social. O caso aconteceu em Dharan, na Arábia Saudita – o rapaz foi encontrado três horas depois do anúncio ter sido postado na rede.

Os usuários @Modhayan e @Omar_Othman postaram fotos e informações sobre como entrar em contato com a família do rapaz. A informação se espalhou rapidamente pelo twitter, através da hashtag #FaisalDH.

Ainda não há muitos detalhes sobre o desaparecimento dele, como aconteceu e onde ele foi encontrado, mas @Modhayan ficou em uma posição de Top Twitter, que mostra os tweets mais influentes da rede, apesar de ter apenas uns 300 seguidores.

domingo, 10 de abril de 2011

Exercício físico durante a gravidez melhora o coração da mãe e do bebê



Alguns estudos já haviam concluído que exercício durante a gravidez beneficia a mãe, mas agora uma nova pesquisa mostra que não apenas o coração da mãe melhora, mas o coração do bebê também.

Os resultados sugerem que exercícios durante a gravidez é a primeira coisa que uma mãe pode fazer para melhorar a saúde cardiovascular de seu bebê após o nascimento.

A exposição ao exercício materno influenciou a maneira como o sistema nervoso e o coração da criança se desenvolveram, de modo que mesmo depois que o bebê nasce e não é mais exposto aos exercícios, ainda há diferenças; ou seja, o coração já nasce saudável.

O estudo envolveu 61 mulheres grávidas. Tanto a mãe quando o bebê tiveram sua função cardíaca avaliada durante e após a gravidez. As mulheres variaram em quantidade e tipo de exercício realizado, incluindo caminhadas, corridas, ioga e musculação.

O exercício regular durante a gravidez diminuiu a frequência cardíaca do feto e esse efeito persistiu por um mês após o nascimento. A frequência cardíaca baixa indicou que o coração do bebê estava em boa saúde, da mesma forma que um adulto que acabou de treinar.

As mulheres que se exercitaram pelo menos 30 minutos por dia, três dias por semana tiveram fetos com menor frequência cardíaca em comparação com as mulheres que não se exercitaram. As diferenças entre estes grupos foram vistas ainda um mês depois que o bebê nasceu.

Bebês de mães que se exercitaram também apresentaram maior variabilidade de frequência cardíaca, uma medida que indica o coração é melhor controlado pelo sistema nervoso.

No entanto, para saber se os benefícios cardíacos duram mais de um mês e levam a uma redução do risco de doenças cardiovasculares são necessários mais estudos, que acompanhem os bebês por várias décadas e observem possíveis desfechos clínicos, como a ocorrência de um ataque cardíaco.

Os pesquisadores ainda não sabem como o exercício durante a gravidez beneficia o coração do feto. Pode ser que um fator hormonal ou de crescimento produzido pela mãe durante o exercício atravesse a placenta e estimule o desenvolvimento do bebê.

O estudo é mais um de um corpo crescente de pesquisa sobre os benefícios do exercício durante a gravidez. A atividade pode aliviar dores nas costas, a pressão arterial e melhorar o humor da mãe. A maioria dos tipos de exercício (corrida, musculação, natação) é seguro para mulheres grávidas saudáveis. No entanto, alguns tipos de exercício não são recomendados porque podem prejudicar o bebê, como mergulho, que poderia privar o feto de oxigênio.

Ondas cerebrais podem ser usadas mover cursor do computador



Cientistas trabalham no desenvolvimento de um cursor na tela do computador pode ser controlado usando apenas o pensamento do usuário. Os sinais do cérebro já haviam sido transformados em movimento ou até mesmo imagens antes, mas a pesquisa atual mostra uma técnica inovadora chamada de eletrocorticografia, que se utiliza de sinais de controle vocálicos do cérebro.

Nessa técnica, sensores são colocados diretamente sobre a superfície cerebral. Os autores da pesquisa, publicada na Revista da Neuroengenharia, garantem que trata-se da criação de uma melhor “interface cérebro-computador” para os deficientes.

Um grande número de estudos dos últimos anos fez uso do eletroencefalograma, ou EEG, geralmente usado como um “capacete” com eletrodos que captam os campos elétricos produzidos pelos neurônios. A técnica tem sido utilizada para guiar cadeiras de rodas eléctricas ou mesmo brinquedos, baseado unicamente na vontade do usuário.

No entanto, com o eletroencefalograma, perde-se uma grande quantidade de informações preciosas que estão disponíveis mais perto do próprio cérebro, diz o principal autor do estudo, Eric Leuthardt, da Universidade de Washington em St Louis, EUA.

“Uma das características-chave na resolução do sinal é ver a maior frequência de atividade do cérebro – as frequências mais altas têm uma capacidade substancial de nos dar uma melhor visão das intenções cognitivas. Parte da razão pela qual o EEG sofre por isso é que age como um filtro de todos esses sinais de alta frequência”, explica.

Em outras palavras, o eletroencefalograma também capta sinais de fora do crânio, que atuam para absorver e atrapalhar os sinais cerebrais. A eletrocorticografia, pelo contrário, é assim chamado porque entra em contato direto com o córtex cerebral – a camada mais externa do cérebro.

Em um procedimento cirúrgico, um bloco de plástico contendo um número de eletrodos é implantado sob o crânio. Seu poder já foi demostrado ao permitir que um usuário jogue videogame apenas com a força do pensamento. Estudos anteriores já usaram sinais de controle de motor no cérebro: o pensamento ou a vontade de se mover em uma direção específica.

Porém, a diferença do estudo em questão é a inclusão das unidades de expressão conhecidas como fonemas, que permitem sinais de natureza “discreta”, em vez de sinais que variam em intensidade, como com os pensamentos do movimento.

“É pelo mesmo motivo que você não digita em um papel com o mouse – você tem um teclado com comandos discretos”, explica Leuthardt. “Nós queremos facilitar a comunicação através de diferentes fonemas – ou, essencialmente, teclas – que poderia permitir que eles tenham tipo discreto de controle”.

Quatro pacientes que já foram submetidos à implantação eletrocorticográfica – para determinar a origem dos ataques epilépticos incuráveis ​​- participaram no último estudo.

Eles foram convidados a pensar em quatro fonemas diferentes – “u”, “a”, “i” e “é” -, tendo seus sinais cerebrais registrados. Os sinais mostraram ser capazes de mover um cursor em uma tela de computador.

“Uma interface cérebro-computador, especialmente para alguém severamente prejudicado, precisam ser absolutamente confiável. Se você pensar nos sistemas EEG, eles se movem, são sensíveis ao ruído… A confiabilidade é muito menor”, compara.

Apenas alguns poucos sinais discretos, mas de confiança – equivalente a ser capaz de mover um cursor em duas dimensões e um efeito de “clique” – pode conduzir a um vasto número de aplicações.

O estudo também mostrou que implantes eletrocorticográficos no futuro provavelmente não precisarão ocupar uma área tão grande quanto a utilizada para a pesquisa da epilepsia. Apenas quatro milímetros já são o suficiente para fornecer o mesmo nível de informação.

Uma nova visão da lua: NASA lança mapas extremamente precisos



A NASA liberou recentemente os mapas mais precisos e detalhados da lua até hoje.

O mapa lunar global é um mosaico feito com mais de 15.000 fotografias tiradas entre novembro de 2009 e fevereiro de 2011, pela câmera do Orbitador de Reconhecimento Lunar (Lunar Reconnaissance Orbiter – LRO).

As fotos foram tiradas quando o sol estava relativamente próximo ao horizonte lunar, uma boa posição para destacar detalhes da topografia da superfície lunar. A nova visão global tem uma resolução de 100 metros por pixel, e precisão igual (o que significa que a posição de características individuais da lua pode ser determinada com segurança dentro de cerca de 100 metros).

Por esses motivos, o novo mapa é uma melhoria das imagens anteriores da lua. As outras missões da NASA que fotografaram o satélite tinham resolução mais baixa, não tinham precisão comparável, e muitas foram tiradas com o sol alto no céu lunar, o que torna mais difícil de ver algumas características da superfície.

Segundo os cientistas, as novas figuras oferecem uma visão sem precedentes da lua de pólo a pólo, e devem ser um recurso valioso para a investigação lunar e planos futuros de exploração.

A sonda LRO foi lançada em junho de 2009, juntamente com uma nave espacial chamada LCROSS. A LCROSS caiu em uma cratera no pólo sul da lua em outubro de 2009, para procurar água congelada (o que aconteceu com sucesso).

A LRO é equipada com sete instrumentos para observar a lua. Ela paira sobre a lua em uma órbita polar, a uma altitude de cerca de 50 km. No primeiro ano de sua vida operacional, a LRO tinha o objetivo de ajudar a NASA a planejar futuras missões de exploração lunar. Em setembro de 2010, a sonda passou para um modo de ciência pura, para ajudar cientistas a entender melhor o satélite.

O mosaico da lua é uma combinação de imagens captadas durante estas duas fases das missões. E é uma compilação “pequena”, pois a sonda possui 192 terabytes de dados – o suficiente para encher cerca de 41.000 DVDs.

A sonda ajudou a confirmar os resultados da LCROSS sobre água congelada. Suas fotos sistemáticas da lua podem ajudar os cientistas a encontrar as regiões de interesse para missões tripuladas de exploração lunar, como possíveis locais de pouso, e as regiões polares que podem abrigar água congelada o suficiente para suportar postos e observatórios – possíveis bases lunares tripuladas.

O próximo passo da pesquisa é mapear toda a superfície lunar com ainda mais precisão, criando um mosaico global lunar com resolução altíssima de 2 metros por pixel. Os cientistas calculam que são necessários mais cinco ou seis anos para isso.

Entretanto, só esses novos conjuntos de dados já mostram uma nova lua. Segundo os pesquisadores, para explorar Marte ou outras partes do sistema solar é necessário ir à lua primeiro, e a LRO está fornecendo os dados necessários para isso.

Quando uma dor de cabeça é realmente um tumor no cérebro?



Tornou-se uma situação corriqueira: Você tem uma dor de cabeça e depois de pesquisar no Google, descobre que pode ser um sintoma de tumor cerebral.

Se você correr para o pronto-socorro com a suspeita de que tem um tumor ou alguma outra coisa muito séria, as chances são grandes de você estar sendo paranóico. Às vezes, porém, não se trata de paranoia, mas sim da triste realidade.

Foi o que aconteceu com Debbie Tonich quando a cefaleia de seu filho John, diagnosticada inicialmente como desidratação ou gripe forte, era na verdade um tumor maligno no cérebro. Neste caso, a paranoia – conhecido também por “intuição de mãe” – valeu a pena. “Acho que salvei sua vida”, resume Debbie.

Um domingo de fevereiro, logo após uma competição de luta, John Tonich, 16 anos, estudante do segundo ano do ensino médio, começou a ter picos de dor de cabeça aguda.

“Eles duravam apenas dez segundos, mas eu precisava me sentar ou me apoiar em alguma coisa de tão forte que eram”, lembra John. “Eu tinha três ou quatro deles por dia.”

No início, seus pais pensaram que era apenas um efeito das várias quedas que ele havia sofrido mais cedo naquele dia durante as lutas. Dois dias depois, tendo em vista que a dor de cabeça não ia embora, eles levaram John para ver a médica da família em Parma Heights, Ohio. Ela diagnosticou desidratação, o que fazia sentido para a família uma vez que John estava bebendo menos líquido para poder se encaixar em uma categoria de luta mais leve. Ela coletou um pouco de sangue de John e lhe disse para beber Gatorade.

Mais dois dias se passaram e as dores de cabeça desapareceram, mas John estava se sentindo enjoado. Debbie levou-o novamente no médico e perguntou se não seria uma concussão (machucado na cabeça devido a um forte impacto). John questionou sobre aneurisma. Entretando, outra vez, a médica descartou problemas mais graves e lhes disse que era provavelmente alguma virose que ataca o estômago.

“Quando estávamos indo embora, ela nos entregou uma requisição para uma tomografia computadorizada e falou: ‘Só por precaução’”, conta Debbie.

“O pior tumor possível no pior lugar possível”

A requisição nunca precisou ser usada.

No dia seguinte à segunda visita à médica, John avisou sua mãe que se sentia tonto. Ela o apanhou e foram direto para a sala de emergência.

“O médico chegou e disse que John tinha o pior tipo possível de câncer no pior lugar possível, e que ele teria um ano para viver, no máximo dois”, lembra seu pai, Joe. “Chegamos pensando que ele tinha uma pequena contusão e saímos de lá com uma sentença de morte”.

John foi imediatamente transferido para um hostipal melhor equipado, a Clínica de Cleveland, onde se descobriu que a situação não era tão terrível quanto o médico do pronto-socorro pensava. Ele tinha um meduloblastoma, tumor diagnosticado em apenas mil pessoas em todo Estados Unidos a cada ano, de acordo com a Associação Americana de Tumor Cerebral.

Cerca de 50% a 60% das crianças com o mesmo tipo de meduloblastoma de John ainda estão vivas cinco anos após o diagnóstico. No caso de John, foi possível remover o tumor inteiro por meio de uma cirurgia. Agora ele faz tratamento com radioterapia e quimioterapia.

A família não culpa a médica por não descobrir o tumor no cérebro de John antes, já que dores de cabeça podem significar muitas coisas diferentes. Porém, Debbie alerta que quando você desconfia que há algo de errado, o melhor é persistir, mesmo que o primeiro diagnóstico que receber diga que não há problema algum. “Se algo não lhe parece bem, procure outras opiniões, outros exames. Não deixe para lá”, aconselha.

Naturalmente, a história de John é bastante incomum, já que a grande maioria das pessoas que têm dores de cabeça não possuem tumores cerebrais.

“Em mais de 99% das vezes, dor de cabeça não é câncer,” diz Gene Barnett, diretor do tumor cerebral Centro de Neuro-Oncologia e Tumor Cerebral da Clínica de Cleveland, Estados Unidos. “A maioria dos casos são apenas dor de cabeça de estresse, enxaqueca, sinusite ou algo mais benigno”.

Para cada 4 mil crianças que têm dores de cabeça, apenas uma tem tumor no cérebro, segundo o Santiago Medina, co-diretor do Departamento de Radiologia da Divisão de Neurorradiologia no Hospital Infantil de Miami.

Não há maneira simples de saber se a sua dor de cabeça é um tumor cerebral, mas os médicos têm algumas dicas de sinais indicativos. Antes de lê-los, porém, é preciso saber que de 50% a 60% de todas as pessoas com tumores cerebrais simplesmente não têm dores de cabeça, afirma Barnett.

Além disso, sua dor de cabeça pode se encaixar em todas as categorias a seguir e, ainda assim, é possível que você não tenha um tumor no cérebro. Por último, você pode não apresentar nenhum desses sinais, e mesmo assim ter câncer.

Sinal 1 – Estas cefaleias são uma novidade para você

Se você não costuma ter dores de cabeça, ou se esse é um tipo diferente de dor de cabeça do que você normalmente tem, é um sinal de alerta, diz Medina.

Sinal 2 – Suas dores de cabeça são acompanhadas de outros sintomas

Barnett conta que raramente vê um paciente com tumor cerebral cujo único sintoma é dor de cabeça. Na maioria das vezes, a pessoa também apresenta outros males como náusea, tontura ou vômitos. Às vezes os sinais são ainda mais óbvias como convulsões, dificuldade para falar, fraqueza nos membros ou problemas com a visão periférica.

Sinal 3 – Suas dores de cabeça começam logo quando você acorda

Normalmente, quando alguém tem um tumor no cérebro, as dores de cabeça começam pela manhã, muitas vezes acompanhada de náuseas e vômitos e melhoram no decorrer do dia, diz Barnett.

“Dores de cabeça que aparecem durante o dia e pioram à noite não são tipicamente associados a tumores cerebrais”, acrescenta. “Eles estão mais ligados ao estresse da vida diária”.

Sinal 4 – Suas dores de cabeça pioram ao longo do tempo

Se a sua cabeça pioram ao longo de um período de dias, semanas ou meses, trata-se de outro sinal de alerta, conta Barnett.

Sinal 5 – Algo parece estar errado

Se aquela sua voz interior – ou a voz de sua mãe, como foi o caso de John Tonich – diz que algo está seriamente errado, é melhor ouvi-la.

“Esses sinais são apenas orientações”, lembra Medina. “Há casos em que a mãe olha para o filho e simplesmente sente que não está tudo certo. Mesmo que a primeira opinião médica não concorde com a afirmação, meus anos de experiência me ensinaram que é melhor acreditar nesse ‘sexto-sentido maternal’”, finaliza.

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