Um surpreendente estudo descobriu que bactérias vivas que se encontram no céu podem ser o empurrãozinho necessário para causar chuva, neve e até uma tempestade de granizo.
Alexander Michaud, da Universidade Estadual de Montana, EUA, encontrou grandes quantidades de bactérias no centro de pedras de granizo gigantes.
Tradicionalmente, pensava-se que minerais ou outras partículas presentes nas nuvens eram a principal causa para as gotas d’água se juntarem até se tornarem grandes o suficiente para cair como pingos de chuva, flocos de neve ou granizo.
A nova pesquisa, porém, mostra que uma grande variedade de bactérias e até fungos e algas encontradas nas nuvens podem ser o estopim para começar uma precipitação. Este é um campo crescente de estudo, chamado de bioprecipitação.
“Os minerais eram tidos como os controladores dos fenômenos atmosféricos, mas eles não são tão ativos como as partículas biológicas”, explica Brent Christner, microbiólogo que pesquisa bioprecipitação na Universidade Estadual da Louisiana, EUA.
Para que os minerais formem núcleos de gelo, a água precisa estar muito mais fria do que a temperatura na qual normalmente é encontrada nas nuvens, explica Christner. As bactérias e outras partículas de vida que de uma forma ou de outra acabam chegando até o céu podem servir como nucleadores alternativos – ou seja, o elemento que dá o pontapé inicial para a precipitação.
Michaud coletou pedras de granizo do tamanho aproximado de uma bola de golfe (mais de 5 centímetros de diâmetro), após uma violenta tempestade atingir o estado de Montana, EUA, em junho de 2010. Ele separou os granizos em quatro camadas, que são formadas à medida que o gelo é criado e se move para cima e para baixo nas nuvens. Ele descobriu que os níveis de bactérias foram maiores no centro do granizo.
“As bactérias foram encontradas no ‘embrião’, na primeira parte que se desenvolve de uma pedra de granizo. Esse núcleo primário evidencia o que estava envolvido no início do crescimento do granizo”, afirma Michaud. “Há evidências crescentes de que estes núcleos podem ser compostos por bactérias ou outras partículas biológicas”, acrescenta.
Determinando a temperatura na qual o granizo se formou, a equipe de pesquisa descobriu que essas bactérias permitiram a formação de gelo num ambiente mais quente do que o esperado.
Anteriormente, o grupo de Christner já havia descoberto que a bactéria Psuedomonas syringae, que ataca plantas, desempenha um papel importante na formação de neve em todo o mundo, incluindo na Antártida, onde existem poucas áreas verdes. A bactéria é famosa por conseguir criar gelo em temperaturas acima do ponto de congelamento normal de água.
As P. syringae são equipadas com uma substância especial que une as moléculas d’água de tal forma que se torna mais fácil formar partículas de gelo. Quando no solo, as bactérias usam esse mecanismo para causar danos às plantas. O gelo é utilizado para quebrar as células da planta e permitir a entrada das bactérias.
“Um organismo que vive em uma planta, onde quer que esteja, sua vontade é de retornar ao chão e encontrar uma nova planta. Essa bactéria tem a capacidade de produzir precipitação, voltar para a terra e cair sobre uma planta. Aí está o ciclo”, cita Christner.
Alexander Michaud, da Universidade Estadual de Montana, EUA, encontrou grandes quantidades de bactérias no centro de pedras de granizo gigantes.
Tradicionalmente, pensava-se que minerais ou outras partículas presentes nas nuvens eram a principal causa para as gotas d’água se juntarem até se tornarem grandes o suficiente para cair como pingos de chuva, flocos de neve ou granizo.
A nova pesquisa, porém, mostra que uma grande variedade de bactérias e até fungos e algas encontradas nas nuvens podem ser o estopim para começar uma precipitação. Este é um campo crescente de estudo, chamado de bioprecipitação.
“Os minerais eram tidos como os controladores dos fenômenos atmosféricos, mas eles não são tão ativos como as partículas biológicas”, explica Brent Christner, microbiólogo que pesquisa bioprecipitação na Universidade Estadual da Louisiana, EUA.
Para que os minerais formem núcleos de gelo, a água precisa estar muito mais fria do que a temperatura na qual normalmente é encontrada nas nuvens, explica Christner. As bactérias e outras partículas de vida que de uma forma ou de outra acabam chegando até o céu podem servir como nucleadores alternativos – ou seja, o elemento que dá o pontapé inicial para a precipitação.
Michaud coletou pedras de granizo do tamanho aproximado de uma bola de golfe (mais de 5 centímetros de diâmetro), após uma violenta tempestade atingir o estado de Montana, EUA, em junho de 2010. Ele separou os granizos em quatro camadas, que são formadas à medida que o gelo é criado e se move para cima e para baixo nas nuvens. Ele descobriu que os níveis de bactérias foram maiores no centro do granizo.
“As bactérias foram encontradas no ‘embrião’, na primeira parte que se desenvolve de uma pedra de granizo. Esse núcleo primário evidencia o que estava envolvido no início do crescimento do granizo”, afirma Michaud. “Há evidências crescentes de que estes núcleos podem ser compostos por bactérias ou outras partículas biológicas”, acrescenta.
Determinando a temperatura na qual o granizo se formou, a equipe de pesquisa descobriu que essas bactérias permitiram a formação de gelo num ambiente mais quente do que o esperado.
Anteriormente, o grupo de Christner já havia descoberto que a bactéria Psuedomonas syringae, que ataca plantas, desempenha um papel importante na formação de neve em todo o mundo, incluindo na Antártida, onde existem poucas áreas verdes. A bactéria é famosa por conseguir criar gelo em temperaturas acima do ponto de congelamento normal de água.
As P. syringae são equipadas com uma substância especial que une as moléculas d’água de tal forma que se torna mais fácil formar partículas de gelo. Quando no solo, as bactérias usam esse mecanismo para causar danos às plantas. O gelo é utilizado para quebrar as células da planta e permitir a entrada das bactérias.
“Um organismo que vive em uma planta, onde quer que esteja, sua vontade é de retornar ao chão e encontrar uma nova planta. Essa bactéria tem a capacidade de produzir precipitação, voltar para a terra e cair sobre uma planta. Aí está o ciclo”, cita Christner.
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