terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sistema de saúde francês oferecerá anticoncepcionais e abortos gratuitos para adolescentes


As mulheres francesas terão agora maior acesso a abortos e métodos contraceptivos. A Assembleia Nacional francesa aprovou nesta sexta-feira (26) o reembolso integral das despesas com o aborto voluntário pelo sistema público de saúde. Também foi aprovada a distribuição gratuita de anticoncepcionais para jovens de 15 a 18 anos.

Até agora, o sistema de saúde francês pagava o aborto integral apenas para menores e pobres, enquanto as outras mulheres podiam ser reembolsadas com até 80% do custo do procedimento, que pode custar mais de US$ 580 (mais de R$ 1.500). Já a contracepção era parcialmente reembolsada.
Com a mudança para o reembolso total, a França espera reduzir o número de gravidezes indesejadas e abortos feitos de modo inseguro. Em 2010, cerca de 225.000 abortos foram realizados no país. O aborto foi descriminalizado na França em 1975.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

iPad mini: saiba tudo o que interessa


O novo iPad mini é fino, leve, feito de alumínio anodizado e vidro. Ele segue o padrão reduzido dos concorrentes da Samsung, Google e Amazon (os dois últimos vendem apenas nos EUA).
A tela tem 7,9 polegadas e uma espessura de apenas 7,2 milímetros. Com apenas 308 gramas tem o peso de um caderno leve de folhas A4.
O iPad mini vem nos modelos com a mesma capacidade de armazenamento já conhecida: 16, 32 ou 64Gb. Ele é basicamente um iPad 2 com tela menor já que utiliza o mesmo processador A5 e mesma resolução de tela.
A tela tem resolução de 1024×769 pixeis e possui modelo apenas com Wi-Fi ou com conexão 3G/4G/LTE. A bateria, segundo a Apple, dura 10 horas para navegar na internet, assistir vídeos ou ouvir música.
Ele possui duas câmeras: uma para fotos e outra para Facetime. A câmera frontal tem 1,2 megapixeis e a traseira 5 megapixeis.
O preço nos EUA para o modelo básico — 16Gb sem Wi-Fi — é de U$ 329 e por U$ 460 para o modelo com mesma memória mas incluindo conectividade 3G/4G/LTE.
Ainda não temos idéia do preço que iPad mini custará no Brasil.

Por que os insetos não são tão grandes quanto os humanos?


Para sorte de todas as mulheres do mundo, baratas não ficam mais enormes do que já são. Para sorte de todas as pessoas do globo, mosquitos irritantes não são do nosso tamanho.
A questão que fica é: temos que nos preparar psicologicamente para um dia topar com um besouro gigante? Insetos podem ficar do nosso tamanho? Porque eles não são maiores?
A resposta a essas perguntas é simples: ninguém sabe. O que não significa que não estamos tentando descobrir.
Existem várias hipóteses, de menos a mais prováveis, que especulam porque insetos e outros artrópodes não ficam maiores. Confira algumas delas, conforme explica o fisiologista Jon Harrison, da Universidade do Arizona em Tempe (EUA).

Exoesqueleto

A primeira hipótese dita que o exoesqueleto dos insetos pode não ser forte o suficiente para que eles cresçam mais. Para tanto, os exoesqueletos teriam que tornarem-se impossivelmente mais grossos.
No entanto, pouca evidência experimental apoia essa ideia. Como artrópodes maiores não têm exoesqueletos mais grossos que os menores, não há nenhuma evidência direta para suportar que o problema de crescimento dos insetos tem a ver com a espessura da sua “carcaça”.

A troca

Como os exoesqueletos são rígidos, os insetos precisam mudá-lo à medida que crescem (por um maior), “saindo” da “pele” velha como se fosse uma roupa e crescendo uma nova. Cientistas sugeriram que este momento vulnerável fixa um limite para o tamanho dos insetos: animais maiores sem esqueletos de proteção se tornariam refeições mais atraentes para um predador. “Quanto maior você fica, mais você se torna um pacote saboroso vulnerável [quando troca de exoesqueleto]“, diz Harrison.

Menores, menos desejáveis

Uma teoria relacionada com a anterior sugere que ser maior faria dos insetos uma refeição mais atraente, seja trocando de exoesqueleto ou não. Um estudo, por exemplo, descobriu que o tamanho das moscas antigas diminuiu conforme as aves evoluíram, o que sugere que criaturas menores eram mais capazes de evitar predadores famintos e portanto transmitir seus genes adiante.

Sangue

Insetos têm sistemas circulatórios abertos, nos quais sangue e fluidos corporais não são ligados a vasos, como é o caso com a maioria dos vertebrados. Isso faz com que seja mais difícil movimentar o sangue por um corpo de grande porte, já que a circulação seria prejudicada pela gravidade, que puxa o sangue para baixo.

Respiração, a vencedora

De acordo com Harrison, a hipótese mais plausível existente hoje, que ele tem estudado extensivamente, é que o papel desempenhado pelo oxigênio é o maior fator limitante do tamanho dos insetos.
Insetos “respiram” através de tubos minúsculos chamados traqueias, que transportam passivamente oxigênio da atmosfera para suas células corporais.
Aqui entra a teoria: se insetos fossem maiores, isso exigiria mais oxigênio do que eles podem transportar através de sua traqueia.
Esta teoria se baseia no fato de que, cerca de 300 milhões de anos atrás, muitos insetos eram muito maiores do que são hoje. Havia, por exemplo, libélulas do tamanho de falcões, com envergadura de cerca de 1,8 metros, e formigas do tamanho de beija-flores.
Nesta época, o teor de oxigênio na atmosfera era de cerca de 35%, em comparação com os 21% que respiramos hoje.
Estudos mostram que quase todos os insetos se tornam menores se você os cria em condições de baixo oxigênio, enquanto muitos deles se tornam maiores quando você lhes dá mais oxigênio. Certas espécies podem ficar cerca de 20% maiores em uma única geração quando recebem mais oxigênio. O mesmo parece ocorrer com humanos que vivem em altitudes maiores, como nos Andes. As pessoas tendem a ter estatura mais baixa.
Insetos volumosos também parecem precisar de “mais” traqueia. Por exemplo, em um inseto maior, não haveria mais nada a não ser traqueia para que ele pudesse transportar todo o oxigênio de que precisa. Mas o animal também necessita de espaço para outros órgãos, músculos e similares.
A hipótese ainda não foi devidamente confirmada, portanto, os cientistas ainda não podem dizer que sabem por que os insetos não são maiores. Isso significa que eles também não podem dizer que uma formiga do nosso tamanho seria impossível. Então, por enquanto, melhor se preparar para o apocalipse.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Estudantes do primário melhoraram suas notas após 10 horas de aula de ciência


Em uma curiosa inversão de papéis, estudantes da Universidade de Medicina e Ciência Charles R. Drew (EUA) foram convidados a dar aula de ciência para alunos de quarta série Los Angeles. O curto período (10 aulas de uma hora) foi suficiente para que as crianças tivessem melhoras significativas em suas notas de matemática e inglês.

“Muitos estudantes disseram coisas como ‘eu não sabia que ciência era divertida’”, conta a pesquisadora Samantha Gizerian, da Universidade Estadual de Washington (EUA), que liderou o estudo. “E, porque acham que é divertido, de repente deixa de ser ‘trabalho’. Não é ‘dever de casa’. Não é algo ‘a mais’ que eles precisam fazer”.

Além de mostrar um interesse maior em leitura – eles levaram livros de não ficção para casa –, os alunos apresentaram uma melhora em suas notas de matemática (passando da média de 53,2 para 63,4) e de inglês (de 42,8 para 60,3). E as crianças não foram os únicos que se beneficiaram: os estudantes da Drew aprimoraram sua habilidade de descrever temas complexos, “seguindo a premissa de que, se você consegue ensiná-los a um aluno de quarta série, então você consegue ensinar a qualquer pessoa”, diz Gizerian.
Tanto os alunos da Universidade quanto os da escola eram, em grande parte, de minoria étnica e de famílias de baixa renda. O fato de ver pessoas de origem similares às delas “fazendo ciência” ajudou as crianças a se inspirar no exemplo de seus “professores”. Nas aulas, ciência deixou de ser algo distante, destinado “aos outros”, e passou a estar ao alcance dos pequenos estudantes.

Nesse estudo, Gizerian concluiu que, além de efetivas por si só, as aulas de ciência podem servir como “uma fagulha para acender em uma criança o desejo de aprender em todas as áreas ao longo da vida”.

Ouça a baleia que “falava” como um ser humano

 
Embora pudesse ser superada por um papagaio treinado, a baleia-branca NOC (lê-se “nou sii”) conseguia fazer algo que a maioria de suas colegas era incapaz: Imitar sons humanos.
 
Capturada em 1977, NOC fez parte do Programa de Mamíferos Marinhos da Marinha em San Diego (EUA), que estudava se baleias, golfinhos, focas e outros mamíferos do mar poderiam ser usados em missões de reconhecimento ou até mesmo para desativar minas aquáticas. Sete anos depois, cientistas do projeto notaram que NOC emitia sons estranhos, “como se duas pessoas estivessem conversando a distância, longe demais para serem entendidas por nós”, relataram no periódico Current Biology.
Certa vez, um mergulhador saiu do tanque de NOC porque achou que um dos colegas havia pedido. Eles concluíram que foi a própria baleia que emitiu o “pedido”, tentando imitar o som de “out” (“sair”). A partir daí, eles começaram a gravar os estranhos sons emitidos por NOC, dentro e fora d’água. “As ondas sonoras eram similares às da voz humana e diferentes daquelas normalmente emitidas pelas baleias”, conta Sam Ridgway, Presidente da Fundação Nacional de Mamíferos Marinhos dos Estados Unidos. “Os sons que ouvimos eram claramente um exemplo de aprendizado vocal”.

Além do “baleiês”

Já houve outros casos parecidos (embora raros): na década de 1940, biólogos relataram que os chamados feitos por baleias poderiam, às vezes, soar como gritos de crianças a distância. Nos anos de 1970, uma baleia-branca no Aquário de Vancouver (Canadá) se mostrou capaz de emitir sons similares aos dos idiomas chinês e russo, e até mesmo dizer o próprio nome (“Lugosi”). Contudo, foi o caso de NOC que cientistas aproveitaram para estudar como uma baleia seria capaz de emitir sons “humanos”.
Os pesquisadores de San Diego colocaram sensores de pressão no interior e logo acima da cavidade nasal de NOC, que indicaram uma variação de pressão em seu interior. Soltando ar de modo específico por seus “lábios fônicos” (cavidade no topo da cabeça), NOC conseguia simular cordas vocais humanas. “Parece que a proximidade de NOC com seres humanos teve um papel na frequência com que o animal usava sua ‘voz humana’, e na sua qualidade”, relataram os cientistas. A “mímica” durou quatro anos, até a baleia passar a emitir apenas sons comuns de sua espécie.
Em 4 de abril de 1999, NOC morreu. “Não chegamos a gravar sua melhor imitação”, conta Ridgway, mas o material coletado foi de grande valia para os pesquisadores. “Mesmo que a baleia não soubesse o que estava dizendo, e estivesse apenas imitando o que ouviu, isso deveria ser explorado mais a fundo”.
Atualmente, cientistas japoneses estão trabalhando em um tradutor de sons de golfinhos – talvez um de baleias não esteja tão longe da realidade. Se o projeto der certo, o que os golfinhos dirão? “Até logo, e obrigado pelos peixes”?

sábado, 20 de outubro de 2012

Novo Megaupload não poderá ser fechado pelas autoridades


Todo o mundo lembra da guerra iniciada pelo governo dos EUA contra o “monstro da pirataria” Kim Dotcom e seus parceiros do site de armazenamento digital Megaupload, jogados na cadeia por cometerem “vários” delitos aos olhos americanos.
Dotcom e três de seus parceiros continuam na Nova Zelândia, onde foram presos em janeiro de 2012, e enfrentam extradição para os EUA sob a acusação de “envolvimento em uma conspiração de extorsão, conspiração para cometer infração de direitos autorais, conspiração para cometer lavagem de dinheiro, e duas acusações de violação de direitos autorais”, de acordo com o Departamento de Justiça americano.
Apesar de serem pintados como uma espécie de “Poderosos Chefões" da atualidade, Dotcom e seus parceiros não tem nenhuma intenção em abandonar o mercado online.
Eles estão planejando o lançamento de um novo serviço, agora chamado Mega, que será ligeiramente diferente do antigo Megaupload, para impedir que a lei os considere responsáveis pelos arquivos baixados.
Como o antigo site, o Mega permitirá aos usuários fazer upload de, armazenar e compartilhar grandes arquivos de dados.
Porém, todos os arquivos carregados no serviço serão criptografados. Para desbloqueá-los após o download, será necessário o uso de uma senha.
Ao criptografar os arquivos, seria impossível para o Mega conhecer seu conteúdo, o que lhe isentaria da responsabilidade de excluir dados protegidos por direitos autorais.
Dotcom e seu parceiro Mathias Ortmann explicam que os arquivos serão primeiro codificados no navegador de um cliente, utilizando o chamado algoritmo padrão de criptografia avançada. O usuário recebe então uma segunda chave única para a decodificação dos arquivos.
Caberá aos usuários e aos desenvolvedores de aplicativos controlar o acesso a um determinado arquivo enviado, seja uma música, um filme, videogame, livro ou documento de texto.
Como essa chave de decodificação não é armazenada no Mega, a empresa não teria meios para ver o arquivo enviado em seu servidor. Portanto, seria impossível para o Mega saber ou ser responsabilizado pelo conteúdo de seus usuários, algo que certamente cria um “porto seguro” legal ao Mega, e, segundo eles, também melhora os direitos de privacidade dos usuários de internet, dando-lhes a “merecida paz”.
“Mesmo se o governo quiser violar nossos data centers, não conseguiriam ver nada”, explica Dotcom. “Tudo o que é enviado para o site vai permanecer fechado e privado, sem a chave”.
Mesmo a interpretação “ampla” da lei que as autoridades usaram para derrubar o Megaupload seria insuficiente para impedir o novo Mega de existir, porque o que as pessoas compartilham, como compartilham e com quem compartilham é de sua responsabilidade e controle, não do Mega.

Contornando a lei = privacidade

Segundo Dotcom, a única maneira de impedir o Mega de funcionar seria tornando a criptografia em si ilegal. “E de acordo com a Carta das Nações Unidas para os Direitos Humanos, a privacidade é um direito humano básico”, explica. “Você tem o direito de proteger suas informações privadas e comunicação contra a espionagem”.
Por conta disso, os idealizadores acreditam que Mega será um produto atraente para quem se preocupa com o estado de segurança e privacidade online.
Inclusive, para lidar com as preocupações sobre a perda de dados, como ocorreu com os clientes afetados pela derrubada do Megaupload cujos arquivos foram apreendidos pelo FBI, Mega irá armazenar todos os seus dados em dois conjuntos de servidores redundantes, localizados em dois países diferentes.
“Então, mesmo que um país decidir ir completamente contra a lei e congelar todos os servidores, por exemplo – o que não esperamos, porque temos cumprido plenamente todas as leis dos países em que colocamos servidores – ou se um desastre natural acontecer, ainda há outro local onde todos os arquivos estarão disponíveis”, explica Ortmann. “Dessa forma, é impossível de ser submetido ao tipo de abuso que tivemos nos EUA”.
Em última análise, Dotcom prevê uma rede organizada por milhares de entidades diferentes, com milhares de servidores diferentes, em países de todo o mundo. “Estamos criando um sistema onde qualquer máquina do mundo possa conectar seus próprios servidores a esta rede”, diz. “Podemos trabalhar com qualquer um, porque os anfitriões em si não podem ver o que está nos servidores”.
O novo serviço vai complicar ainda mais a vida das autoridades e instituições na briga contra a pirataria porque não vai implantar as chamadas de-duplicações em seus servidores, o que significa que se um usuário decidir fazer o upload de um arquivo que viole direitos autorais 100 vezes, isso resultaria em 100 arquivos diferentes e 100 chaves distintas. Removê-los exigiria 100 avisos de derrubada do tipo normalmente enviado pelos detentores de direitos, como estúdios de cinema e gravadoras.
Por conta disso, muitos temem que o serviço possa atomizar o problema da pirataria, transformando a internet em um jogo ainda mais elaborado de disputas. A tecnologia de Mega pode afetar o quão fácil ou difícil é para os titulares dos direitos autorais ou autoridades legais determinar exatamente que tipos de arquivos estão sendo compartilhados, o que certamente é uma questão ética e moral.
Dotcom insiste que o Mega não é uma “afronta contra Hollywood” ou um relançamento do Megaupload. E Ortmann argumenta que, se os usuários optarem por violar direitos autorais com a nova tecnologia, já existem regras em vigor para lidar com isso.
“Se o detentor dos direitos autorais encontrar links postados publicamente e as chaves de decodificação e verificar que o arquivo é uma violação de seus direitos autorais, eles podem enviar um aviso de retirada para ter esse arquivo removido, como antes”, diz.
Ou seja, o Mega irá conceder acesso direto a seus servidores para entidades como estúdios de cinema, permitindo-lhes retirar materiais de direitos autorais do ar. “Mas, desta vez, se eles quiserem usar essa ferramenta, vão ter que concordar, antes de obter o acesso, que não vão nos processar ou nos responsabilizar pelas ações de nossos usuários”, afirma Dotcom.
Durante uma guerra contra a pirataria, essas ações podem transferir a culpa para os terceiros. O Mega não possui as
chaves, mas os sites de downloads provavelmente vão publicá-las com seus arquivos, e é “aí que o bicho pega”. Como não é mais possível culpar o “hospedeiro”, o foco certamente cairá sobre o “parasita”. Sites de download de maior visibilidade certamente poderão ser pressionados legalmente para retirar os links do ar.
Seja qual for o desfecho dessa batalha (que com certeza não está próximo), o novo Mega muito dificilmente sofrerá uma queda como a do Megaupload. É, Dotcom tem tudo para permanecer em seu trono de “rei da pirataria”.

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